*Célio Furtado
Economista e professor da Univali
celio.furtado@univali.br
Inicio de maio, o ano está se definindo com características bem visíveis para todos aqueles que se dedicam um pouco para avaliar a realidade nacional. Um ano relativamente previsível, um crescimento medíocre, a persistência do desemprego, a grande ociosidade da indústria, uma inflação baixa e poucas surpresas pelo caminho.
A expectativa maior, naturalmente, é a votação da reforma da Previdência, um acirrado debate no campo parlamentar e, principalmente, na opinião pública, ressaltando vantagens e desvantagens, quem ganha e quem perde, assim por diante, tudo dentro de um acirrado combate ideológico. Sabemos da necessidade de um equilíbrio fiscal, o país precisa acertar as suas contas, combater o déficit e aumentar a sua capacidade de investimento interno e externo. Particularmente, em vários artigos escritos, venho colocando a minha opinião, incluindo-me numa minoria que apoiou as decisões do então Presidente Temer, em torno de uma terapia macroeconômica necessária para a retomada do desenvolvimento econômico.
O Estado precisava ser enxugado, o custo Brasil está muito alto, emperrando todas as iniciativas desenvolvimentistas, gerando um clima pessimista no que se concerne as expectativas racionais de investimentos produtivos. Na aquela ocasião (ano passado) o então candidato Bolsonaro era contrário à mencionada Reforma, um pouco por oportunismo demagógico e também pela sua notória ignorância em termos de economia. Hoje, já Presidente, eleito por uma convincente maioria, caindo na paixão popular, mudou a sua opinião e, pela lógica dominante, precisa efetuar a Reforma, num delicado e complexo processo de negociação com os parlamentares. Ele que criticava a “velha política”, necessita barganhar os votos e isso significa liberação de verbas, ou melhor, de “abertura das torneiras” do Tesouro Nacional. Imagino que deva ser aprovada, com uma série de cortes e mutilações, ou seja, não necessariamente a Reforma vai ser aprovada como foi enviada. Nesse sentido, sabemos que “muita água vai passar por debaixo da ponte”.
No plano municipal, ou seja, na nossa Itajaí, estamos percebendo um clima de otimismo quanto ao desempenho do executivo municipal, ou seja, o Prefeito Volnei Morastoni está trabalhando muito para tornar a nossa Cidade ainda melhor para morar, visitar e para investir. Percebemos melhorias na infraestrutura e na mobilidade urbana, com reflexo na qualidade de vida dos cidadãos, melhoras na Educação e na Saúde Pública. O carro chefe desse novo astral é o excelente desempenho do nosso Porto, com movimentação expressiva, num entra e sai de navios, impregnando a opinião pública de um salutar otimismo e uma grande expectativa de desenvolvimento e geração de empregos. Isso é bom, do ponto de vista político, tanto para a situação como a oposição pois contribui para elevar a qualidade dos futuros debates, ganhando com isso o contribuinte-eleitor. Itajaí, alto astral.
A passagem maio-abril, no meu caso, sempre tem um caráter de respeito e saudades dos meus falecidos pais, Alfeio Belmiro Furtado e Benta Borinelli Furtado, ambos faziam aniversário nos dias 01/ 5 e 30/4, respectivamente. Um belo exemplo de vida a dois, marcada pela dedicação aos cinco filhos, casal respeitado. Saudades!
*Célio Furtado, nascido em 1955/ Professor da Univali/ Formado em Engenharia de Produção na Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Mestre Engenharia de Produção/ Coppe/Ufrj/trabalhou no Sebrae Santa Catarina e Rio de Janeiro. Consultor de Empresa/ Comunicador da Rádio Conceição FM 105.9/ celio.furtado@univali.br
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