OPINIÃO DE CÉLIO FURTADO : OUTUBRO/ESCOLHAS

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Célio Furtado – Engenheiro e professor da Univali celio.furtado@univali.br

Escrevo nesse final de noite, ouvindo saxofone/jazz (Sonny Rollin, 1930-), contente e agradecido pela simplicidade e beleza da vida.

Estamos vivendo a plenitude do momento eleitoral, onde há uma explosão de expectativas quanto ao resultado final, coisa normal dentro de uma democracia. Sabemos que a democracia significa a força do povo, uma das noções de etimologia grega mais antiga que conheço, provavelmente das aulas de Português do Colégio Salesiano.

Também podemos pensar em soma vetorial gerando uma resultante, que, até o presente momento pouco sabemos, a não ser uma certa constância nas pesquisas eleitorais, porém, estamos a menos de duas semanas e muita coisa pode acontecer.

O processo eleitoral não é modelo estático, é uma somatória de tendências e expectativas, ainda que as pesquisas apontem que a esmagadora maioria já sabe em quem vai votar e também em quem não votaria “de jeito nenhum”.

Admito que essa febre desvia um pouco a produção do texto, pois, confesso que nunca vi tanta ansiedade que se transforma em agressividade com frequência, amizades desfeitas, brigas e desafetos.

Tem o lado bom pois as pessoas, mais do que nunca, estão se soltando, se expondo e assumindo as suas posições políticas, seus valores, ou seja, as pessoas que se diziam apolíticas são extremamente políticas e normalmente de direita, com uma simpatia explícita pela tentação autoritária.

Aqui em Santa Catarina é visível e explicita essa posição de extrema direita, um problema que os futuros governantes deverão se empenhar em corrigir, não pode haver um Brasil do Sul contra um Brasil do Norte e vice versa.

 

Gosto do tema da unificação nacional, já mencionando em artigos anteriores as figuras ilustres do Duque de Caxias e do Barão do Rio Branco, entre tantos que se destacaram pela unidade e integração do território nacional.

Temos um patrimônio cultural muito rico e diversificado, gente e história de vida individual e coletiva, porém, o mais importante, uma impressionante unidade linguística; falamos a bela língua portuguesa.

Particularmente, lembro sempre a figura do Dr. Tancredo Neves, com a sua habilidade admirável em conciliar as posições divergentes, um sábio na arte da Política, que infelizmente, faleceu, logo após assumir o cargo de Presidente da República.

Penso que ele seria o homem certo para o momento certo, uma solução mais eficaz para o momento tenso da vida nacional.

Penso que o meu candidato Lula reúne essa habilidade de negociador e conciliador, principalmente somado à sabedoria conciliadora do seu vice, o dr. Alckmin.

Lula iniciou sua carreira política na vida sindical, aprendendo desde cedo a sentar com desenvoltura e dignidade nas mesas de negociação com as grandes montadoras multinacionais, no ABC paulista.

Sabemos que, para crescer, o Brasil precisa “se acalmar”, criar um ambiente interno que inspire confiança e credibilidade aos investidores nacionais e internacionais, pois, lemos nos textos de Economia que “o capital tem aversão aos riscos”.

Precisamos de um nome que se imponha e tenha credibilidade no contexto internacional, pois disso depende a nossa inserção na ordem mundial.

Lula tem esse perfil!

 

Célio Furtado, nascido em 1955/ Professor da Univali/ Formado em Engenharia de Produção na Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Mestre Engenharia de Produção/ Coppe/Ufrj/trabalhou no Sebrae Santa Catarina e Rio de Janeiro. Consultor de Empresa/ Comunicador da Rádio Conceição FM 105.9/ celio.furtado@univali.br

 

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