São Paulo – Regata – Sail Talk do Yacht Club Paulista é pré-largada para regatas na Guarapiranga

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Xandi Paradeda e a filha Melissa no YCP (APJ Esportes
Xandi Paradeda e a filha Melissa no YCP (APJ Esportes

 

A palestra de Alexandre Paradeda reuniu dezenas de velejadores no YCP antes das regatas de ranking da Federação de Vela do Estado de São Paulo

São Paulo – O Sail Talk idealizado pelo Yacht Club Paulista (YCP) é a atração fora da água nas regatas organizadas pelo clube nesta temporada. O palestrante deste domingo (4/3) foi o campeão dos Jogos Pan-Americanos na classe Snipe, Alexandre Paradeda, também ganhador de 12 títulos nacionais e dois sul-americanos na classe. O gaúcho de 45 anos foi medalha de ouro no Pan do Rio em 2007 e prata nos Jogos de Winnipeg, em 1999. Disputou ainda as Olimpíadas de Sydney e Atenas na classe 470.

“A Snipe é uma excelente escola antes de se optar por uma classe olímpica. Proporciona ritmo para se evoluir porque você compete com 40, 50 ou 60 barcos. O mesmo ocorre com a Laser. No Brasil, são as duas classes que mantêm o velejador ativo. Não adianta o guri chegar voando da Optimist e depois ‘emburrecer’ nas classes destinadas à vela jovem correndo regatas com meia dúzia de barcos”, afirma Paradeda, campeão brasileiro de Optimist aos 15 anos.

 

Xandi e Anna Júlia: campeões paulistas de Snipe na Guarapiranga (Douglas Moreira/Fisheye
Xandi e Anna Júlia: campeões paulistas de Snipe na Guarapiranga (Douglas Moreira/Fisheye

Xandi, como é conhecido na vela, responsabiliza a CBVela pelos eventuais desperdícios de talentos entre os jovens velejadores. “Cerca de 90% do trabalho da entidade é voltado para a vela olímpica. A CBVela virou uma sucursal do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que só visa a medalha. É preciso investir na base, formar o atleta, independentemente dos interesses do COB”, ressalta Paradeda.

O experiente velejador correu de Snipe neste fim de semana em dupla com sua filha Melissa, de nove anos. Xandi ofereceu aos participantes do Sail Talk oportuna aula teórica de regulagens móveis para mastro e velas, útil para todas as classes, com foco principalmente na condição de ventos rondados, típica da Represa Guarapiranga. Atentos às informações, os velejadores lhe fizeram uma série de perguntas antes do embarque para a largada de domingo.

“Importante sabermos que neste ano precisamos nos preparar muito bem para o Brasileiro de Snipe que será disputado em janeiro de 2019 na Guarapiranga, com cerca de 100 barcos. A preparação não deve ficar restrita à represa, é necessário adquirir bagagem velejando em outras raias, principalmente no mar”, recomenda Xandi. O Campeonato Brasileiro será seletivo para o Mundial de Snipe do próximo ano, previsto para outubro em Ilhabela.

Flotilha de Snipe na represa paulistana (Douglas Moreira/Fisheye
Flotilha de Snipe na represa paulistana (Douglas Moreira/Fisheye

 

O Sail Talk do YCP é organizado pelo diretor de Vela, Alonso López. A vice-comodoro Paola Prada Lorenz enaltece a criação do evento. “Agradeço muito aos palestrantes que estão nos oferecendo um rico aprendizado com temas sempre relevantes. O YCP cumpre a missão de congregar os velejadores antes e depois das regatas”. Xandi foi o terceiro convidado. Antes dele, apresentaram-se os velejadores Raymond O’Keefe e José Hackerott. Os próximos serão: Paulo Pêra (10/3) e Marcelo Bellotti (17/3).


Ary Pereira Jr – ary70jr@hotmail.com