Célio Furtado –
Engenheiro e professor da Univali
celio.furtado@univali.br
Chegamos no último mês do ano, agradecidos por estarmos vivos e saudáveis, com um certo ar de otimismo, apesar da “segunda onda”. Este é o termo utilizado para descrever a forte possibilidade de mergulharmos em outra fase perigosa da pandemia do corona vírus, uma marca indelével do ano de 2020.
Todos nós aprendemos sobre a importância da proteção individual e coletiva, diante da contaminação, todos somos vetores de transmissão, causa e consequência, na verdade. Tenho recebimento um bom acolhimento nos meus artigos, leituras generosas de minhas mensagens, elogios e críticas, coisas normais para quem se expõe, principalmente, no momento atual, onde os nervos andam à flor da pele.
Tivemos, nesse último domingo de novembro, o segundo turno das eleições municipais no país. Um momento importante da vida democrática, vitórias para uns e decepções para outros, é e a vida que segue, não vivemos nos melhor dos mundos, mas é muito bom viver o “aqui e agora”, com saúde, paz no coração, consciência tranquila e muita fé no futuro.
Confesso que gostei dos resultados, e vejo, no panorama nacional, uma luz no fim do túnel. O atual Presidente da República foi derrotado nas principais cidades brasileiras, ou seja, todos os seus candidatos não se elegeram, o que obriga Bolsonaro a ser mais humilde e repensar os próximos dois anos, levando em conta que o seu “guru, Trump, presidente norte americano foi derrotado, também.
Muda o cenário internacional e nacional, não precisamos ser expert em política para compreendermos que a maioria da população brasileira votou pelo centro democrático e liberal, onde prevalece a racionalidade econômica. Estilo presidencial, impregnado de bravatas e atos espontâneos não “pega” mais, não convence a muita gente, a não ser os seus fanáticos seguidores, nesse caso, estamos diante de uma patologia psiquiátrica, onde a lavagem cerebral foi irreversível. As principais cidades brasileiras escolheram candidatos mais lúcidos, gente experiente e pragmática, que acreditam no ideal democrático, realista, pois sabem que não há mais espaços para aventureiros despreparados, que dão mais importância aos problemas familiares do que das graves questões nacionais.
Uma turma nova está chegando e isso, no meu entendimento, é alvissareiro. Aquele discurso inicial, do atual mandato, a “nova política”, era “historinha para boi dormir”; felizmente, o presidente despertou e depende cada vez do grupo parlamentar, denominado de “centrão”, gente competente que sabe que política não é para amadores.
No plano municipal, reafirmo o meu contentamento com a vitória do prefeito Volnei Morastoni, num pleito acirrado, onde prevaleceu um voto de confiança no que já foi feito. Tivemos no primeiro mandato, pleno êxito na movimentação portuária, uma projeção mais vigorosa de Itajaí no cenário logístico internacional, com o nosso porto cada vez mais competitivo. Pensando nisso, Volnei investiu acertadamente na infraestrutura, melhorando consideravelmente a mobilidade urbana. Na Educação e na Saúde pública teve a coragem de ousar e inovar, não ficando acuado, demonstrando uma impressionante capacidade de trabalho, expondo-se à opinião pública nacional, provando que é um ´médico estudioso e inovador.
Boas perspectivas para 2021!
Célio Furtado, nascido em 1955/ Professor da Univali/ Formado em Engenharia de Produção na Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Mestre Engenharia de Produção/ Coppe/Ufrj/trabalhou no Sebrae Santa Catarina e Rio de Janeiro. Consultor de Empresa/ Comunicador da Rádio Conceição FM 105.9/ celio.furtado@univali.br
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