Uma deputa federa do sul de Santa Catarina atuante na vida pública,reeleita com 101.937 votos, praticamente o dobro de 2014, e vindos dos 295 municípios do estado, a deputada Geovania de Sá (PSDB) soma muitas vitórias para comemorar. Ela também foi eleita para compor a Mesa Diretora da Câmara Federal, o que garantiu a presença de Santa Catarina à frente dos trabalhos legislativos e administrativos da casa. Apenas 11 dos 513 deputados foram escolhidos para a função.
E, desde que a Câmara voltou às suas atividades neste ano, a deputada vem, inclusive, presidindo muitas sessões no plenário. Papel que desempenha com maestria, elegância e muito pulso firme. Quem a vê jamais diria que iniciou na carreira pública há pouco mais de sete anos.
“Entrar na política não estava em meus planos. O meu objetivo era permanecer na iniciativa privada. Trabalhei no mesmo grupo empresarial por 20 anos, até receber o convite para ser secretária de Assistência Social de Criciúma”, relata a parlamentar, lembrando que, pouco tempo depois, a convidaram para se filiar ao partido. “Aceitei e, então, surgiu a proposta mais desafiadora, ser candidata a vereadora.”
Quando finalmente a convenceram, para a surpresa dela, da família e dos amigos, fez uma votação histórica. Foi a vereadora mais votada da história da cidade, assumiu a secretaria municipal da Saúde e está em seu segundo mandato como deputada federal.
Hoje, ela ainda encontra tempo para despertar em outras mulheres o interesse de fazer parte da vida pública do país. A parlamentar explica o empenho, apontando um dado interessante. As mulheres são 53% do eleitorado, com uma tímida representatividade no poder executivo, nas Câmaras Legislativas Municipais e Estaduais, na Câmara Federal e no Senado. “Como o maior percentual de votantes é um número tão inexpressivo em cargos públicos?”, indaga.
E é ela mesma quem responde a pergunta. Geovania lembra que a mulher costuma enfrentar duplas, triplas jornadas. “Temos atividades profissionais, domésticas, às vezes, a acadêmica. Somos mães, namoradas e esposas. Ou seja, estamos muito ocupadas, mas, o que parece difícil não é impossível”, brinca a deputada, resgatando algumas vitórias femininas. “Já chegamos ao mercado de trabalho. Estamos à frente de entidades e associações. Comandamos grandes empresas, importantes instituições, e, inclusive, já exercemos cargos no poder público.” Exatamente onde Geovania diz que a mulher precisa ocupar um espaço muito maior.
“Nós queremos a mudança, precisamos da esperança por dias melhores e sabemos que a mulher tem a força e a percepção necessárias para desenvolver, fiscalizar e aplicar leis a favor do Brasil”, justifica a deputada, convocando mais mulheres a se engajarem nesta mudança que tanto queremos ver consolidada. ”Vamos juntas e coloquemos em xeque a afirmação de que a política é um espaço predominantemente masculino”, encoraja a parlamentar.
*Atuação*
Em seu primeiro mandato como deputada federal, Geovania representou a vontade de cada cidadão catarinense em importantes votações. Posicionou-se sempre contrária à corrupção e a favor da manutenção dos direitos do trabalhador. Defendeu os direitos das mulheres e destinou mais de R$ 73 milhões em emendas parlamentares para as seis regiões do estado, fortalecendo a saúde, a assistência social, a educação, a agricultura, a infraestrutura de Santa Catarina.
O Projeto de Lei 8599/2017 de autoria da deputada federal Geovania de Sá (PSDB) acaba de ser aprovado por unanimidade no plenário da Câmara Federal. O PL, que aperfeiçoa a Lei Maria da Penha (nº 11.340), garante prioridade nas vagas dos centros de educação infantil aos filhos da mulher que sofre violência doméstica.
“A Lei Maria da Penha é uma grande ferramenta para a erradicação, prevenção e punição da violência contra a mulher, mas precisamos ir além quando o assunto é protegê-la”, destaca Geovania, dizendo que a proposta facilita o afastamento da vítima de seu agressor.
Ela justifica que a decisão de deixar o lar exige uma mudança de região e, como consequência, a troca de instituição de ensino que os filhos das vítimas freqüentam. “E a garantia de que estas crianças estejam bem assistidas enquanto trabalham deve, sim, compor o rol de medidas emergenciais que essas mães têm direito”, destaca a deputada.
Geovania ainda lembra que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação coloca como dever do Estado a garantia de vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima da residência das crianças, a partir de quatro anos de idade. Mas na prática, muitas vezes, a demanda é superior à capacidade dos estabelecimentos.
Por isso, o texto também prevê que o juiz responsável pelo processo poderá determinar a matrícula ou transferência dos dependentes da vítima em instituição de educação básica mais próxima do seu domicílio, independentemente da existência de vaga.
Para finalizar, a deputada agradece a sensibilidade dos colegas deputados e alerta aos membros do Senado, para onde o PL já segue, que o analisem com a atenção que merece e somem força à defesa das mulheres do país.
Junto com Pescadores
Cerca de 350 pescadores estiveram reunidos, com o secretário nacional da pesca Jorge Seif Júnior, em Penha. A presença de Seif na Assembleia Geral da Comissão dos Pescadores Artesanais do Litoral de Santa Catarina foi articulada pela deputada federal Geovania de Sá (PSDB). A parlamentar está comprometida com o desenvolvimento do setor desde o seu primeiro mandato em Brasília.
Durante o evento, o professor Roberto Wahrlick expôs os motivos pelos quais os pescadores lutam pela mudança do período do defeso do camarão sete-barbas, estabelecido entre 1º de março e 31 de maio. De acordo com o professor, o período deve ser transferido para a época de reprodução da espécie.
Além disso, a deputada Geovânia também cobrou a celeridade na emissão e renovação das carteiras de pescador, a licença para pesca e o pagamento do seguro defeso. Quando encerrou seu discurso, a “madrinha dos pescadores”, como é chamada pelos trabalhadores do setor, foi aplaudida de pé.
O secretário nacional da pesca se comprometeu em dar continuidade ao debate com o segmento e apresentar soluções para as questões levantadas.