Cape 2 Rio larga dia 1º de janeiro com representantes brasileiros

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Foto:Adilson  Pacheco
Foto:Adilson Pacheco

No dia 1º de janeiro um seleto grupo de velejadores brasileiros terá um super desafio pela frente: Sob o comando de Pierre Joulie, o Saravah será o representante brasileiro na Cape2Rio, regata que larga na Cidade do Cabo, na África do Sul, e chega na Cidade Maravilhosa. Além de Pierre, o Team Angola Cables – Mussulo, de bandeira angolana, também terá um reforço brasileiro, o baiano Leonardo Chicourel. Os dois barcos terão pela frente um desafio de 3.357 milhas atravessando o Atlântico.

Pierre é um velejador experiente, que já disputou duas Buenos Aires – Rio. Para esta competição ele contará com o reforço de Antonio Bernardes Esteves, Silvio Barge Bhering, Ronaldo Basilio Pereira de Souza, Joao Claudio Basilio Pereira de Souza e Danilo Balbi.

Antes de partir ele achava que a parte mais dura seria chegar na África do Sul, mas agora que já estão por lá, a coisa muda um pouco de figura e o time precisa correr com os preparativos. “A largada da regata costuma ser desafiadora. Até a chegada no Rio de Janeiro acho que vamos encontrar de tudo, incluindo uma velejada deliciosa e situações que colocarão à prova a nossa tripulação”, disse ele.

Para participar da regata o Carabelli 54 foi preparado para as condições mais extremas de mar e vento e o time fez cursos de salvatagem, primeiros socorros, combate a incêndio e treinamento de segurança e homem ao mar ministrado por Ricardo Ermel.

E se Pierre tem cinco tripulantes para ajudar a tocar a barco, no Angola Cables a coisa é diferente. Leonardo só terá a companhia de Jose Guilherme Mendes Pereira Caldas, dono do barco. O Classe 40, que disputou a Transat Jacques Vabre foi comprado em 2015 e foi todo reformado, já que estava com o mastro quebrado.

“Quando você sai para fazer uma travessia de um oceano é muito difícil se prever o que vai acontecer. A vinda para a África é mais complicada do que a ida para o Brasil. Em 2014 um barco igual ao nosso [eles disputaram a competição no Open 60 de mesmo nome] acabou sofrendo um acidente e um tripulante veio a falecer. Correr uma regata é muito mais difícil do que fazer um delivery, ainda mais em dupla, então vai ser bem interessante. Estamos preparados para esta viagem!”, disse Leo.

O barco está preparado para a velejada em dois, é bastante estável, mas ainda assim é preciso antecipar as manobras e dormir a bordo vai ser um pouco difícil, já que os dois precisam estar bastante alerta o tempo todo. Eles esperam completar o percurso entre 15 e 20 dias. Para isso contaram com a ajuda de Edu Penido e também do uruguaio Ignacio Pochigo, o Nacho. Os treinos incluíram uma ida ao Uruguai e alguns dias em Ilhabela, além da ida para a África.




A competição poderá ser acompanhada em tempo real através deste link: http://cape2rio2017.com/tracking/



 

Texto: Mariana Peccicacco ·/Noticias Náuticas