Florianópolis – Realizada pela 15ª vez sábado (8/10), a Regata Mormaii não poderia ter um cenário mais propício para sua realização. Contrariando as previsões de chuva e vento sul para o meio da tarde, a flotilha oceânica do Iate Clube de Santa Catarina contou com um dia de ventos nordeste, variando entre 6-10 nós, e sol durante a realização da oitava etapa da Copa Veleiros de Oceano.
No início, as expectativas até se concretizaram. Pontualmente às 12h foi dado início do procedimento de largada e as previsões se confirmaram. O vento nordeste soprava na Baía Norte com média intensidade com céu azul e tempo firme. Destaque no início para a largada do veleiro Zeus, comandando por Inácio Vandressn, que saiu na frente, liderando a flotilha.
Durante todo percurso, que passou pelo Mangrulho e seguiu rumo ao norte da Ilha de Santa Catarina, a disputa pela liderança geral ficou entre os barcos da classe C30. À frente aparecia o Zeus, seguido de perto por Cortavento, de Carlos Augusto de Mattos, e Katana, do comandante Cesar Gomes. Campeão brasileiro da categoria em 2016, o Zeus foi o primeiro a apontar na Sede Oceânica de Jurerê e a contornar a Ilha do Francês, antes de montar a boia em Ponta das Canas, a última antes da chegada, novamente em Jurerê.
Nesse momento, com quase três horas de regata, era esperado que o vento virasse para Sul, mas as previsões não se concretizaram e o vento nordeste manteve-se firme, com quase 10 nós de intensidade. Dessa forma, após montarem a última boia, os veleiros fizeram a última perna da regata com vento popa, com os balões içados colorindo o mar de Jurerê.
E o Fita Azul tinha dono. Mais constante durante todo o percurso de 17,9 milhas náuticas, o Zeus foi o primeiro a cruzar a linha, com pouco menos de 2h55min de regata, com quatro minutos de vantagem sobre o Cortavento (2º) e Katana (3º). Logo depois vieram os barcos das classes RGS, HPE e Início/Retorno.
Com seis embarcações na disputa, a classe RGS A foi marcada pela disputa mais emocionante do dia. Os veleiros Bruxo e Plâncton cruzaram a linha bem próximos, com menos de um minuto de diferença entre ambos, e após o tempo corrigido o Bruxo aparecia na frente. No entanto, faltavam cruzar a linha mais quatro barcos. Atual campeão brasileiro da classe, o Zephyrus fazia uma bela regata. Após montarem a boia final em Ponta das Canas, a tripulação comandada por Sergio Sevilliano viu o vento “acabar” bem no final da regata e precisou fazer muitas manobras para cruzar a linha. Mesmo assim, após correção de tempo, a vitória da equipe foi confirmada, com apenas 1m14s de vantagem para o Bruxo.
Na classe HPE, a tripulação do Arretado fez uma boa regata e confirmou a vitória, mostrando ser um barco bastante competitivo para a categoria. Já na classe Início/Retorno a vitória ficou com o veleiro Mar Sem Fim.
Encerrando as disputas deste sábado, a classe RGS Cruzeiro também contou com uma disputa acirrada envolvendo os veleiros Carino e Quival. Primeiro barco a cruzar a linha no percurso menor, o Quival precisou aguardar a chegada das demais embarcações para confirmar sua posição. Comandados por Moacir Carqueja, os tripulantes do Carino fizeram um grande trabalho e ao final da etapa levaram vantagem no tempo corrigido, vencendo mais uma vez na temporada. Completou o pódio a embarcação Xamego.
A próxima etapa da Copa Veleiros de Oceano será realizada no dia 12 de novembro. A Regata Marejada será a penúltima competição do ano e será marcada pelo trajeto entre Florianópolis e Itajaí. Até o momento oito etapas já foram realizadas na Copa Veleiros de Oceano: Regata Centro-Jurerê (fevereiro), Regata Cidade de Florianópolis (março), Regata Fortalezas (abril), Regata Tripulação (junho), Regata Lineares (junho) e Regata Baía Sul (agosto), Regata Arquipélago (setembro) e Regata Mormaii (outubro). Além da Regata Marejada, resta a realização da Volta à Ilha de Santa Catarina, que encerra o calendário náutico do ICSC no mês de dezembro.