*Marina Leite Marquês e Mia Morete
Baleias foram quase dizimadas durante o século passado. Muitas populações de várias espécies ainda não se recuperaram…. Porém a população de baleia jubarte brasileira, com a proibição da caça em 1986, somado aos esforços de pesquisa e conservação, vem se recuperando!
No final da época da caça, a população chegou a ter menos de 1.000 indivíduos aproximadamente, e hoje estima-se mais de 20.000 jubartes em nossas águas. Esses animais encantadores, incríveis e misteriosos estão reocupando antigas áreas de ocorrência, tornando as avistagens e encontros cada vez mais frequentes, não apenas na Bahia, mas também na região Nordeste e Sudeste, como no litoral paulista.
A jubarte é migratória e a população do Atlântico sul ocidental se alimenta na Antártida (região da Geórgia do Sul e Sandwich do Sul) nos meses de verão e vem para águas tropicais no inverno, onde se reproduzem e cuidam dos filhotes.
Felizmente, com o aumento do número de indivíduos as possibilidades de encontros aumentaram. Observar baleias jubarte são sempre uma grande emoção! Animais enormes, chegam a ter 16 metros de comprimento e pesar até 40 toneladas.
As jubartes são bastante acrobáticas, e fazem movimentos aéreos, como salto, exposição de nadadeiras, batida de cabeça, entre outros… comportamentos que encantam as pessoas que as observam!
Muitas vezes as baleias ficam engajadas em seus grupos reprodutivos, quando dois ou muito mais machos acompanham a fêmea, apresentando natação e comportamentos ativos e energéticos são realizados.
Mais baleia
Entretanto nem sempre a sua presença pode ser facilmente detectada, pelos mergulhos mais longos, intercalados com frequentes subidas à superfície para respirar. Na expiração forma-se o que chamamos de borrifo, uma coluna de ar saindo da superfície, o que normalmente conseguimos observar a grandes distâncias.
Quando em repouso, as baleias também podem ficar boiadas na superfície. Nesses momentos, dependendo das condições de corrente, maré e vento, talvez as baleias possam ter menor percepção da aproximação de uma embarcação, especialmente sem motor, caso de veleiros.
Encontros com baleias que levam a danos físicos em embarcações são muito raros, baleias não perseguem e não atacam embarcações! Muitas vezes são sim curiosas e aproximam bastante! Até contato visual acontece frequentemente! Entretanto nessa época do ano, de junho a setembro, época de pico da temporada, em águas mais rasas, melhor ter mais atenção a navegação, aos borrifos e comportamentos aéreos que são sinal da presença delas.
Também, as baleias se comunicam através do som, portanto, manter uma fonte sonora poderia ajudar a baleia se orientar em relação a embarcação, como por exemplo, deixar o motor ligado, apesar de estudos sobre a percepção de sons não sejam conclusivos.
Navegar em velocidade mais baixa, em conhecidas áreas de concentração é prudente para evitar atropelamentos e colisões.
Baleias e golfinhos são animais incríveis, altamente adaptados ao seu ambiente, entretanto influências antrópicas impactam seu ambiente. Inúmeras atividades humanas impactam sua existência.
O VIVA Instituto Verde Azul desenvolve suas ações com o objetivo de ensinar as pessoas sobre as belezas, inteligência e mistérios das baleias, golfinhos e outros animais, e sensibilizá-las quanto as ameaças causadas pelos seres humanos.
Realiza trabalhos de pesquisa e educação em Ilhabela, em parceria com Universidades brasileiras e prefeitura.
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*Marina Leite Marquês e Mia Morete
biólogas pesquisadoras do VIVA Instituto Verde Azul
VIVA Instituto Verde Azul
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