Comparado os três primeiros meses do ano passado, o Porto praticamente duplicou a movimentação de cargas.
Investimentos constantes e modernização no Porto de Imbituba, no Litoral Sul de Santa Catarina, ajudam a explicar o crescimento de 70% na movimentação de cargas os últimos três anos. Desde que o Governo do Estado, por meio da SCPar, assumiu o Porto em dezembro de 2012 tem sido assim: a cada mês aumenta o índice de movimentações de cargas.
Em março deste ano, o Porto conquistou um novo recorde: a marca de 504.860 toneladas de cargas movimentadas. Esta é a maior marca já registrada na história do Porto. Se comparado com o mesmo mês em 2015, o aumento foi de mais de 100%, quando foram registrados 232,6 mil.
Comparado os três primeiros meses do ano passado, o Porto praticamente duplicou a movimentação de cargas. Este ano a soma já é de 1.341.217 de toneladas (até março). No último ano, em janeiro, fevereiro e março foram de 689 mil toneladas. Entre as principais cargas movimentadas estão os granéis agrícolas, como milho, soja e trigo, além de minerais.
O presidente do Porto de Imbituba,
Luis Rogério Pupo Gonçalves, explicou que este aumento se deve a uma série de investimentos e projetos de modernização. “A condição da infraestrutura que o porto possui está sendo o grande diferencial para a atração de novas cargas e de embarcações diferenciadas. O que estamos fazendo é implementar condições para que o Porto esteja apto a atender a demanda do mercado. Com isso, colaborar com o país e principalmente Santa Catarina para engrenar no processo econômico e drible essa crise que está instalada momentaneamente”.
Dentre os investimentos do Governo do Estado e da União, no último ano, está a dragagem de aprofundamento que resultou na nova profundidade para manobras de navios. O canal de acesso passou a ter profundidade de 17 metros e bacia de evolução com 15,5 metros. Os berços passaram a operar com 14,5 metros. Com esses números, o Porto de Imbituba tem a maior profundidade entre os porto do Sul do Brasil, apto a receber navios com capacidade de transportar até 9 mil contêineres ou 80 mil toneladas de granéis.
“O Governo do Estado, por meio da SCPar, vem trabalhando, procurando novas cargas, novos clientes, melhorando a sua infraestrutura, a relação com todas entidades e, preparando nossa equipe para que possamos ser cada vez mais eficientes e ter mais competitividade. O Porto é um grande instrumento, ferramenta que ajuda no desenvolvimento de Santa Catarina e do Sul do Estado”, informou o presidente da SCPar, Paulo Cesar da Costa.
O presidente Luis Rogério Pupo Gonçalves ressaltou que no Porto não há o registro de fechamento por motivo de falta de segurança ou mau tempo. Além disso, se destaca por proporcionar manobras de atracações e desatracações rápidas e seguras durante 24 horas por dia – o tempo de espera para atracação é o menor da Região Sul.
Santa Catarina conta ainda com alguns diferenciais, pois enquanto nacionalmente predomina a produção de commodities, no Estado se destaca a indústria da transformação. Grande parte dos insumos utilizados para a produção industrial chega pelos portos, e é por meio dos complexos portuários que essa produção é escoada para o resto do país e do mundo.
“A expectativa é gerar uma movimentação de 4,5 milhões de toneladas (neste ano). O que vai significar ultrapassar em 100% a movimentação de quando assumimos o porto”, informou o presidente do Porto.
O cuidado com o meio ambiente também é levado em conta no funcionamento do Porto. Para a administração, é necessário que o local se desenvolva de forma sustentável. Entre as medidas estão o monitoramento de qualidade das águas, qualidade do ar, o programa de educação ambiental, de pesquisa e monitoramento das baleias francas, o gerenciamento de resíduos e de riscos ambientais.
Em fevereiro deste ano, foram instalados no porto marégrafo de radar e estação meteorológica, que passaram a transmitir a cada hora medições de maré, velocidade e direção do vento, pressão atmosférica, temperatura e umidade relativa do ar, precipitação pluviométrica e molhamento foliar.
Os equipamentos foram instalados pela Epagri/Ciram em uma parceria com a SCPar – Porto de Imbituba. Após a instalação e o início das transmissões, os dados passaram por uma fase de qualificação e, agora, estão disponíveis para serem usados pelos setores interessados.
Investimentos
Para melhorar o acesso ao porto será pavimentado o acesso Norte da BR-101, com 5,3 mil metros, à área portuária da cidade, pela Avenida Marieta Konder Bornhausen e pela Rua Manoel Florentinho Machado. A obra vai oferecer mais tranquilidade ao trânsito pesado de cargas que chegam e saem do porto. O valor da obra está orçado em R$ 12 milhões.
O Porto tem atraído ainda o capital estrangeiro. Empresas procuram o Governo do Estado para se instalar na cidade, como é o caso da norueguesa Proso Managment. Ela estuda a instalação de uma fábrica de contêineres para gás natural liquefeito (GNL). Caso o negócio seja firmado, o investimento será de US$ 4 bilhões e deve gerar três mil empregos.
Competitividade
Santa Catarina conta com seis principais portos: Laguna, Imbituba, Itajaí, Navegantes, São Franscisco do Sul e Itapoá. Santa Catarina é considerado o maior polo portuário em total de cargas transportadas por contêiners do Brasil. Em 2015, os portos do Estado movimentaram US$ 17 bilhões somando importações e exportações.
Pela infraestrutura portuária catarinense, passaram mais de 44 milhões de toneladas, o que corresponde a 4,37% do total de contêineres movimentados em todo o Brasil.
A agilidade dos portos de SC também é destaque. Aqui 99% das cargas desembaraçadas pela Receita Federal são liberadas pela Fazenda de Santa Catarina em até oito minutos. Em outros estados o processo pode chegar a mais de 30 dias. Como o sistema catarinense é online, estas cargas são fiscalizadas eletronicamente.
História do Porto de Imbituba
O porto de Imbituba foi construído pelos ingleses em 1880 para escoar a produção de carvão extraído nas minas na cabeceira do Rio Tubarão e transportado pela Estrada de Ferro Donna Thereza Christina. No início do século 20, a concessão das minas de carvão e da ferrovia foi transferida para a firma carioca Lage & Irmãos, que também assumiu o porto.
Com a ampliação das atividades carboníferas em Santa Catarina e a persistência do problema do Porto de Laguna, a Lage & Irmãos resolveu ampliar o Porto de Imbituba para atender quase que exclusivamente aos seus navios, o estaleiro na Ilha do Viana no Rio de Janeiro e a futura siderurgia. No dia 3 de novembro de 1922, foi fundada a Companhia Docas de Imbituba (CDI), que nasceu assumindo toda a área portuária (principalmente o quebra-mar em construção) e as instalações existentes.
A CDI viria a obter, pelo Decreto nº 7.842, de 13 de setembro de 1941, a concessão para executar os melhoramentos e explorar comercialmente o porto. Nessa nova fase das obras, os primeiros 100 metros do cais de atracação foram inaugurados em 4 de maio de 1942.
Rodoviário
É realizado por uma das principais rodovias do país, a BR-101, que dá acesso às demais regiões brasileiras e os países do Mercosul. O acesso ao porto se dá pelas avenidas Manoel Florentino Machado (sul) e Marieta Konder Bornhausen (norte).
Ferroviário
Operado pela Ferrovia Tereza Cristina, que interliga a região carbonífera e industrial, no Sul de Santa Catarina, com o Porto de Imbituba.
Marítimo
O Porto de Imbituba está a 286 milhas marítimas do Porto de Santos e a 322 milhas marítimas do Porto de Rio Grande. As águas tranquilas que proporcionam o acesso ao porto são obtidas por um molhe de abrigo com 850 metros de comprimento, não existindo correntes marítimas de valor apreciável.
Aéreo
O aeroporto Internacional Hercílio Luz, em Florianópolis, fica a 115 quilômetros. O aeroporto Regional, em Jaguaruna está a 79 quilômetros.
*EDIÇÃO DA REDAÇÃO/ EDITORIAL EDITION
*Edição – Adilson Pacheco
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