– Em Hamburgo, Alemanha, o sábado (7) será intenso para as dez duplas mais bem classificadas no inédito City Grand Slam de Hamburgo, Alemanha. A competição começou com 86 barcos e restarão apenas dez para as quartas de final. Torben Grael, Bruno Prada e seus respectivos parceiros estão praticamente garantidos, mas ainda haverá a quinta e última regata da segunda fase, disputada por 30 tripulações. Kuznierewicz e Zycki (POL) lideram, seguidos por Negri e Lambertenghi (ITA), ambos com 20,5 pontos perdidos.
Bruno e Augie Diaz (EUA) venceram a primeira das quatro provas, adquirindo condição confortável. “Podemos até nos poupar na quinta regata para evitarmos o desgaste de um percurso que é rajada e manobra o tempo todo. A partir das quartas de final zera tudo e o que vier é lucro”, considera Bruno. A dupla ocupa a quinta colocação, com 34 pontos perdidos. A premiação geral é de 100 mil dólares e os vencedores somam 3.000 pontos no ranking da SSL.
Torben e Stefano Lillia (ITA) chegaram em segundo lugar na segunda regata e também já pensam nas eliminatórias. “Agora é só não errar, apesar de que em regata curta é fácil errar. Veja os italianos e os poloneses, estão muito regulares”, aponta Torben, sexto colocado com 37 pontos perdidos. Francisco Siemsen e Arthur Lopes (Chicão e Tutu) estão em 15º lugar. A partir das quartas de final os pontos são zerados.
Briga apertada pela sobrevivência no City Grand Slam – O brilho do sol e o vento leste de 12 nós (22km/h) proporcionaram regatas clássicas no Lago Alster para ao 30 barcos que ainda podem ganhar o inédito SSL City Grand Slam, com premiação geral de cem mil dólares. Em provas de apenas 35 minutos, com pernas de 600 metros, o segredo é achar o “caminho limpo”. Em atitude inovadora, a Comissão de Regatas do Norddeutscher Regatta Verein (NRV) criou um “gate” superior permitindo a opção de contorno entre duas boias.
Exceto protestos, as seis primeiras duplas na classificação geral estão garantidas na fase eliminatória independentemente da quinta regata. Os mais regulares do dia foram os italianos Diego Negri e Sergio Lambertenghi, com três segundos e um terceiro lugares, compartilhando assim, a liderança com Mateusz Kusznierewicz e Dominik Zycki (POL).
A dupla polonesa teve um dia difícil. Na primeira regata, Kusznierewicz e Zycki foram marcados no contorno da boia após primeira perna de popa, mas conseguiram se recuperar e terminaram em terceiro lugar. Na segunda prova com muito esforço repetiram a colocação, mas após a terceira largada veio o resultado inesperado, um 23º lugar que acabou sendo adotado como descarte. A séria foi concluída com a oitava colocação. O vencedor da segunda fase passa diretamente para a final, enquanto o segundo colocado avança à semifinal.
Regata 1 –
Os recentes campeões mundiais de Star, Augie Diaz e Bruno Prada venceram a primeira regata do dia. O momento-chave veio no primeiro “gate” superior, quando a dupla optou pela boia da direita, ao contrário do rumo escolhido pela maior parte da flotilha. Negri e Lambertenghi ficaram em segundo lugar, Kusznierewicz e Zycki em terceiro. Vários dos melhores no ranking da SSL não ficaram entre os dez primeiros: Xavier Rohart e Pierre-Alexis Ponsot (19), Eric Doyle e Payson Infelise (21) e Robert Stanjek e Frithjof Kleen (23).
Regata 2 –
Os alemães Stanjek e Kleen largaram decididos a brigar pela vitória na segunda prova do dia, buscando recuperar posição entre os dez mais bem colocados e evitando assim, a zona de corte. Negri e Lambertenghi obtiveram mais um segundo lugar, contando com excelente largada e velejando sempre entre os três primeiros. Kusznierewicz e Zycki ficaram em terceiro, o que lhes manteve na liderança geral.
Melleby (NOR) e Revkin (EUA) não conseguiram terminar a prova devido à quebra de um dos cabos que sustentam o mastro. A dupla retornou rapidamente ao clube anfitrião NRV e emprestaram o barco do associado Olaf Richter, que os atendeu gentilmente. A ação emergencial permitiu que corressem a terceira regata e ainda fizessem um milagroso sexto lugar. Os norte-americanos Lawrence e Coleman, envolvidos em acidente, adotaram o mesmo procedimento e ficaram em oitavo lugar.
Regata 3 –
Com rajadas de 15 nós, ofereceu a condição mais extrema desde o início do City Grand Slam. Melleby e Revkin estavam de volta à raia e ainda contaram com a sorte para finalizar a preparação do barco emprestado. Muitos barcos largaram escapados e a Comissão de Regatas sinalizou chamada geral. Sob Bandeira preta, Polgar e Koy largaram muito bem, assim como Torben e Stefano. Os franceses Xavier Rohart e Pierre-Alexis Ponsot assumiram a liderança na segunda metade da regata e assim permaneceram até cruzar a linha de chegada.
Regata 4 –
A dupla Eric Doyle e Payson Infelise ousou imprimir ritmo agressivo para vencer a última regata do dia e recolocar o barco norte-americano com chances de classificação na quinta prova da segunda fase. A vitória rendeu um suspiro a Doyle e Infelise, com a décima colocação geral, limite da nota de corte para as quartas de final. Negri e Lambertenghi obtiveram brilhante segundo lugar, com Polgar e Koy em terceiro. O City Grand Slam terá seu último dia em Hamburgo neste sábado (7), com a regata final da segunda fase às 11h30 (6h30 de Brasília). Apenas os dez melhores seguem para as provas eliminatórias: quartas de final (9h25), semifinal (10h15) e final (10h55).
As quatro regatas serão transmitidas ao vivo pela internet, com comentários de especialistas e convidados no estúdio, como o tetracampeão da America’s Cup, Dennis Conner. Na água, as imagens são produzidas com a mais alta tecnologia, além do gráfico virtual 3D, proporcionando uma visão emocionante, diferenciada, além da completa telemetria da prova