Velejadores internacionais falam sobre suas experiências em alto mar

0
324

 

DSC01202

Foto:Adilson Pacheco

Patrocinadora do Team Angola Cables, com os veleiros Mussulo III e Mussulo 40, a Angola Cables — operadora de cabos submarinos de fibra óptica — aproveitou a Semana de Vela de Ilhabela para reunir renomados velejadores de regatas internacionais para discutirem os desafios da vela no Brasil e compartilharem histórias e dificuldades vividas em alto mar.

A convite da companhia estiveram no Brasil o espanhol Inigo Aznar, diretor comercial da Volvo Ocean Race — uma das principais regatas do mundo —; o norte-americano Charlie Enright, Skipper do barco Alvimedica, um dos vencedores da última edição da Volvo Ocean Race; e o português João Fonseca Ribeiro, sócio e velejador da Sail Portugal.

Presente


 

na Semana de Vela de Ilhabela pelo segundo ano consecutivo, António Nunes, CEO global da Angola Cables fez questão de ressaltar a semelhança entre os desafios de se comandar uma grande multinacional e um barco à vela em alto mar. Atualmente o executivo faz parte da tripulação do barco Mussulo 40, que também já disputou provas como a Regata Internacional de Recife (Recife – Fernando de Noronha) e a Cape2Rio (Cape Town – Rio de Janeiro). “Em grandes companhias, assim como na vela temos sempre que estruturar excelentes equipes para que as metas e os resultados desejados sejam obtidos. Contudo, nem sempre as coisas acontecem como programado e é preciso parar e refletir para que decisões assertivas sejam tomadas”, afirma Nunes.

 Comandante dos barcos


 

Mussulo III e 40, José Guilherme Pereira Caldas, também destacou a influência e semelhança da vela na sua vida profissional. Neurocirurgião do Hospital Sírio Líbanes, em São Paulo, ele conta que as estratégias traçadas para navegar pelos oceanos, muitas vezes se assemelham aos desafios de se navegar pelas artérias dos pacientes. “Assim como os meus pacientes são muito diferentes uns dos outros, as condições do mar também podem mudar muito de uma hora para a outra. Vimos isso acontecer, por exemplo, na Cape2Rio de 2014, quando tivemos muitos problemas”, diz.

Desafios internacionais


 

Velejador desde criança, Charlie Enright falou durante o encontro sobre as dificuldades de competir na Volvo Ocean Race, que conta com circuitos como o de Cape Horn, considerada o Everest dos velejadores de alto mar. Ele, que sempre sonhou em participar da competição, conta que este foi até o momento um dos maiores desafios de sua carreira esportiva. Para Enright, as baixas temperaturas, ondas altas e a presença de Icebergs fazem da Cape Horn uma das provas mais desafiadoras dos circuitos de vela mundial. “Decidi participar da Volvo Ocean Race pelas dificuldades físicas e mentais das provas. Meu pai era construtor de barcos e sempre sonhei participar de grandes competições. Em Cape Horn, por exemplo, tivemos que parar o barco em determinado momento da prova para refletir sobre a melhor decisão a ser seguida devido à dificuldade extrema da prova”.

    Diretor da Volvo Ocean Race, Inigo Aznar, conta que em média são tomadas oito grandes decisões durante o percurso da prova que chega a durar cerca de 20 dias.  Segundo ele são essas ações estratégias que definem quem será o grande campeão da regata. “Trabalhamos sempre em equipe e quando se está em alto mar todos são iguais. Precisamos trabalhar juntos para que o objetivo seja alcançado”, ressalta.

Sobre a Angola Cables:


 

Angola Cables é uma empresa de telecomunicações, fundada em 2009, dedicando-se à comercialização de capacidade em circuitos internacionais de voz e dados por cabos submarinos de fibra ótica. O mais recente projeto da empresa é a construção de um cabo que vai ligar Angola e Brasil até 2018, o SACS – South Atlantic Cables System, e o Monet, sistema de cabos que ligará que ligará o Brasil aos Estados Unidos. Movida a desafios, a empresa é associada ao projeto Kitabanga, que busca a conservação de tartarugas marinhas, além de apoiar o esporte náutico, por meio do patrocínio a embarcações de vela, como o barco Mussulo III, que está ancorado no Brasil, participando dos principais campeonatos de vela do país.