Oitava etapa da regata de Volta ao Mundo tem a liderança do Team Brunel, que venceu a perna anterior no Brasil. Barcos navegam pelo Caribe com a velocidade dos ventos alísios
As equipes da Volvo Ocean Race 20171-8 aproveitaram as boas condições de navegação para acelerar rumo a Newport (Estados Unidos), destino final da oitava etapa da regata. Subindo o Oceano Atlântico na altura da Martinica, a flotilha tem menos de 2.000 milhas náuticas para percorrer até o porto norte-americano.A previsão de chegada está em 8 de maio.
A liderança da etapa segue com o holandês Team Brunel, que conseguiu aproveitar os ventos alísios, também chamados de comerciais, para segurar vantagem de quase 20 milhas náuticas para o segundo colocado, o Dongfeng Race Team. Atrás aparecem Turn the Tide on Plastic e Vestas 11th Hour Racing.
”Até agora não podemos reclamar da maneira como estamos indo, mas a partir de hoje vai ficar um pouco mais complicado, pois o vento vai começar a subir à medida que nos aproximamos lentamente do sistema de alta pressão”, explicou o comandante do Brunel, Bouwe Bekking.
Em último nesta etapa, o Sun Hung Kai / Scallyway não desistiu de passar os rivais e conseguiu andar mais de 500 milhas em 24 horas, aproveitando a brisa leste a nordeste.
Com tão pouca diferença entre as equipes neste estágio da perna, as mudanças podem ser significativas, como um pequeno ajuste para uma vela ou uma alteração no ângulo.
“Temos a sensação de que quanto mais avançamos, mais chances temos”, disse o comandante do chinês Dongfeng Race Team, Charles Caudrelier. ”No entanto, a pressão também está aumentando. As apostas são maiores e sabemos que não podemos mais cometer erros”.
O 11º dia da etapa de Itajaí (SC) até Newport (EUA) foi marcado por ventos de 18 e 20 nós para todos os barcos. ”Todos estão nas mesmas condições, corremos em velocidades semelhantes, separados apenas por uma ou duas casas decimais da velocidade do barco”, explicou Dee Caffari, do Turn the Tide On Plastic.
No espanhol MAPFRE, a tripulação continua a lidar com problemas de energia que impedem de operar sua quilha pivotante com máximo efeito.
“Os maiores problemas que temos com a quilha são dois”, disse o capitão Xabi Fernandez. “Uma é a velocidade, já que é mais lenta e a segunda é que não sabemos exatamente onde está a quilha”.
Fonte – Flavio Perez –