Miami – Náutica – Scheidt mantém regularidade, segue no top 3 da Bacardi Cup e luta pelo título

0
593

 

 

 

 

 

Scheidt e Fatih (Divulgação
Scheidt e Fatih (Divulgação

Bicampeão olímpico cruzou a linha de chegada em 3º na regata desta sexta-feira (9), em Miami. Brasileiro veleja ao lado do proeiro norte-americano Brian Fatih na competição que reúne alguns dos melhores velejadores do mundo em Miami

São Paulo  – Robert Scheidt manteve a regularidade na edição 2018 da Classe Star na Bacardi Cup. Nesta sexta-feira (9), em Miami, nos Estados Unidos, o bicampeão olímpico cruzou a linha de chegada em 3º lugar e se manteve no top 3 na classificação geral. Neste sábado (10), o velejador brasileiro e seu proeiro, o norte-americano Brian Fatih, lutam pelo título na regata final da competição norte-americana, que conta com 80 barcos.

“Fizemos a regata inteira em terceiro. Tivemos uma possibilidade de atacar os italianos (Diego Negri/Sergio Lambertenghi), que estavam em segundo, mas não conseguimos passar. A vitória foi do Lars Grael e Samuel Gonçalves. Já os noruegueses Eivind Melleby e Joshua Revkin, que lideravam a competição, ficaram em 9º. Com isso, as coisas embolaram um pouco. Agora, os italianos estão na frente, com quatro pontos de vantagem, e depois aparecem três times empatados com 14 pontos perdidos, nós, o Lars e o Melleby. Esses quatro têm a chance de levantar o título e vamos brigar com tudo na regata final”, analisou o maior medalhista do Brasil, com cinco pódios, e que tem patrocínio do Banco do Brasil, Rolex e apoio do COB e CBVela.

Além de Robert Scheidt e Lars Grael, o Brasil tem mais barcos na disputa em Miami: Alessandro Pascolato / Henry Boening (24º lugar), Admar Gonzaga Neto / Alexandre Figueiredo de Freitas (31º), Fabio Prada / Cristiano Ruschmann (42º), Marcelo Fuchs / Ubiratan Matos (74º). O proeiro brasileiro Bruno Prada, que veleja com o norte-americano Augie Diaz, está na 9º colocação.

Temporada 2018 – Scheidt está se dividindo entre um amor antigo e uma nova paixão em 2018. O bicampeão olímpico traçou os objetivos para a nova temporada ancorado em dois pilares, a Classe Star e a Vela Oceânica. Fora do ciclo para os Jogos do Japão, em 2020, o velejador de 44 anos se mostra animado com o desafio de se manter competitivo em duas categorias diferentes do iatismo.

Scheidt (centro) em ação em Miami (Divulgação
Scheidt (centro) em ação em Miami (Divulgação

“A temporada 2018 está sendo bem interessante, pois estou mesclando competições na Star, uma de minhas maiores paixões, com a novidade que será a campanha no TP 52, uma das grandes competições de Vela Oceânica do mundo”, revela Scheidt. O novo projeto ratifica suas palavras do velejador ao anunciar, no fim de 2017, a desistência de lutar por uma vaga nos Jogos do Japão, quando garantiu que não se aposentadoria.

Scheidt vai integrar a equipe Phoenix na TP 52 e está animado. “É um projeto brasileiro, com tripulação quase integralmente nacional, boa parte composta por velejadores olímpicos. Serei o tático do barco e estou bem empolgado. É uma oportunidade legal de voltar a competir na classe oceânica em alto nível, retornar para esse mundo de barcos grandes em um dos melhores circuitos do mundo”, revela. Em 2001, como timoneiro do barco ESPN Brasil, ele ganhou o Campeonato Brasileiro, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Em 2009 e 2010, integrou a tripulação do italiano Luna Rossa na TP 52.

A primeira disputa na TP 52 será em maio, em uma regata preparatória em Palma de Mallorca, na Espanha. Depois, serão cinco etapas da 52 Super Series 2018: Sibenik 52 Super Series Sailing Week – 22 a 27 de maio – Sibenik, Croácia; 52 Super Series Zadar Royal Cup –19 a 24 de junho – Zadar, Croácia; Rolex TP52 World Championship Cascais 2018 – 16 a 21 de julho- Cascais, Portugal; Puerto Portals 52 Super Series Sailing Week –2 0 a 25 de agosto – Mallorca, Espanha; 52 Super Series Valencia Sailing Week – 17-22 de setembro – Valencia, Espanha.

Na Star, o grande objetivo de Scheidt é a SSL Finals, em dezembro, nas Bahamas, competição a qual conquistou a medalha de prata em 2017, ao lado do proeiro Henry Boenning, o Maguila. Antes, vai disputar o Campeonato Paulista, em Guarapiranga, na Páscoa. “No segundo semestre, vou encaixar o Campeonato Sul-Americano, no Rio de Janeiro, em novembro. Mas pode ser que eu ainda entre em mais competições. Tudo vai depender da agenda”, conta Robert.

Carreira vitoriosa – Robert Scheidt tem duas medalhas de ouro olímpicas (Atlanta/96 e Atenas/2004 e uma prata (Sidney/2000) na classe Laser, mais uma prata e um bronze na Star (Pequim/2008 e Londres/2012). Ao todo, são 11 títulos mundiais na Laser e três na Star. Na Rio/2106, terminou na quarta colocação. Scheidt tem patrocínio do Banco do Brasil e Rolex e apoio do COB e CBVela.


Fonte: Doro Jr. /ZDL