Radiologista de Florianópolis Roberta Carvalho descreve como foi o trabalho da equipe médica das Olimpíadas Rio 2016, encerrada domingo, dia 21.
De acordo com Roberta Carvalho, cerca de 50 ressonâncias são feitas diariamente, em meio a um excelente clima entre médicos da Rio 2016 e equipes técnicas dos atletas. A profissional de saúde teve uma experiência a partir do dia 11/8Desde quinta-feira (11), coordenadora do setor de ressonância e tomografia musculoesquelética do Lâmina Medicina Diagnóstica, trabalhou como radiologista na Policlínica construída dentro da Vila Olímpica. Ela é a única médica que nasceu e que atua em Santa Catarina a trabalhar no Centro de Imagem dos Jogos Olímpicos da Rio 2016.
Roberta descreve que a equipe de radiologistas tem feito uma média de 50 ressonâncias diárias, entre exames agendados e encaixes de atletas lesionados durantes competições. Na sexta-feira (12/8), houve um pico de 64 ressonâncias realizadas, segundo relatou a especialista catarinense.
A médica conta que os resultados das ressonâncias são discutidos com as equipes técnicas e de médicos dos atletas, em uma convivência de respeito e de harmonia entre as partes. “Temos percebido que as comissões técnicas internacionais têm saído da Policlínica muito satisfeitas. Isso porque atendemos com muita dedicação, atenção e carinho, um diferencial do nosso trabalho e, também, algo típico do povo brasileiro”, ressalta Roberta.
Os laudos são normalmente emitidos em Português mas, caso requisitado, são feitos em Inglês. E a comunicação com os atletas e as equipes técnicas estrangeiras é feita em Inglês, Espanhol ou Francês. “Fazemos o melhor possível para poder transmitir toda a informação necessária”, enaltece.
Roberta lembra que, apesar de ser um trabalho voluntário, a experiência tem se mostrado marcante e única. Além de ter acesso a toda a Vila Olímpica, descrita pela médica como um complexo com infraestrutura fantástica, a equipe médica atende a atletas dos mais diversos países do mundo, dos mais conhecidos aos muito pequenos. “E sabemos que estamos atendendo aos melhores atletas do mundo em suas categorias, além de fazer exames que, na nossa prática médica cotidiana, não temos a oportunidade de realizar e de discutir desta forma”, afirma.
A médica catarinense foi convidada há quase dois anos para esta função pela Comissão Organizadora de Setor de Imagem do COB (Comitê Olímpico Brasileiro). O trabalho desta equipe médica começou duas semanas antes do início dos Jogos, em meados de julho, e termina depois das Paralimpíadas. Ela atuava no primeiro turno, das 8h às 15h. “Mas todos os dias tenho saído bem mais tarde. Não dá vontade de ir embora”, diz.
Além de Roberta, a equipe contava com um grupo de radiologistas de São Paulo e do Rio de Janeiro, um médico de Belo Horizonte e um de Curitiba. Sempre há, pelo menos, três radiologistas por turno. Durante os jogos, a equipe chega a contar com até cinco a seis radiologistas por turno, dependendo da demanda. O segundo turno dos médicos vai das 15h às 22h. “É uma equipe excelente”, reforça.
A Policlínica da Vila Olímpica tem um Aparelho de radiografia, um de ultrassonografia e, principalmente, dois equipamentos de ressonância, sendo um de 1,5 Tesla e outro de 3 Tesla, de última geração, montados apenas para as Olimpíadas. Depois dos Jogos, todos os equipamentos, incluindo computadores, serão doados para hospitais e para a cidade do Rio de Janeiro. Serão cerca de R$ 20 milhões em equipamentos doados. Além do setor de radiologia, a Policlínica da Vila Olímpica também tem um centro odontológico e outro fisioterápico.
Sobre o Lâmina Medicina Diagnóstica
Com 15 anos de atuação em Santa Catarina, o Lâmina Medicina Diagnóstica é considerado uma referência para o segmento de Imagem. Atualmente com mais de 100 colaboradores e duas unidades, em Florianópolis e em São José, a marca oferece todos os tipos de exames de diagnósticos por imagem, todos com certificação de qualidade da ISO 9001. Para mais informações: www.laminadiagnosticos.com.br.
