Domenico Calabria : A ITÁLIA NO CORAÇÃO … mas os ítalo-brasileiros não querem “retornar” à Itália

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As estatísticas dos brasileiros de origem italiana no Brasil são aproximadas, mesmo porque hoje estamos na quinta ou sexta geração.

Mas os dados brasileiros sobre a imigração são mais confiáveis devido a sua concentração desde o início dos assentamentos do século XIX. E aqui estão alguns elementos significativos: um terço do total estabeleceu-se nas áreas do Sul em uma colonização livre, incentivando o desenvolvimento produtivo dessas regiões e o surgimento da pequena propriedade rural. Hoje, uma pesquisa recente mostra que 14% dos nativos, na família, ainda falam a língua italiana (o grupo inclui também aqueles que nunca estiveram na Itália).

Hoje, o espírito italiano é vivenciado em diferentes maneiras, dependendo da classe social, familiar e nível cultural. Para alguns, ser italiano (ou ainda, ser de origem vêneta, calabrese, campana e friulana) é algo que se refere à família, aos entes queridos.

Para outros, é uma busca emocionante das suas raízes, em uma dimensão predominantemente cultural.

Para outros, é uma condição de uma estratégia de inserção profissional, em empresas italianas, no comércio exterior, etc. O mundo das associações de comunidades italianas reflete essa complexidade. Por fim, existem os “novos imigrantes” – um grupo de elite de engenheiros, artistas e intelectuais – que descobrem no Brasil uma terra de oportunidades.

Os ítalo-brasileiros não querem “retornar” à Itália; ao invés, eles vêem com grande interesse as bolsas de estudo, estágios ou quaisquer formas de residência temporária, que lhes permita conhecer um país que julgam deslumbrante e ao qual, em vários aspectos, estão ligados.

*– Communication – Relations Manager
Business Community Committee Assocamerestero
Founder e direttore editoriale
ItalPlanet Group

www.italplanet.it