Célio Furtado – Engenheiro e professor da Univali celio.furtado@univali.br
Escrevo nessa manhã, inicio de semana, após os resultados das eleições brasileiras.
Ouço saxofone/jazz e, particularmente satisfeito, tento colocar algumas palavras, construindo um texto, tentando comunicar a minha imensa alegria pela vitória do meu candidato à presidência da República: vencemos!
A alegria seria maior se fosse acompanhada também pela vitória do meu candidato a governador, não deu, sabemos que, aqui, a barra é pesada.
Quando falo de “imensa alegria”, refiro-me, de fato, à satisfação interior, o alívio e a sensação do dever cumprido, não fugi à luta e combati o bom combate.
Alguns leitores poderiam me perguntar porque o jazz nesse momento comemorativo e de celebração, talvez fosse mais apropriado ouvir a “Internacional”, ou o hino mais apropriado para o combate, os denominados hinos triunfantes, normalmente tocado pelas bandas militares, após a vitória.
Verdade, passou pela minha cabeça o vídeo tão emocionante, encontrado no Youtube: “Chile, um povo unido jamais será vencido”.
Outros me recomendariam os cantos gregorianos ou as músicas que eternizaram a glória e o esplendor de Veneza.
Confesso que veio à mente algo mais simples, mais próximo a nós, brasileiros, que é “Vai passar” do admirável compositor Chico Buarque de Holanda.
Porém, achei mais apropriado o jazz, os saxofones tocados pelos geniais norte-americanos, música das noites, nascido dos descendentes dos escravos no Mississipi, St Louis, por ali.
No meu caso particular, quando descrevo a imensa alegria, falo da importância dessa vitória, não apenas no curto prazo, porém, no próprio destino da nossa pátria, agora conduzida com mais racionalidade, mais personalidade e mais aceitação no conjunto das nações.
O Brasil voltou a ser respeitado, com uma liderança simples e carismática com livre trânsito em todos os canais diplomáticos.
Como alguém já dizia: “agradamos a gregos e baianos”. Junto a isso temos uma maior sensibilidade com os excluídos, com os “barrados no baile”, com as minorias, esse novo governo tem sangue e emoção, tem história de sofrimento e solidariedade ao sofrido povo brasileiro.
Tenho escrito em artigos anteriores que houve, de fato, uma lavagem cerebral quase irreversível, uma inundação consciente e pragmática de fake News, aproveitando-se de mentalidades de cultura de superfície, poucos livros, pouca leitura, nenhuma compreensão histórica, a mente pronta para as mentiras perversas das noticias falsas produzidas em laboratórios.
Sim, um esquema de estado maior, a informação manipulada e manobrada como o mais sutil e mortal munição, sem barulho, sem cheiro de pólvora nem de sangue.
Apenas a contaminação sutil e permanente nas mentes desavisadas, consolidando novos padrões, novos pontos de vistas afinados com o poder dominante, nada de diferente de “1984” de Orwell.
Os resultados de domingo foram muito importantes, uma eleição acirrada, emocionante até o fim.
Criou-se um cenário assustador, ameaçador, como se estivéssemos caminhando em um terreno minado, uma pressão institucional totalitária para o voto único e para o pensamento único.
Gosto de ouvir Caetano Veloso, na introdução do “Carcará”: “é incrível a força que as coisas tem quando precisam acontecer”.
Por isso a paz interior e a “Imensa alegria”!
Célio Furtado, nascido em 1955/ Professor da Univali/ Formado em Engenharia de Produção na Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Mestre Engenharia de Produção/ Coppe/Ufrj/trabalhou no Sebrae Santa Catarina e Rio de Janeiro. Consultor de Empresa/ Comunicador da Rádio Conceição FM 105.9/ celio.furtado@univali.br
NR: Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores
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