WSL CHALLENGER SERIES: ALEJO MUNIZ É O BRASIL NAS QUARTAS DE FINAL DO MEO VISSLA PRO ERICEIRA

0
336

– Catarinense foi o único a vencer nas altas ondas da sexta-feira

– Nat Young fez os recordes do dia na vitória sobre Thiago Camarão

– Já foi formada a primeira semifinal do Challenger de Portugal

– Quartas de final continuam às 8 horas do sábado, 4 horas no Brasil

O catarinense Alejo Muniz salvou a pátria nas oitavas de final do MEO Vissla Pro Ericeira, disputadas nesta sexta-feira, 8, de mar épico no point break de direitas de Ribeira D´Ilhas, com ondas de 6-8 pés sólidos garantindo um show de surfe em Portugal. Alejo era a última esperança de classificação do Brasil e vai enfrentar na última quarta de final, o recordista absoluto do WSL Challenger Series 2021, Imaikalani Devault. Outro havaiano, Ezekiel Lau, já passou paras as semifinais, junto com o destaque do dia, Nat Young, dos Estados Unidos. Os dois últimos duelos das quartas de final ficaram para abrir o sábado, às 8 horas em Portugal, 4 horas da madrugada no Brasil, ao vivo, no WorldSurfLeague.com.

Uma forte neblina acabou paralisando a competição, após o peruano Lucca Mesinas ser derrotado por Ezekiel Lau na abertura das oitavas de final. A segunda bateria só foi iniciada às 14 horas, quando finalmente foi possível enxergar as ondas em Ribeira D´Ilhas. Alejo Muniz foi o último brasileiro a competir na sexta-feira e despachou o australiano Callum Robson por apenas 1 ponto de diferença, no placar encerrado em 13,44 a 12,44. Ambos computaram as notas das suas duas primeiras ondas na bateria. Os dois receberam a mesma nota 6,77 na segunda que surfaram, com Alejo somando 6,67 contra 5,67 das primeiras ondas.

ERICEIRA, PORTUGAL – OCTOBER 8 : Alejo Muniz of Brazil surfing in Round of 16 at the Meo Vissla Ericeira Pro on October 8, 2021 in Ericeira, Portugal. (Photo by Damien Poullenot/World Surf League)

“Não foi uma bateria fácil. Muitas ondas entrando e estava difícil saber quais eram as boas. Mas, como tinha a ajuda do jet-ski, me joguei em todas que achei que teria uma oportunidade para receber uma nota boa”, disse Alejo Muniz. “Depois de ver tantas baterias com notas altas, eu achei que seria a mesma coisa na nossa, só que não foi bem assim. Mas, fico feliz por ter pegado as melhores ondas e ter avançado para as quartas.”

Alejo Muniz também respondeu à pergunta sobre seu próximo confronto em Portugal, ainda sem saber qual adversário se classificaria na última bateria das oitavas de final: “Qualquer um dos dois vai ser difícil. O Imaikalani (Devault) tirou notas 10 e 9,60 ontem (quinta-feira) e eu e o Josh (Burke) tivemos uma batalha boa na fase anterior. Então, só quero mesmo focar em mim e tentar fazer o meu melhor possível para seguir avançando.”

E quem se classificou para enfrentar Alejo Muniz, foi o grande destaque do MEO Vissla Pro Ericeira, Imaikalani Devault. Na quinta-feira, o havaiano se tornou o recordista absoluto das duas etapas do WSL Challenger Series 2021, somando a primeira nota 10 do ano com 9,60, na incrível vitória por 19,60 pontos. Na última oitava de final, ele não deu chances ao surfista de Barbados, Joshua Burke, derrotando-o por 16,17 a 8,63 pontos, com notas 8,17 e 8,00.

Melhor do dia – Mas, nesta sexta-feira, quem comandou o espetáculo no mar desafiador de Ribeira D´Ilhas foi o californiano Nat Young. Com um backside agressivo, sempre buscando os pontos mais críticos das ondas para verticalizar as manobras jogando muita água para cima, ele fez os recordes do dia na vitória sobre o brasileiro Thiago Camarão. As notas 9,67 e 9,63 que recebeu, só estão abaixo do único 10 do WSL Challenger Series e os 19,30 pontos só não superaram os 19,60 do havaiano Imaikalani Devault, na quinta-feira.

“Hoje as ondas estão bem grandes, então num dia assim, é obvio que os juízes querem ver manobras grandes também. Foi isso que eu quis mostrar”, disse Nat Young. “Eu só queria ir nas maiores da série. Tivemos uma paralisação por causa da neblina e, nesse tempo, a maré mudou e as ondas aumentaram também, então optei pegar uma prancha maior, uma 6’1 step-up. Tem muita correnteza e força lá fora, bem parecido com Sunset ou Haleiwa (no Havaí), com paredes grandes, então a prancha maior dá mais estabilidade.”

Nat Young deu outro show na segunda bateria das quartas de final, que fechou a sexta-feira. Nessa, o costa-ricense Carlos Munoz também brilhou nas morras de Ribeira D´Ilhas. O americano venceu por 18,23 a 17,56, somando notas 9,23 e 9,00, contra 9,23 e 8,33. O havaiano Ezekiel Lau, que eliminou o peruano Lucca Mesinas no primeiro confronto do dia e liquidou o australiano Jordan Lawler por 15,93 a 8,00 pontos na abertura das quartas de final, vai disputar a primeira vaga na grande final do MEO Vissla Pro Ericeira com Nat Young.

Brasileiros eliminados – Jordan Lawler tinha barrado João Chianca na primeira bateria depois da paralisação por causa da neblina. A disputa foi bem acirrada, mas o australiano derrotou o brasileiro por 16,57 a 15,90 pontos. Lawler computou notas 9,00 e 7,57, contra 8,50 e 7,40 do atual campeão sul-americano da WSL Latin America. Na disputa seguinte, Thiago Camarão só conseguiu duas notas 6,00, enquanto Nat Young fazia a segunda melhor apresentação do ano no WSL Challenger Series.

O outro brasileiro nas oitavas de final era o defensor do título desta etapa em Ribeira D`Ilhas, Samuel Pupo. O campeão do QS 10000 EDP Billabong Pro Ericeira em 2019, surfou bem e acabou perdendo por 7 centésimos, no placar encerrado em 13,40 a 13,33 pontos. Ele e João Chianca, Thiago Camarão e o peruano Lucca Mesinas, terminaram em nono lugar no MEO Vissla Pro Ericeira, recebendo 2.750 dólares de prêmio e 3.500 pontos no ranking.

Mudanças no G-12 – João Chianca e Lucca Mesinas tinham entrado na lista provisória dos 12 surfistas que o Challenger Series vai classificar para o World Surf League Championship Tour 2022, quando passaram para as oitavas de final em Portugal. Na sexta-feira, Ezekiel Lau ultrapassou os dois, tirando o peruano Alonso Correa do G-12 e Mesinas também vai sair. Isto porque quem ganhar a primeira bateria do sábado, dos australianos Dylan Moffat e Jackson Baker, já 0 passará no ranking, assim como Alejo Muniz.

Já João Chianca vai defender vaga no G-12 na próxima etapa, o Quiksilver Pro France, que começa no dia 16 em Hossegor. Em Portugal, aconteceram cinco mudanças de nomes na lista classificatória para o CT 2022. Nat Young já saltou de 18º para segundo no ranking liderado pelo também norte-americano Jake Marshall. Os outros que entraram no G-12, foram o havaiano Ezekiel Lau, o californiano Cole Houshmand, João Chianca e Lucca Mesinas.

Os que saíram da lista foram o brasileiro Lucas Silveira, o peruano Alonso Correa, o português Vasco Ribeiro e os norte-americanos Cam Richards e Michael Dunphy. Apesar das eliminações na sexta-feira, Thiago Camarão se aproximou do G-12, subindo do 35º para o 17º lugar no ranking no momento e Samuel Pupo do 53º para o 26º. Já Alejo Muniz, que chegou em Portugal na 58ª  posição, vai amanhecer o sábado em 19º lugar no ranking.

Vagas para o CT 2022 – O WSL Challenger Series vai completar a elite que disputará os títulos mundiais no World Surf League Championship Tour 2022, classificando 12 surfistas para a categoria masculina e seis para a feminina. Serão quatro etapas e os rankings irão computar três resultados, com um deles podendo ser a maior pontuação obtida nas etapas do WSL Qualifying Series 2020 disputadas até o mês de março, antes do Circuito Mundial ser cancelado por causa da pandemia do Covid-19.

O US Open of Surfing apresentado pela Shiseido abriu a batalha pelas vagas para o CT semana passada na Califórnia. Agora, tem o MEO Vissla Pro Ericeira, que vai até o próximo domingo em Ribeira D´Ilhas, Portugal, depois o Quiksilver Pro France de 16 a 24 de outubro em Hossegor, França, com o Haleiwa Challenger fechando o WSL Challenger Series 2021 de 26 de novembro a 7 de dezembro em Haleiwa Beach, no Havaí.

Transmissão ao vivo – O MEO Vissla Pro Ericeira está sendo transmitido ao vivo de Ribeira D´Ilhas pelo WorldSurfLeague.com e pelo aplicativo grátis da WSL, lembrando que o fuso horário de Portugal é de 4 horas a mais do Brasil. As mulheres não competiram na sexta-feira e as quartas de final femininas serão disputadas logo após as duas baterias masculinas que vão abrir o sábado, às 8 horas em Portugal, 4 horas da madrugada no Brasil.

 

Próximas baterias do MEO VISSLA PRO ERICEIRA:

 

QUARTAS DE FINAL – 5º lugar com US$ 3.500 e 5.000 pontos:

———últimas baterias da sexta-feira:

1.a: Ezekiel Lau (HAV) 15,93 x 8,00 Jordan Lawler (AUS)

2.a: Nat Young (EUA) 18,23 x 17,56 Carlos Munoz (CRI)

———ficaram para abrir o sábado:

3.a: Jackson Baker (AUS) x Dylan Moffat (AUS)

4.a: Imaikalani Devault (HAV) x Alejo Muniz (BRA)

 

QUARTAS DE FINAL – 5º lugar com US$ 3.500 e 5.000 pontos:

1.a: Pauline Ado (FRA) x Silvana Lima (BRA)

2.a: Gabriela Bryan (HAV) x Shino Matsuda (JPN)

3.a: Brisa Hennessy (CRI) x Ariane Ochoa (ESP)

4.a: Bettylou Sakura Johnson (HAV) x Luana C. Silva (HAV)

 

Resultados da sexta-feira em Portugal:

 

OITAVAS DE FINAL – 9º lugar com US$ 2.750 e 3.500 pontos:

1.a: Ezekiel Lau (HAV) 15,80 x 15,06 Lucca Mesinas (PER)

2.a: Jordan Lawler (AUS) 16,57 x 15,90 João Chianca (BRA)

3.a: Nat Young (EUA) 19,30 x 12,00 Thiago Camarão (BRA)

4.a: Carlos Munoz (CRI) 16,33 x 13,43 Hiroto Ohhara (JPN)

5.a: Jackson Baker (AUS) 13,37 x 12,60 Cole Houshmand (EUA)

6.a: Dylan Moffat (AUS) 13,40 x 13,33 Samuel Pupo (BRA)

7.a: Alejo Muniz (BRA) 13,44 x 12,44 Callum Robson (AUS)

8.a: Imaikalani Devault (HAV) 16,17 x 8,63 Joshua Burke (BRB)

 

“Eu sabia que ia precisar de uma nota bem alta, mas senti que uma onda boa iria vir e fiquei amarradona de conseguir aquele 9,67. Só queria surfar bem e fico feliz de poder mostrar isso nessa bateria”, disse Shino Matsuda, que respondeu sobre entrar na disputa direta pelas seis vagas para o CT 2022. “Sem dúvidas, quero me qualificar para o CT, mas não quero pensar em números agora, só mesmo em me divertir e aproveitar esse momento.”

Com a passagem para as quartas de final, Shino Matsuda, que estava em 34º no ranking, já aparece em 14º lugar na relação das que sobem para o CT pelo WSL Challenger Series. Quem entrou no G-6 na quinta-feira foi Bettylou Sakura Johnson, que saltou de 15º para quinto no ranking com mais uma apresentação fenomenal. Ela surfou três ondas na bateria com a australiana Macy Callaghan, fez grandes manobras e achou até um tubo para ganhar notas 9,00, 9,23, 9,43 e registrar um novo recorde de 18,66 pontos.

“Eu consegui me posicionar bem no outside, o que tem sido difícil aqui porque é complicado, mas acertei nessa bateria”, disse Bettylou Sakura Johnson. “Estou bem animada e ansiosa porque o mar vai subir mais amanhã e ficará mais parecido com as ondas lá de casa (Havaí). Hoje tentei usar bastante força nas manobras e deu certo. Além disso, consegui achar aquele tubo, então estou amarradona pela minha performance nessa bateria.”

Trasmissão ao vivo – O MEO Vissla Pro Ericeira está sendo transmitido ao vivo de Ribeira D´Ilhas pelo WorldSurfLeague.com e pelo aplicativo grátis da WSL, lembrando que o fuso horário de Portugal é de 4 horas a mais do Brasil, portanto se a competição começar às 8 horas, na Reserva Mundial de Surf de Ericeira, serão 4 horas da madrugada no horário de Brasília.

Próximas baterias do MEO VISSLA PRO ERICEIRA:

OITAVAS DE FINAL – 9º lugar com US$ 2.750 e 3.500 pontos:

1.a: Lucca Mesinas (PER) x Ezekiel Lau (HAV)

2.a: João Chianca (BRA) x Jordan Lawler (AUS)

3.a: Nat Young (EUA) x Thiago Camarão (BRA)

4.a: Hiroto Ohhara (JPN) x Carlos Munoz (CRI)

5.a: Cole Houshmand (EUA) x Jackson Baker (AUS)

6.a: Samuel Pupo (BRA) x Dylan Moffat (AUS)

7.a: Callum Robson (AUS) x Alejo Muniz (BRA)

8.a: Imaikalani Devault (HAV) x Joshua Burke (BRB)

QUARTAS DE FINAL – 5º lugar com US$ 3.500 e 5.000 pontos:

1.a: Pauline Ado (FRA) x Silvana Lima (BRA)

2.a: Gabriela Bryan (HAV) x Shino Matsuda (JPN)

3.a: Brisa Hennessy (CRI) x Ariane Ochoa (ESP)

4.a: Bettylou Sakura Johnson (HAV) x Luana C. Silva (HAV)

Resultados da quinta-feira (7) em Portugal:

 

TERCEIRA FASE – 3º =17º lugar (US$ 2.000 e 2.000 pts):

1.a: 1-Ezekiel Lau (HAV)=12.26, 2-Jordan Lawler (AUS)=12.00, w.o-Deivid Silva (BRA)

2.a: 1-João Chianca (BRA)=13.43, 2-Lucca Mesinas (PER)=11.17, 3-Jake Marshall (EUA)=7.90

3.a: 1-Nat Young (EUA)=16.60, 2-Hiroto Ohhara (JPN)=12.74, 3-Jacob Willcox (AUS)=8.83

4.a: 1-Carlos Munoz (CRI)=16.17, 2-Thiago Camarão (BRA)=13.40, 3-Mateus Herdy (BRA)=12.77

5.a: 1-Cole Houshmand (EUA)=15.16, 2-Dylan Moffat (AUS)=13.67, 3-Kauli Vaast (FRA)=13.20

6.a: 1-Samuel Pupo (BRA)=16.07, 2-Jackson Baker (AUS)=15.00, 3-Ian Gouveia (BRA)=12.43

7.a: 1-Alejo Muniz (BRA)=13.96, 2-Joshua Burke (BRB)=12.50, 3-Cooper Chapman (AUS)=9.83

8.a: 1-Imaikalani Devault (HAV)=19.60, 2-Callum Robson (AUS)=15.17, 3-Caio Ibelli (BRA)=13.87]

 

OITAVAS DE FINAL – 9º lugar com US$ 2.750 e 3.500 pontos:

1.a: Silvana Lima (BRA) 17,20 x 10,93 Keely Andrew (AUS)

2.a: Pauline Ado (FRA) 12,90 x 11,00 Summer Macedo (BRA)

3.a Shino Matsuda (JPN) 18,14 x 17,26 Alyssa Spencer (EUA)

4.a: Gabriela Bryan (HAV) 15,33 x 14,06 Yolanda Hopkins (PRT)

5.a: Brisa Hennessy (CRI) 15,47 x 11,57 Keala Tomoda-Bannert (HAV)

6.a: Ariane Ochoa (ESP) 14,90 x 14,57 India Robinson (AUS)

7.a: Bettylou Sakura Johnson (HAV) 18,66 x 14,83 Macy Callaghan (AUS)

8.a: Luana Coelho Silva (HAV) 16,40 x 10,24 Teresa Bonvalot (PRT)

 

Sobre a World Surf League: Estabelecida em 1976, a World Surf League (WSL) é a casa do melhor surf do mundo. Uma empresa global de esportes, mídia e entretenimento, a WSL supervisiona circuitos e competições internacionais, tem uma divisão de estúdios de mídia que cria mais de 500 horas de conteúdo ao vivo e sob demanda, por meio da afiliada WaveCo, empresa que criou a melhor onda artificial de alto desempenho do mundo. Com sede em Santa Monica, Califórnia, a WSL possui escritórios regionais na América do Norte, América Latina, Ásia-Pacífico e EMEA.

A WSL coroa anualmente os campeões mundiais de surf profissional masculino e feminino. A divisão global de Circuitos supervisiona e opera mais de 180 competições globais a cada ano do Championship Tour e dos níveis de desenvolvimento, como o Challenger Series, Qualifying Series e Junior Series, bem como os circuitos de Longboard e Big Wave.

Lançado em 2019, o WSL Studios é um produtor independente de projetos de televisão sem roteiros, incluindo documentários e séries, que fornecem acesso sem precedentes a atletas, eventos e locais globalmente. Os eventos e o conteúdo da WSL, são distribuídos na televisão linear para mais de 743 milhões de lares no mundo inteiro e em plataformas de mídia digital e social, incluindo o WorldSurfLeague.com. A afiliada WaveCo inclui as instalações do Surf Ranch Lemoore e a utilização e licenciamento do Kelly Slater Wave System.

A WSL é dedicada a mudar o mundo por meio do poder inspirador do surfe, criando eventos, experiências e histórias autênticas, afim de motivar a sempre crescente comunidade global para viver com propósito, originalidade e entusiasmo. Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com