*Célio Furtado
Economista e professor da Univali
celio.furtado@univali.br
Iniciamos o mês de julho com o tradicional frio catarinense, após muitas comemorações referentes ao aniversário de nossa cidade. Nossa gente sabe festejar e tem motivos de sobra para isso, pois, de fato, Itajaí está vivendo um bom momento, com uma administração municipal competente e com acentuada visão de futuro. Obras importantes visando a melhora da mobilidade urbana, pois sabemos que, pela dinâmica de nosso desenvolvimento, precisamos de mais agilidade em nossas movimentações. Já somos uma referência mundial em termos de condição logística, com uma posição privilegiada no hemisfério sul. Cada vez mais cargas, importação e exportação, com um Porto dinâmico e competitivo. Precisamos modernizar e expandir nossa mobilidade, proporcionando aos cidadãos maior qualidade de vida. Como resultado pretendido, queremos, todos nós, um desenvolvimento sustentável, onde o progresso econômico não seja conflitante com o prazer de viver em Itajaí.
Artigo anterior:
Opinião do economista Célio Furtado- RETOMADA / DESENVOLVIMENTO/
Estamos vivendo um grande momento náutico, com a expansão de atividades e eventos específicos, tornando-se cada vez mais uma fonte de emprego e renda, articulada com um fluxo favorável de turistas, gente que se encanta com a nossa beleza natural e com a qualidade de acolhimento de nossa gente. Apesar de decisões do governo estadual, prejudicando visivelmente nosso ímpeto de crescimento, nossa cidade se impõe como um dos melhores lugares para morar e investir, consolidando um espaço privilegiado de empreendedorismo. E no plano nacional ?
Vivemos, infelizmente, uma estagnação econômica, com a previsão de um crescimento do PIB, abaixo de 0,8%, muito baixo e pouco alentador no que se refere a criação de empregos e novas oportunidades. Estamos crescendo menos do que a economia mundial, isto significa que estamos nos distanciando dos centros mais dinâmicos, tornando-nos ainda mais periféricos. Felizmente, estamos diante da forte possibilidade da aprovação da Reforma da Previdência, um fato positivo e necessário, uma reviravolta na importante questão do equilíbrio fiscal, uma meta a ser atingida no médio prazo. Sabemos que a simples Reforma não é uma panaceia para curar todos os problemas.
É importante, porém, na perspectiva de se sinalizar uma posição séria diante do crônico problema do Estado brasileiro, caro, excessivo e improdutivo. Todos nós sabemos do Custo Brasil, o peso da máquina pública associada a casos permanentes de corrupção, sangrias consideráveis no organismo econômico nacional. Economia, todos nós sabemos, tem um forte caráter subjetivo, psicológico, dependendo muito da percepção geral da população e, mais especificamente, dos investidores.
Para isso, torna-se necessária a criação de um ambiente de negócios favoráveis, estimulantes ao investimento, pois, é natural por parte dos empresários a conhecida “aversão aos riscos”, o capital busca segurança e garantia de rentabilidade.
Temos que sair dessa posição, para isso é necessário mexer com a mentalidade geral, mobilizarmos uma vontade geral para sairmos dessa estagnação, pois, nunca é demais lembrarmo-nos do grande desemprego reinante, problemático e com sérias implicações na vida de nossa gente.
Há uma ociosidade geral, de talentos, de capacidade produtiva, baixa produtividade e alto grau de desperdício, paradoxalmente. Tomara que o segundo semestre seja mais produtivo, mais empregos!
*Célio Furtado, nascido em 1955/ Professor da Univali/ Formado em Engenharia de Produção na Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Mestre Engenharia de Produção/ Coppe/Ufrj/trabalhou no Sebrae Santa Catarina e Rio de Janeiro. Consultor de Empresa/ Comunicador da Rádio Conceição FM 105.9/ celio.furtado@univali.br
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