Célio Furtado – Engenheiro e professor da Univali celio.furtado@univali.br
Escrevo nessa fria manhã, na tranquilidade do meu lar, ouvindo música (Schubert/ Serenata), pensando calmamente nas coisas ao meu redor.
Sou muito grato por ter uma vida simples e saudável, uma mente aberta ao novo, à novidade e à inovação. Meu pensamento, de modo geral, é conservador, no sentido de me sentir bem no momento presente, sem acelerar nenhum acontecimento, olhando o passado e o futuro com naturalidade, pois sabemos que “quem sabe faz a hora não espera acontecer”.
Olho para a minha parede e aprecio os quadros, as fotografias, os rosários pendurados, um ambiente simples típico de alguém católico apostólico romano; gosto das imagens antigas dos santos, faz-me lembrar das aulas de religião e da beleza incomparável dos catecismos, instrumentos da catequese. Recentemente, entrevistamos na Rádio Conceição, o padre diretor do Colégio Salesiano, um homem culto e preparado, fato normal, requisito necessário para chegar no topo de um tão prestigioso educandário.
Uma excelente entrevista, respostas adequadas e cuidadosas pois estávamos diante do famoso pragmatismo salesiano, “filhos de Dom Bosco”, uma ordem vitoriosa em todos os sentidos. São João Bosco é um santo respeitado por todos, foi um espírito inovador, à frente do seu tempo, com a ajuda de Maria Auxiliadora e impulsionado, certamente, pela força do Espírito Santo, construiu uma ordem presente nos quatro cantos do planeta, disseminando uma doutrina admirável, formando jovens vitoriosos a partir de uma estratégia didática e pedagógica que está sempre se renovando.
Meu pai, um homem simples e semianalfabeto, muito se orgulhava por ter os seus cinco filhos estudado no Colégio Salesiano de Itajaí, com muito esforço e suor, muita oração e vida regrada, muita economia doméstica para conseguir garantir uma educação de elite para os seus filhos serem “alguém” na vida.
Eu também herdei esse respeito pela educação salesiana, meus filhos também estudaram no mesmo Colégio, com bom desempenho também. Quando eu morei em Florianópolis meu filho, Giordano, estudou no Colégio Catarinense, com os jesuítas, e, no Rio de Janeiro, bem criança ainda, estudou no Colégio Cruzeiro, antigo Colégio Alemão, ali, na Praça Cruz Vermelha.
Na entrevista foi mencionado, com muito orgulho, pelo padre diretor, o Parque Dom Bosco, uma versão moderna dos famosos Oratórios Festivos, de Dom Bosco, iniciados em Turim. Falar da importância do Parque Dom Bosco é “chover no molhado”, teve e tem um papel importante na vida de milhares de jovens itajaienses que o frequentaram, com uma sólida formação profissional, moral e religiosa.
Na infância, frequentei aquele ambiente, muito aprendi, nas Santa Missas, nos domingos, e na Doutrina, nos sábados, além, do futebol, pés descalços, camisas bem maior do que o corpo, correndo como toda criança saudável no campinho de chão de terra batida.
Ainda havia a pedreira, o trilho, o trem e a litorina. Minha Primeira Comunhão foi no Parque Dom Bosco, a primeira turma, exatamente, orientada por um padre, posteriormente, bispo, Dom Antônio Possamai.
Devo muito de minha fé e cultura católica à educação salesiana.
A boa entrevista fez reviver essas lembranças!
Célio Furtado, nascido em 1955/ Professor da Univali/ Formado em Engenharia de Produção na Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Mestre Engenharia de Produção/ Coppe/Ufrj/trabalhou no Sebrae Santa Catarina e Rio de Janeiro. Consultor de Empresa/ Comunicador da Rádio Conceição FM 105.9/ celio.furtado@univali.br
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