Na raia do Pan, Marco Grael e Gabriel Simões conquistam o ouro no Sul-Americano de 49er

0
229

Brasileiros participaram de três regatas ao longo de três dias e perderam apenas 14 pontos; Gustavo Abdulklech e Nicolas Bernal ficam em quinto

Os velejadores Marco Grael e Gabriel Simões conquistaram, no último domingo (15), o título do Sul-Americano da classe 49er. A competição foi realizada na raia de Algarrobo, no Chile, a mesma que receberá as disputas da vela nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile.

Ao todo, foram nove regatas, com a pior descartada. Os brasileiros tiveram uma crescente no campeonato, após começarem perdendo três pontos na primeira e na terceira regata, e oito pontos na quinta (descartados). Depois, só perderam um ponto um cada uma das três últimas corridas. No total, os brasileiros desperdiçaram 14 pontos.

A última regata foi mesmo a decisiva. Enquanto Marco e Gabriel só perderam um ponto, os chilenos Benjamin Grez e Exequiel Grez somaram dois pontos e ficaram com a prata, com 15 no total. Já o bronze ficou com os mexicanos Ander e Daniel Belauste, com 27.

“Foi uma semana difícil, pois tivemos outros compromissos e chegamos ao Chile com as equipes do país e as mexicanas bem treinadas. Nós estávamos apenas conhecendo o lugar e sem ritmo de regatas”, comentou Marco Grael.

O Sul-Americano de vela da classe 49er contou com sete duplas. O Brasil também foi representado por Gustavo Abdulklech e Nicolas Bernal, que terminaram em quinto, com 31 pontos. Houve ainda outra dupla chilena, uma argentina e uma de Ilhas Virgens.

“Este é o primeiro campeonato que disputamos com o novo conjunto mastro e vela da classe e não estamos tão rápidos. Tivemos poucos dias de treino para adaptação com este novo conjunto e sentimos que ainda existe espaço para evolução”, comentou Nicolas, atleta do YCSA, de São Paulo (SP).

A raia de Algarrobo é a mesma que vai receber os Jogos Pan-Americanos de Santiago (CHI), a partir da próxima sexta-feira (20). A competição é classificatória para os Jogos Olímpicos. O país mais bem colocado de cada região em disputa de vaga assegura um lugar em Paris 2024.

“Foi importante chegar antes e ter a possibilidade de competir e conhecer as condições antes do Pan-Americano, no qual teremos vagas olímpicas em jogo e muito mais pressão. Ainda temos alguns pontos a serem trabalhados para melhorar nossa consistência. Agora é treinar bastante e contar com nossa experiência e apoio da família para fazer bonito”, acrescentou Marco.

Apoio à vela Jovem

A vela brasileira tem como destaque o Núcleo de Base do programa da Confederação Brasileira de Vela – CBVela junto ao Ministério do Esporte pelo Convênio 920223/2022.

O projeto ajuda no fomento à modalidade desde o ano passado. Sede da Rio 2016 e de outros grandes eventos da vela, a Marina da Glória, na capital fluminense, recebe adolescentes entre 13 e 17 anos para treinos visando eventos nacionais e internacionais da Vela Jovem. Outros campings de treinamento foram realizados no Clube Naval Charitas, em Niterói (RJ). 

O trabalho leva jovens atletas a se aperfeiçoarem na modalidade, com o propósito de levá-los ao alto-rendimento, incluindo participações em classes olímpicas e pan-americanas.

Sobre a CBVela

A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB), além de ter o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) como parceiro no fomento à Vela nacional.

A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.

A CBVela foi a primeira confederação esportiva brasileira a integrar a Rede Brasil do Pacto Global da ONU e a incorporar a agenda global da sustentabilidade – a Agenda 2030, com seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – ao seu planejamento estratégico.