*Célio Furtado
Engenheiro e professor da Univali
celio.furtado@univali.br
Estamos nos aproximando da metade do ano, na espera do frio e com a chuva chegando, tão necessária para o equilíbrio e sobrevivência de todos nós. A ausência de chuva, a seca prolongada já estava preocupando a todos, cidade e campo.
Não costumo consultar a meteorologia, olhar para o céu, identificar os ventos, porém, me atenho sempre que possível aos “sinais dos tempos”. Procuro interpretar o nosso tempo, notadamente no aspecto diagnóstico político econômico, acredito na racionalidade econômica e cultivo uma forte fé na Ciência e na Tecnologia, conquistas civilizatórias que vem proporcionando ao ser humano mais conforto e maior vida útil; o homem moderno vive mais, a expectativa de vida aumenta sempre.
Vivemos atormentados pela pandemia, pela ameaça da contaminação geral, o terrível contágio de um inimigo invisível, cruel e devastador, o temível Covid-19.Enquanto escrevo, leio que o número de mortos no Brasil ultrapassa a 40 mil pessoas. Naturalmente, o problema aflige os setores mais carentes da população, uma tragédia nacional, grande parte desembocando em covas coletivas, em minguados e sucintos rituais de sepultamento. Sabemos que 100 milhões de brasileiros não tem esgoto tratado e que 35 milhões não tem água potável em suas casas, um dado alarmante.
O mundo que sobreviver a este pânico coletivo, precisa repensar a atual distribuição de renda e de privilégios não apenas enquanto caridade, mas como uma firme posição pragmática em relação ao futuro. Grande parte dos fenômenos patogênicos provém dos problemas de higiene pessoal e coletiva, ou seja, de saneamento básico. Já me referi à expressão biopsicossocial, o entrelaçamento de fatores biológicos, psicológicos e sociais, dentro de uma compreensão mais ampla. Falo de um olhar politico, impregnado de solidariedade e compromisso histórico com a preservação da espécie humana e as demais espécies. Trazer de volta o sonho da harmonia ecológica, o conhecimento científico, enquanto um todo, vencendo o obscurantismo intelectual.
O lado bom do artigo é que Itajaí está comemorando mais um aniversário. Escrevo entusiasmado com a minha cidade, com nova conquista econômica que é o domínio da “bacia de evolução” do rio Itajaí-açu, possibilitando a manobra de grandes navios, de maior dimensão, tornando o nosso Porto, atrativo e competitivo na complexa malha portuária global. Ao assistir a vitoriosa manobra do gigantesco navio “EVER LAUREL” e de outros grandes navios, percebi que estamos cada vez mais integrados ao mundo, concretizando a vocação de Itajaí enquanto cidade articulada e inserida no contexto mundial.
Vivemos novos paradigmas de comércio internacional e nossa cidade está presente, competitiva. Parabenizo as autoridades municipais, de um modo especial, ao dinâmico Prefeito Volnei Morastoni, incansável na luta de nossa população contra o covid 19, também muito atento ao desenvolvimento sustentável de nosso município.
Um belo exemplo a ser seguido, desenvolvimento com sensibilidade humana, parâmetros que devem nortear a conduta de todo homem publico. Itajaí vem apresentando bons resultados em várias frentes, tornando-se, cada vez mais, uma cidade exemplo.
Qualidade de vida, o ambiente propício ao empreendedorismo, estimulam, cada vez mais, bons investimentos.
FELIZ ANIVERSÁRIO !!!
Célio Furtado, nascido em 1955/ Professor da Univali/ Formado em Engenharia de Produção na Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Mestre Engenharia de Produção/ Coppe/Ufrj/trabalhou no Sebrae Santa Catarina e Rio de Janeiro. Consultor de Empresa/ Comunicador da Rádio Conceição FM 105.9/ celio.furtado@univali.br
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