*Célio Furtado – Engenheiro e professor da Univali celio.furtado@univali.br
Escrevo nessa noite aproveitando a tranquilidade da minha casa, ouvindo música (saxofone jazz), pensando e reunindo elementos soltos, dispersos, tendo em vista a produção de um pequeno texto.
Refiro-me ao “pequeno” não por modéstia ou então pela dimensão do mesmo, sempre igual, padronizado, aproximadamente em quinhentas palavras, mais ou menos.
Essa dimensão e formato de meus artigos, consolidaram a partir de 1998, quando iniciamos o jornal “O Tempo”.
Felizmente, sempre tive boa acolhida e bons comentários dos leitores, tanto pelo estilo conciso como também pela atualidade e inserção no contexto no qual estava mergulhado.
De fato, estamos mergulhados no tempo e no espaço, e, no meu caso, sempre procurei dar o meu parecer sobre o mundo circundante, direcionando as minhas crônicas para um contexto local, sem esquecer as minhas já conhecidas analises de conjuntura.
Ultimamente, pelo menos nos últimos meses dei ênfase às considerações politica econômicas, expondo as minhas ideias e meus valores políticos, explicitando as minhas escolhas locais e nacionais.
Sempre acreditei que o intelectual deva se posicionar, manifestando a sua escolha particular, consciente das responsabilidades explicitas e, no meu caso, considerei a melhor escolha para o povo brasileiro, a do candidato vitorioso nesse turbulento processo eleitoral.
Recebi, como era de se esperar, elogios e críticas, pois aqui na nossa região e, mais especificamente, no Sul, prevalecia a preferência pelo candidato derrotado.
Acabadas e referendadas as eleições, confirmadas e legitimada, voltamos à vida normal, escrevendo, conversando e pensando o que nos vier à cabeça, cotidiano, reflexões filosóficas, acontecimentos e pareceres gerais sobre o aqui e agora.
Sabemos, porém, que a transição não é tão suave e confortável, ainda temos muitas pessoas inconformadas, magoadas, não querendo aceitar o resultado eleitoral, e, o que é pior, instalando-se nos cercados dos quartéis e guarnições militares, pedindo o que se denomina “intervenção-já”.
Na minha cidade, pelo menos, estão bem instalados, entre o mercado de peixe e o cercado da Capitania dos Portos, acampados, com as suas cores verde e amarelas, os auto denominados “patriotas”.
Não vou polemizar, temos que respeitar o pensamento divergente, faz parte do processo democrático.
Porém, não podemos admitir a tentativa de golpe militar, uma ilusão, uma possibilidade bem remotas, e, nesse caso, lembro as palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Pai, perdoai-os porque não sabem o que fazem”.
Tivemos ontem a estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo e, nesse caso, as cores verdes e amarelas retornaram ao seu significado simbólico inicial, as cores de nossa bandeira, de todo o povo brasileiro.
Uma bela vitória contra os sérvios, um jogo equilibrado no primeiro tempo e, no segundo, mostrou-se a superioridade do nosso futebol.
Pela minha idade, 67 anos, já acompanhei muitas Copas do Mundo, uma paixão nacional e internacional, e vendo esse time, demonstro o meu otimismo quanto à conquista do título.
Confesso que sempre me vem à lembrança a Copa do Mundo de 1970, no México, um momento muito rico em minha vida, meus 15 anos, o inesquecível tricampeonato, “noventa milhões em ação”.
*Célio Furtado, nascido em 1955/ Professor da Univali/ Formado em Engenharia de Produção na Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Mestre Engenharia de Produção/ Coppe/Ufrj/trabalhou no Sebrae Santa Catarina e Rio de Janeiro. Consultor de Empresa/ Comunicador da Rádio Conceição FM 105.9/ celio.furtado@univali.br
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