Com campeões olímpicos e mundiais, Regata Santos-Rio larga com 26 barcos

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Regata de oceano mais antigo do país é chancelada pela ABVO – Associação Brasileira de Veleiros de Oceano

A largada da 74ª edição da Regata Santos-Rio foi realizada nesta sexta-feira (25), com 26 barcos na prova de 200 milhas náuticas. A disputa inicial teve ventos de até 20 nós na Baía de Santos, e a previsão é que os times mais rápidos completem o percurso em 24 horas. Antes da largada, os barcos passaram pelas ilhas Porchat e Urubuqueçaba. O tiro de largada foi dado no Deck do Pescador, com chuva e ao som da Banda dos Fuzileiros Navais do 8º Distrito.

As embarcações partiram do Iate Clube de Santos com destino ao Iate Clube do Rio de Janeiro. O tradicional evento conta com a chancela da ABVO (Associação Brasileira de Veleiros de Oceano) e da CBVela (Confederação Brasileira de Vela).

A regata reúne os barcos mais rápidos da vela oceânica nacional, como o Phoenix, um Botin 44, e o Inaê Transbrasa, um Soto 40 de alta performance. O Magia IV, com Torben, Martine e Marco Grael a bordo, também está na disputa pela medalha de ouro na classe ORC.

“Esperamos uma regata bastante difícil, com muita rajada no começo, mas zonas sem vento ao longo do percurso. É uma prova de muita tradição e que sempre conta com os grandes nomes da modalidade. Ter aqui Torben, Martine e outros craques da vela é importante para a evolução do esporte”, disse Bayard Neto, comandante do Inaê e presidente da ABVO.

“Nosso objetivo é fomentar as competições de vela oceânica na costa brasileira, fortalecendo a participação de velejadores e promovendo a cultura náutica”, acrescentou.

O título de Fita-Azul, dado ao primeiro barco a cruzar a linha de chegada, deve ficar com o Phoenix se os prognósticos se confirmarem. O Botin 44 de Fábio Cotrim e Mauro Dottori conta com nomes de destaque na vela, como o campeão mundial e finalista olímpico Jorge Zarif. A tripulação inclui o jovem João Pedro Barbosa, de 15 anos, da Flotilha da Garoa do YCSA – Yacht Club Santo Amaro.

“Espero me divertir bastante e ter uma experiência diferente numa regata longa. Geralmente corro regatas de Optimist e de Laser com a equipe do YCSA, então será uma mudança e tanto enfrentar uma prova de maior duração e exigência”, comentou João Pedro, mostrando-se animado com a oportunidade de ampliar suas habilidades na água. O Dona Bola (Oceanis 41) e o Maximus (IMX 45) também estão entre os favoritos da ORC.

Na classe BRA-RGS, a regata conta com o Barco Brasil, um Bavaria 55 pés, comandado pela dupla que disputará a Globe40 em 2025, além de outras embarcações como o Beleza Pura e o My Boy.

“Estamos muito empolgados para a Regata Santos-Rio. É uma oportunidade incrível de testar o Barco Brasil e nos prepararmos para os desafios que virão na Globe40. Temos pessoas nova a bordo que nunca correram e outros experientes. Sabemos que será uma prova difícil, com variações de vento ao longo do trajeto, mas acreditamos na nossa tripulação e no potencial do barco para fazer uma grande regata”, disse José Guilherme Caldas, comandante do Barco Brasil.

Acompanhe os barcos — https://app.livedot.com.br/eventos

Saiba quais são os campeões da Santos-Rio.

https://abvo.org.br/vencedores-da-regata-santos-rio/

Sobre a ABVO

Fundada em 1955, a Associação Brasileira de Veleiros de Oceano é a única entidade de promoção da Vela de Oceano no Brasil. Braço oficial da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), a ABVO é responsável por organizar competições anuais e contribuir para o legado de um dos esportes mais vitoriosos do país, tanto nas classes olímpicas quanto nas não olímpicas.

A ABVO tem o santista Bayard Umbuzeiro Neto como Comodoro, o bicampeão olímpico Torben Grael como 1º Vice-Comodoro, e Paulo Cezar Gonçalves, o Pileca, como 2º vice-Comodoro.

Dentre os objetivos da atual gestão, estão promover a otimização e a racionalização do calendário nacional, estreitar o relacionamento com os clubes para viabilizar eventos e agregar um maior número de barcos participantes das diversas flotilhas regionais, oferecer suporte técnico em todos os níveis para as competições, otimizar a apuração instantânea dos resultados e articular com o Governo Federal incentivos tributários e melhores condições para a importação de embarcações, entre outros.

Foto: Flávio Perez | On Board Sports