Linha de frente: a realidade dos atendimentos odontológicos durante a pandemia

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cirurgião-dentista e gerente de novos produtos e práticas clínicas da Neodent, Sérgio Bernarde/Divulgação

 

Apesar da alta probabilidade de contágio, estudo aponta que menos de 1% dos dentistas norte-americanos foram infectados com a Covid-19

Se as máscaras e luvas descartáveis já faziam parte da rotina dos dentistas ao atender os pacientes, essa realidade se intensificou com a Covid-19. Protetores faciais, desinfecção mais intensa e ainda mais cuidados nos consultórios e salas de espera, utilização de máscaras especiais, redução nos números de agendamentos e constante aplicação de álcool em gel são algumas das medidas adotadas pelos profissionais da saúde bucal durante a pandemia.

Um relatório divulgado recentemente pelo The Journal of the American Dental Association mostra que essas mudanças têm sido efetivas na proteção dos dentistas. De acordo com esse estudo, nos Estados Unidos, menos de 1% dos dentistas foram infectados pelo novo coronavírus. Em março, o jornal The New York Times havia colocado a odontologia como uma das profissões com maior risco de contágio da Covid-19, segundo dados do Departamento do Trabalho dos EUA.

O baixo número de profissionais infectados mostra que protetores faciais e desinfecção mais intensa têm auxiliado na proteção tanto dos dentistas quanto dos pacientes. Segundo uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO), com 40 mil cirurgiões-dentistas, 82% dos profissionais continuam atendendo os pacientes em consultórios odontológicos com base nos cuidados de biossegurança recomendados pelo Conselho.

Essa foi a realidade do cirurgião-dentista e gerente de novos produtos e práticas clínicas da Neodent, Sérgio Bernardes, que manteve operando e seguindo todos as orientações e protocolos de segurança durante a pandemia. Ele faz parte de um universo de 328 mil cirurgiões-dentistas brasileiros, de acordo com números do CFO, que precisaram adaptar procedimentos com a chegada do novo coronavírus. A categoria foi diretamente impactada pela pandemia, já que a saliva e a propagação de aerossóis são os principais meios de transmissão da Covid-19.

Ele conta que atender os pacientes em meio a uma pandemia é uma experiência nova, desafiadora e de muita responsabilidade, visto que, além dos atendimentos de emergência, a rotina dos cuidados com a saúde bucal não pode parar. “Mesmo os consultórios sendo ambientes reconhecidamente preparados para evitar qualquer tipo de transmissão de doenças, nós tivemos que reforçar e criar novas rotinas de segurança. Novos EPIs foram incluídos e uma rotina mais rigorosa de cuidados foi implantada”, afirma.

O presidente científico da Neodent, Geninho Thomé, também é professor no Instituto Latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontológico e esteve à frente da criação de um manual com orientações de biossegurança para consultórios odontológicos dentro do movimento “Conta Comigo”. Ele conta que a busca pela atualização de conhecimentos foi algo fundamental para os profissionais nesse período. “É uma realidade que ninguém nunca tinha vivenciado, então tudo é muito novo. O compartilhamento de informações e tomadas de decisões criteriosas foram armas extremamente importantes nesses meses”, explica.


 


O manual foi uma das principais iniciativas de suporte aos dentistas elaboradas durante a pandemia. “É um momento de união do setor, como forma de resgatar a confiança do brasileiro na saúde, para que o paciente se sinta seguro ao visitar um dentista, sem medo de ser contaminado” conta Matthias Schupp, CEO da Neodent. “A proposta é tão efetiva e necessária, que foi adaptada em nível internacional e traduzida para diversos idiomas”, comenta.

   Força do setor

Segundo o CFO, o setor de odontologia tem movimentado, em média, R$ 38 bilhões por ano. É a segunda profissão mais rentável no país, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), reflexo principalmente do avanço tecnológico e de especializações na área. Novas tecnologias que têm sido observadas de maneira bastante consistente na odontologia estética. A área também sentiu os reflexos da pandemia com o aumento considerável da busca por procedimentos, como alinhamentos e implantes.

No consultório da cirurgiã-dentista e especialista da ClearCorrect Caroline Aranalde, a procura por alinhadores transparentes deu um salto. “A pandemia trouxe uma busca pela saúde em todos os seus aspectos. Hoje, recebo em meu consultório pacientes que se viram motivados a conhecer alternativas que podem trazer melhorias tanto na autoestima quanto na qualidade de vida”, conta. A média de vendas dos alinhadores da ClearCorrect, marca utilizada pela dentista, teve um crescimento de quase 60% durante a pandemia. Para atender a demanda, a empresa adquiriu uma nova linha de impressoras 3D, um terceiro turno de operações foi implantado e o volume de produção dobrou em três meses.

“A nova realidade vivida pelos dentistas reforça a dedicação e o comprometimento dos profissionais da saúde bucal com os pacientes, mantendo os atendimentos necessários com segurança e eficiência durante a pandemia da Covid-19”, finaliza Matthias.

Neodent

Fundada há mais de 25 anos, a Neodent é a empresa líder em implantes no Brasil, onde vende mais de um milhão de implantes anualmente. A Neodent está entre os três principais fornecedores de implantes do mundo e está disponível em mais de 60 países. O sucesso da marca se deve a suas soluções odontológicas diretas, progressivas e acessíveis, que trazem novos sorrisos para milhões de pessoas. Sediada em Curitiba, Brasil, a Neodent® é uma empresa do Grupo Straumann (SIX: STMN), líder global em substituição de dentes e soluções odontológicas que restauram sorrisos e confiança.