OPINIÃO DE CÉLIO FURTADO : ADILSON PACHECO/EMPREENDEDORISMO NÁUTICO/

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Célio Furtado – Engenheiro e professor da Univali celio.furtado@univali.br

O empreendedorismo sempre esteve próximo à minha trajetória profissional como um tema teórico e prático, enquanto educador e também fomentador de boas iniciativas com razoável potencial de sucesso.

Fiz parte da primeira geração que formou o Sebrae, trabalhando no Rio de Janeiro e também em Santa Catarina, sempre atuando diretamente enquanto consultor, “no campo”, no ambiente concreto dos empreendedores, pequenas empresas, fábricas, interagindo com o cliente, aprendendo e ensinando, disseminando informações técnicas e gerenciais

. Essa condição de consultor era sempre fortalecida com a atividade de professor do Curso de Administração, convivendo com uma juventude estudiosa e impregnada de forte espirito empreendedor, jovens que queriam acontecer, ora em atividades individuais ora em dar continuidade aos negócios da família.

Nesse sentido, sinto-me um privilegiado e com uma certa autoridade para elogiar boas iniciativas, gente empreendedora, partindo de um pressuposto que a solução nacional, regional e local passa pelo empreendedorismo, isso dentro de uma percepção macroeconômica, seja liberal ou não. Gosto da canção: “vou fazer a louvação daquilo que deve ser louvado”.

Meu personagem desse artigo é o amigo jornalista Adilson Pacheco, diretor do vitorioso jornal “Regata News”, recentemente entrevistado na Rádio Conceição, no meu tradicional programa “Prazer em Recebê-lo”, que vai ao ar semanalmente, terça e quinta, sempre a partir das 16h.

Adilson Pacheco esteve presente, desde o início, na formulação e na notável conquista de trazer a Ocean Race para Itajaí, isso em 2011, há exatamente dez anos. Emocionado, descreveu na sua elegante entrevista, sua experiência em Alicante, Espanha, vendo a grande largada dos barcos.

Como um profissional sério e competente e também apaixonado por Itajaí, repetiu a famosa frase “Eu tenho um sonho”, de Martin Luther King, já antevendo e antecipando o sucesso que tal evento náutico teria na vida de nossa cidade. De fato, após a Ocean Race, Itajaí sofreu grandes mudanças, não apenas na qualidade da hotelaria e no turismo e sim, na própria mentalidade cosmopolita, aumentando sobremaneira a nossa autoestima de cidadão.

Itajaí está cada vez mais presente no cenário internacional, não apenas como porto e aeroporto, mas como espaço privilegiado do complexo negócio do turismo náutico, com todo o seu entorno técnico-produtivo-logístico.

Quem se lembra da despedida dos barcos, toda a cidade correu para os molhes da Atalaia, num memorável momento de despedida e agradecimento, um gesto simbólico concreto repleto de emoção.

A partir desse momento, o amigo jornalista Adilson Pacheco sentiu, de fato, a sua vocação, percebeu que o seu negócio era o esporte náutico. Criou uma ONG Náutica, instituição focada na Vela, participação em Regatas, formação de velejadores, a proposta de um estaleiro onde a juventude tenha a oportunidade de   aprender a construir barcos, desenvolvimento de esporte de rendimento.

São objetivos grandiosos, possíveis de serem executados, principalmente se conseguirem o devido apoio da iniciativa privada e também governamental.

Podem parecer coisas distantes, mas quem hoje anda pela nossa avenida Beira rio, e observa tantos barcos, iates, compreende que um grande sonho se tornou realidade. Parabéns, amigo Adilson Pacheco, sucesso sempre!!!

 

Célio Furtado, nascido em 1955/ Professor da Univali/ Formado em Engenharia de Produção na Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Mestre Engenharia de Produção/ Coppe/Ufrj/trabalhou no Sebrae Santa Catarina e Rio de Janeiro. Consultor de Empresa/ Comunicador da Rádio Conceição FM 105.9/ celio.furtado@univali.

NR: Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores