Regata – Volvo Ocean Race – “Martine ainda não foi anunciada oficialmente, está fazendo treinos no momento, mas é praticamente certa.”

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A Velejadora Martine Grael está confirmada na Volvo Ocean Race. Ela vai integrar o time holandês da Akzonobel onde já está o brasileiro Joca Signorini.

“Martine ainda não foi anunciada oficialmente, está fazendo treinos no momento, mas é praticamente certa. O anúncio deve vir nas próximas semanas pela equipe holandesa. Ainda não temos uma data para isso e até lá estamos na expectativa.
Ela não desfaz a dupla com a Kahena, vão disputar o mundial de 49erFX agora no final de agosto juntas, no Porto, e devem se encontrar para treinos ao longo da Volvo, uma vez que a Martine não deve fazer todas as etapas.” Explica uma fonte próxima de Martine.

 

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   Tudo começou – Uma corre-corre pela manhã  na busca de uma informação oficial. Bem, tudo começou quando vimos a brasileira Martine Grael e a espanhola Tamara Eche Goyen – sendo apontada  em vídeo promocional da 49er & Nacra 17 Sailing – 2017 Europeans Promo Video como participantes da regata Volvo Ocean Race

Filha de Torben Grael que tem um currículo invejável. Cinco medalhas olímpicas, sendo duas de ouro, pódios em mundiais e um título da Volvo Ocean Race. Sem contar outros tantos.

Martine vai estar participando do Mundial de 49 er. em agosto

Para Regata News a possibilidade vem sendo acompanhada desde uma entrevista exclusiva, no dia 24 de outubro 2016, pelo CEO da Volvo Ocean Race Mark Turner que afirmava – “Hi – great to go back to Brazil of course – just wish we could get Martine Grael in a team”
Oi- grande prazer em voltar ao Brasil, claro – só queria que pudéssemos encontrar uma equipe para Martine Grael.”

Questionado se já era uma posição oficial, foi afirmativo;

” não apenas um sonho!”


Martine Grael assim reagiu na ocasião: “Percorrer as partes mais isoladas e mais selvagens do oceano me traz certo fascínio. A ideia de correr uma regata dias e dias sem fim também. Mas é claro que isso tudo depende de um time e toda uma estrutura por trás. Muito preparo e experiência.
Depois de 7 anos de campanha olímpica experiência em regata eu tenho, mas a experiência em barcos grandes não. Como mulher eu nunca senti preconceito no mundo da vela. Mas é claro que as oportunidades não vêm assim como para os homens. Acho que essa mudança das regras da Volvo vai abrir um mundo de oportunidades para mulheres.
Eu não recebi convite, mas ainda tem poucos times confirmados. Não estou esperando receber um. Tem muitas mulheres com experiência esperando um convite. Se eu conseguir uma oportunidade dessas há de considerar que vem com muita responsabilidade e sacrifício. O motivo de não haver tantas mulheres quanto homens também tem a ver com a fisicalidade de velejar com ondas do tamanhos de prédios e passar toneladas de velas de um lado para o outro do barco para ganhar aquele nó a mais de velocidade. Mas as mulheres do time feminino SCA que correu a última volvo mostraram que força não é tudo”.