Quais medidas tomar para organizar a finança familiar em tempos de crise? Especialista Odineia Silv dá dicas para separar dívidas essenciais e supérfluas

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Quais medidas tomar para organizar a finança familiar em tempos de crise?

No atual cenário, 71% dos entrevistados brasileiros estão receosos com relação ao futuro da economia

Ainda que as atividades produtivas estejam retomadas no Brasil, o brasileiro está hesitante sobre a economia no futuro. Esse comportamento acontece em meio de uma grande parte da população endividada no país. Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo aponta que o número de endividados em junho deste ano chegou a 67,1%, acima do que resultou no mês anterior, 66,5%.

 

Para a especialista Odineia Silva, educadora financeira, com base no atual comportamento do brasileiro referente a uma futura melhora na economia, é preciso que haja uma compreensão sobre a presente situação financeira familiar, isto é, dividir as dívidas necessárias das excessivas. “Faça uma relação de tudo aquilo que realmente precisa para sobreviver (exemplos: água, luz, alimentação básica, etc) – e uma outra relação daquilo que pode eliminar ou reduzir (exemplos: Netflix, compra de roupas, bolsas, sapatos, guloseimas, ou seja, tudo aquilo que se não comprar não fará com que não sobreviva por um período)”, afirma a especialista em gestão financeira.

 

Famílias que gastam muito e economizam pouco

Odineia Silva, especialista em gestão financeira e analista comportamental, avalia que uns gastarem mais e outros menos está muito atrelado ao perfil financeiro de cada um, aquilo que já nasce consigo. Segundo ela, a família é como um time, quanto mais engajado, mais terão grandes resultados.

Por isso, ela afirma que é preciso que no ambiente familiar é necessário haver conversa, compartilhamento e o traço de objetivos e metas. Além disso, existe a possibilidade de um ajudar o outro no dia a dia em relação aos gastos e consequentemente mais valor será dado ao dinheiro. “Uma boa forma é estabelecer campanhas de contenção de despesas, tais como água e energia (tempo no banho, na escovação dos dentes,na televisão, no vídeo game); comida (colocar no prato somente o necessário, consequentemente também se evitará o desperdício de alimentos), diz Odineia.

Falar de economia familiar com a criança

Odineia cita alguns pontos que podem auxiliar a criança a ter um bom desenvolvimento em relação às finanças:

1- Incentivo à importância do dinheiro: segundo a especialista, incentivar o entendimento sobre o dinheiro é importante, pois os filhos aprendem muito mais pelo o que eles veem do que por aquilo que é falado.

2- Dar mesada: de acordo com Odineia, dar uma quantia mensal para a criança desde que os pais e responsáveis incentivam-na a importância de guardar uma parte do valor, principalmente porque ela vai aprender a ter paciência e disciplina.

“A educação financeira é sem dúvida o maior presente que podemos dar para que nossos filhos tenham uma vida mais tranquila e com mais liberdade futuramente”, diz especialista em finanças.

Economizar e entreter

Odineia afirma que é possível poupar sem abrir mão do prazer: “estabelecer um teto de gastos mensais para o lazer por exemplo, escolher programas com baixo custo, tais como: sessão cinema em casa, cozinhar em casa e colocar uma boa música com uma mesa bem arrumada e quem sabe até uma vela, aproveitar para alinhar os sonhos da família construindo um lindo mural dos sonhos com recorte de imagens ou captura na internet. Aproveitar para montar um super quebra cabeça, ler um bom livro, dentre várias outras opções dentro daquilo que é importante e prazeroso.

“Use a sua criatividade, quando temos sonhos maiores, os pequenos prazeres do dia a dia passam a ser ainda mais preciosos”, finaliza Odineia Silva.