Botucatu – A quarta edição do Festival Brasil Ride Botucatu teve seu último dia domingo (29) com a realização do Passeio Ciclístico e da Trail Run de Inverno Brasil Ride, a corrida de montanha com as distâncias de 16 (Pró) e 5,5km (Sport), com largada e chegada na fazenda Indiana, a 12 km da cidade. Na Pró, Marildo Barduco e Giovanna Martins foram os campeões, enquanto a Sport foi vencida por André de Moura e Dulcineia de Oliveira. Ao todo, cerca de 1.000 atletas desafiaram as trilhas na região da Cuesta Paulista, em um cenário de belas montanhas, riachos e vegetação de eucaliptos.
Nascido em Botucatu, Marildo Barduco não escondeu a alegria de conquistar a vitória no quintal de sua casa.”Esse local aqui foi minha academia para um dia eu chegar à quarta colocação da São Silvestre. Me sinto muito feliz por correr aqui e conquistar esse título. Quando estou correndo na Cuesta em Botucatu me sinto em outro mundo”, comemorou Barduco, corredor de rua, de 39 anos.
Com o tempo de 1h09min30, Barduco completou os 16 km da Pró mais de dez minutos abaixo do tempo previsto pela organização, de 1h20, favorecido pelo clima ameno das montanhas da região e também 1min45 à frente do vice-campeão, João Paulo Paixão, de Avaré (SP). Marcio Lopes, também de Botucatu, completou o pódio na terceira colocação, em 1h12min01. “O percurso foi maravilhoso, em uma região muito linda, com um nível de dificuldade internacional. Atravessamos riachos, por longas distâncias, e trechos de single track. Há 20 anos eu dizia que as corridas de rua e montanha seriam modalidades promissoras. O tempo mostrou que acertei” avaliou Barduco.
Dona de uma assessoria esportiva com seu nome em duas sedes, em Indaiatuba (SP) e Salto (SP), Giovanna Martins manteve sua hegemonia na Cuesta após ter vencido a terceira edição do Festival Brasil Ride Botucatu. “Antes de tudo gostaria de agradecer aos organizadores. Um evento deste porte engrandece muito a corrida de montanha no Brasil e mostra sua força. Um festival com tamanha riqueza em termos de natureza e organização só fortalece os corredores”, destacou Giovanna, paulista de Salto, bicampeã da Trail Run.
Giovanna venceu a disputa em 1h26min16, com mais de 14 minutos de folga para a vice-campeã, Miriam Nogueira, de Avaré. Atleta local, Daniela Prado completou o pódio, em 1h41min22. “A maior parte das provas de corrida de montanha não chegam a esse nível técnico. Trilhas excelentes, um riacho que parecia não ter fim com mais de 1 km. É isso que nós procuramos quando é para ser desafiado”, ressaltou a campeã, que trouxe para a prova 83 alunos dos 250 de sua assessoria.
Um vencedor na vida – Quem conversa com o campeão da Sport, Andre de Moura, não imagina o que o jovem de apenas 20 anos já passou na vida. Ex-usuário de drogas, Andre largou os vícios e encontrou no esporte a força para dar a volta por cima. “Não tem nem um ano que faço corridas de rua. Desde setembro de 2015 não uso mais drogas e, a partir de então, corro quase todos os dias. Meu amigo Paulo Sergio, que me ajudou a sair da vida errada, foi quem me trouxe aqui para correr a Trail Run pela primeira vez. Estou feliz demais com a vitória”, disse André, que completou os 5,5 km em 23min07.
“Usava diversos tipos de drogas pesadas, além de fumar cigarro e beber. A corrida transformou minha vida. Do que eu era antes, para quem sou agora, não há comparação. Só tenho a agradecer ao esporte e ao meu amigo que me viu correndo um dia e me incentivou a mudar meu comportamento”, complementou André, que trabalha como operador de máquina pantográfica em uma fábrica de bordado em Ibitinga (SP), sua terra natal.
Força das mulheres – Assim como na Pró feminina, na Sport o troféu não trocou de mãos, seguindo com a bicampeã Dulcineia de Oliveira, de Manduri (SP). Feliz com a vitória, Dulcineia contou o que mudou em relação ao ano anterior. “Desta vez foi bem mais difícil o percurso. Passamos até por um rio, o que deixou os pés mais pesados. Estou muito satisfeita. Essa vitória é a recompensa por todo o treino e a dedicação. Treino seis vezes por semana, que dá cerca de 80 quilômetros por semana”, contou a atleta amadora, que trabalha como babá.
Passeio ciclístico, mesmo com chuva – A chuva da madrugada e do início da manhã deste domingo reduziu um pouco o número de participantes, mas não impediu a realização do Passeio Ciclístico programado para o último dia do Festival Brasil Ride. Centenas de animados participantes largaram do Centro Cívico, ao lado da Catedral Metropolitana de Botucatu, e seguiram rumo ao Ginásio de Esportes para depois subir até a Base da Nuvem, local dos praticantes de asa delta da região. O grupo finalizou o passeio voltando ao centro da cidade.
A quarta edição do Festival Brasil Ride Botucatu reuniu, desde quinta-feira (26), 5100 ciclistas e corredores de cinco países, Argentina, Chile, Portugal e Suíça, além do Brasil, representado por atletas de 180 cidades e 25 estados.
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