APM Terminals, pertencente à Maersk, não renovará seu contrato para operar no Porto de Itajai. A empresa prevê investir R$ 5,2 bilhões em terminais no Brasil até 2026.

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Complexo Portuario do Rio Itajai/Adilson Pacheco/RN

 

A APM Terminals, pertencente à Maersk, maior operador de contêineres do mundo, com 4,3 milhões de TEUs e 718 navios, realizou a maior proposta para o arremate da área pertencente ao Estaleiro Atlântico Sul no Porto de Suape.

Complexo Portuario do Rio Itajai/Adilson Pacheco/RN

Maersk, por meio de sua subsidiária APM Terminals, prevê investir R$ 5,2 bilhões em terminais no Brasil até 2026. No plano, o Brasil Terminal Portuário (BTP), em Santos (SP), que a empresa opera em sociedade com a TIL, do grupo MSC, receberá até R$ 2,2 bilhões em obras de ampliação e modernização. Faz parte também a construção de um novo terminal no Porto de Suape (PE), que exigirá R$ 1,6 bilhão.

Em Suape, a APM se prepara para construir um novo terminal, em uma área do Estaleiro Atlântico Sul (EAS) que está em fase final de aquisição.

Pois é, esta é empresa que está deixando definitivamente de operar no Porto de Itajai.

Em nota à imprensa – assim aponta  a APM Terminals.

“Após 22 anos de operação do Porto de Itajaí (SC), a APM Terminals anuncia que, em comum acordo com a Autoridade Portuária e o município de Itajaí, não renovará seu contrato transitório por mais 6 meses. Assim, a partir do dia 01 de julho de 2023, uma transição administrativa e operacional se iniciará com o novo arrendatário da área, a ser definido pela Autoridade Portuária de Itajaí em um novo processo.

A empresa ressalta que durante todo este período desempenhou papel importante para o desenvolvimento econômico e social da região. Em mais de duas décadas de atuação, a APM Terminals investiu mais de R$ 720 milhões em infraestrutura e equipamentos, gerou milhares de empregos e somou mais de 8 milhões de TEUs (contêineres de 20 pés) operados entre importação e exportação, trazendo negócios e fortalecendo a economia no estado de Santa Catarina “. – encerra a nota da APM Terminals.

Já a Superintendência do Porto de Itajaí

Fábio da Veiga – Superintendente do Porto de Itajaí. -PI

“É de suma importância que sejam adotadas medidas imediatas para evitar a ociosidade da área após a saída da APM Terminals. A intenção é buscar parcerias com operadores portuários que possam realizar a movimentação de contêineres, com garantia mínima prevista, até a conclusão da licitação para o novo arrendamento, que o Governo Federal tem previsão de iniciar nos próximos meses. Faremos um processo licitatório transparente e dentro da legalidade para que o nosso Porto retome suas operações o mais breve possível”, destaca o superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga.

 

Processo licitatório

O Município de Itajaí, por meio da Superintendência do Porto de Itajaí, na condição de Autoridade Portuária, informa que lançará na segunda-feira (05) processo licitatório simplificado para celebração de contrato de arrendamento transitório da área operacional nos berços 1 e 2 do terminal. O novo edital leva em conta a decisão, comunicada nesta quarta-feira (31) pela APM Terminals, atual arrendatária, de encerrar suas atividades no Porto de Itajaí a partir de 30 de junho, com o fim do contrato de transição hoje vigente.

O objetivo da licitação que será lançada pela Superintendência do Porto de Itajaí é buscar novo parceiro privado para dar continuidade e volume às operações portuárias e movimentações de cargas no terminal neste período transitório, enquanto o Governo Federal elabora o edital de arrendamento das áreas operacionais do Porto de Itajaí.

Arrendamento transitório

Com relação ao processo licitatório simplificado para celebração de contrato de arrendamento transitório poderão participar quaisquer operadores portuários interessados, desde que atendam as condições de habilitação e qualificação que estarão previstas no edital.

Para a regularização temporária do uso da área a ser desocupada pela APM Terminals serão observados todos os procedimentos legais e prévias autorizações junto ao Governo Federal, através dos órgãos Ministério de Portos e Aeroportos (MPOR), Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA) e Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).