Guilherme Sucena, 49 anos, é formado em Administração de Empresa com pós gradução em Gestão Hospitalar, em Gestão Empresarial e com MBA em Finanças pela FGV – Fundação Getúlio Vargas.
Velejador desde criança. Com 6 anos entrou em um barco a vela pela primeira vez, nos escoteiros do mar na cidade do Rio Grande RS, sua terra natal. Alguns anos depois ganhou seu primeiro barco. Dedicou a vida ao esporte náutico.
Participou ativamente da gestão do Rio Grande Yacht Club – RGYC . Foi Comodoro, Presidente do Conselho Deliberativo, vice-comodoro de fianças, diretor de regatas, conselheiro nata.
Hoje é sócio proprietário da Loja Equinautic em Itajaí. Loja com 30 anos no mercado náutico nacional.
É Capitão MOY – Master of Yachts – pela IYT International Yacht Training de Fort Lauderdale USA. Também é Instrutor pela mesma instituição.
A ideia destes artigos é a de levar aos leitores conhecimentos na área náutica, disseminar o conhecimento básico de forma fácil, prática e a disposição daqueles que não o conhecem por completo ou não sabem onde procurá-lo.
Buscar melhorar suas habilidades é um objetivo que deve ser perseguido por todos os marinheiros, comandantes e donos de qualquer tipo de embarcação seja ela de trabalho ou esporte e recreio. Somente o conhecimento poderá ajudá-lo em situações em enfrentadas na água.
Trataremos de assuntos relacionados a:
- Procedimentos básicos de segurança e uso dos equipamentos;
Regras para evitar colisão entre embarcações;
Cartas náuticas e suas aplicações;
Navegação e plano de viagem;
Tábua de marés;
Principais boias, canais primários e secundários;
Metereologia;
Segurança;
MOB – Men over board – Homen ao mar
No decorrer das edições vamos conversando sobre os principais assuntos relacionados anteriormente dando um aspecto bem prático ao ponto.
Como escrevi, conhecer as regras, estar sempre atento, desde o início, desde a preparação da navegada, seja ela a passeio, competição ou trabalho lhe garantirá segurança para todos a bordo.
A informação é o fator principal de sobrevivência. Todos os amantes da náutica devem buscar a cada dia mais experiências, aprender com seus erros e acertos. Somente assim vamos ter a confiança necessária para tornar o esporte seguro e feliz para todos os que estão a bordo.
Iniciaremos a focar nos tópicos pré definidos. Será uma abordagem prática e explicada de forma didática sempre indicando onde encontrar maiores detalhes sobre os assuntos passados.
Obrigado a todos pela leitura e nos encontramos na próxima coluna.
Bons ventos
Guilherme Sucena
Capt MOY.
Procedimentos básicos de segurança e uso dos equipamentos
Amigos do mar, este é o primeiro artigo de uma série de muitos que vamos apresentar aqui para vocês. Vamos, incialmente, abordar o tema da segurança e uso dos equipamentos corretos.
Parece, para muitos, uma simples atividade: colocar ou não o colete salva vidas. É bem mais que isso. Meu objetivo é prover a todos os leitores o conhecimento e as habilidades necessárias para reagir de forma correta e positiva em situações de emergência.
Como seres terrestres que somos, estamos expostos a muitas ameaças no meio marítimo. Situações de emergência podem surgir a qualquer momento como fogo a bordo, colisão, encalhe ou alagamento a bordo e MOB – homem ao mar.
Qual a definição de emergência a bordo? É toda e qualquer situação em que haja perigo iminente de perdas de vida, de machucados, de perda ou danos a propriedade e danos ao meio ambiente.
Nem todas as situações de emergência a bordo são focadas em perdas de vida. Fogo, inundação, danos ao meio ambiente hoje são situações corriqueiras e que todos que navegam aqui na região sabem que são iminentes e qualquer descuido pode se transformar em uma grande dor de cabeça tanto para o proprietário como para o capitão que, em ultima análise, é o responsável pelo bom andamento a bordo. Há pouco tempo uma embarcação foi consumida pelo fogo em Balneário Camboriu.
Somente uma tripulação bem treinada, um capitão competente com prática e conhecimento pode tirar você e sua embarcação de uma situação de perigo. Todas estas habilidades podem evitar que você, sua embarcação e seus convidados sejam expostos a situações de perigo.
A sobrevivência no mar vai depender muito da consciência da tripulação, dos equipamentos de sobrevivência de bordo e da habilidade em utilizá-los e fazer com os outros também os usem de maneira segura e confiável.
Na próxima coluna focaremos nas principais ameaças e como podemos nos precaver.
Que fique muito claro na cabeça de todos os comandantes, tripulantes e passageiros: Um plano falho de emergência é o mesmo que planejar falhar quando a emergência ocorrer!!
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