OPINIÃO DE CÉLIO FURTADO: CENÁRIO PÓS CARNAVAL

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*Célio Furtado
Engenheiro e professor da Univali
celio.furtado@univali.br

Já passamos a metade de Fevereiro, estamos diante do Carnaval, maior festa popular brasileira. Fala a tradição que o ano começa realmente quando acabam as folias de Momo. O mês de Março está muito próximo e o nosso país está diante de grandes desafios, entre ele, encontrar o rumo do desenvolvimento econômico. O Brasil precisar crescer muito, não podemos nos contentar com índices medíocres de crescimento em torno e 1%  ou 2%, conforme se configuram as previsões realistas de muitos observadores especialistas nacionais e internacionais.

Em nossa Cidade, ou melhor, em nossa região, percebemos um clima de otimismo. Basta andar no Molhe, ou tomar um banho em nossas praias, para percebermos uma robusta movimentação de navios de grande porte, o que é muito bom, refletindo algumas coisas importantes. Uma gestão portuária competente, articulada com a administração municipal, estimulando a atividade econômica e, por conseguinte, gerando mais empregos e criando uma sinergia positiva e favorável ao desenvolvimento sustentável. O recente teste de manobra no rio Itajaí Açu, com navios de grande porte, abriu ainda mais as perspectivas de utilização dos nossos portos, atraindo grandes investidores e negociantes internacionais.

Quebrou-se, de fato, um paradigma restritivo, um modo de pensar mais limitado e conformado com os pequenos navios. Sabemos que na era moderna, ou pós-moderna, da globalização, as empresas e nações buscam maior competitividade, lutando por ganhos de produtividade e por margens de lucros mais atrativas. Percebemos a ação competente do Executivo, na figura do ilustre Prefeito Volnei Morastoni, com uma visão ampla das necessidades futuras de Itajaí.

O maior fluxo portuário exige uma infraestrutura mais adequada,  isso é elementar para todos os que pensam em termos de macro logística. Tal como uma linha de montagem, busca-se sempre ganhos de produtividade, tudo dentro dos fundamentos dos “tempos e movimentos”. Nesse sentido, torna-se necessário, uma revisão radical de nossa mobilidade urbana, facilitando o fluxo de trânsito, de caminhões, um acesso mais racional ao Porto e às artérias principais que nos liga ao resto do país.


 


 


 




 

Essas coisas acontecem através de decisões acertadas, dentro de um pragmatismo responsável, compatível com o conforto de segurança do cidadão. O que se busca é um padrão de convívio entre desenvolvimento, lazer e qualidade de vida. Temos o privilégio de morar numa das melhores regiões do país, em vários sentidos, combinando-se eficazmente oportunidades de negócios  com um padrão de conforto e segurança, fundamentos do que se denomina desenvolvimento sustentável.

Temos que pensar no país, pois, não somos uma ilha isolada. Não vivemos um grande momento político; paira, ao meu entendimento, sérias ameaças â democracia; uma dificuldade do Presidente da República se  comunicar com os diversos setores da opinião publica.

Essa aversão de Bolsonaro ao bom senso, tanto político como também ambiental-cultural, trava as boas expectativas de um governo que saiu eloquentemente vitorioso nas urnas. Agora, com as eleições municipais desse ano, o quadro se torna mais complexo e tudo indica que teremos mais um ano de crescimento medíocre, infelizmente.

Vamos todos torcer pelo sucesso!

élio Furtado, nascido em 1955/ Professor da Univali/ Formado em Engenharia de Produção na Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Mestre Engenharia de Produção/ Coppe/Ufrj/trabalhou no Sebrae Santa Catarina e Rio de Janeiro. Consultor de Empresa/ Comunicador da Rádio Conceição FM 105.9/ celio.furtado@univali.br

NR: Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.