O Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB) nomeou mais sete integrantes para o grupo de homenageados em 2022. Entre eles está Marcelo Ferreira, bicampeão olímpico com Torben Grael em Atlanta 1996 e Atenas 2004. Os sete novos nomes se juntam às 28 personalidades do esporte que já fazem parte do Hall da Fama da entidade.
O velejador, junto com os outros seis escolhidos este ano, será homenageado em eventos do COB, em cerimônias especiais, e deixará seus pés ou mãos eternizados em moldes que serão exibidos em uma futura exposição no Centro de Treinamento do COB.
Em 1988, Marcelo iniciou uma parceria vitoriosa com Torben Grael. Juntos, eles disputaram quatro edições dos Jogos Olímpicos, sendo a primeira em Barcelona 1992. Já nas três seguintes, a dupla conquistou dois ouros e um bronze.
“Recebo com grande satisfação e orgulho essa homenagem de fazer parte desse seleto grupo de atletas, que com muita raça, determinação, resiliência, abdicação ter o reconhecimento do COB”, comentou Marcelo Ferreira.
“Agradeço muito os ensinamentos que o esporte me deu e carrego em minha vida no cotidiano.”, finalizou.
Marcelo Ferreira começou a velejar na adolescência, no Iate Clube Brasileiro, em Niterói, sua cidade natal. Na hora de decidir entre a universidade e o esporte, escolheu a segunda opção. Em 1985, foi morar nos Estados Unidos e trabalhou em uma loja de equipamentos para barcos, onde começou a sua história na classe Star.
Entre os títulos da carreira estão, além das medalhas Olímpicas: Ouro em Atlanta 1996 e Atenas e bronze em Sydney 2.000, títulos mundiais nos anos de 1990 e 1997, além de ter participado de sete campeonatos brasileiros, em: 1989, 1996, 1998, 2000, 2001, 2002 e 2003.
Junto com a tripulação do Brasil, Marcelo ficou em terceiro lugar na regata de volta ao mundo, a Ocean Race. Após Atenas 2004, o velejador se dedicou à vela oceânica e a projetos fora do esporte.
O Hall da Fama do COB foi lançado em 2018 para exaltar e enaltecer a história olímpica brasileira. Os primeiros atletas a deixarem suas marcas foram Torben Grael também da vela, a dupla Sandra Pires e Jackie Silva (vôlei de praia) e Vanderlei Cordeiro de Lima (atletismo).
Em 2020, mais um membro da vela foi escolhido como homenageado: Reinaldo Conrad, cinco vezes olímpico, que ao lado de Burkhard Cordes conquistou a primeira medalha olímpica da vela brasileira nos Jogos da Cidade do México em 1968, na classe Flying Dutchman.
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Sobre a CBVela
A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.