Caballo Loco vence Classe C30 na abertura do Circuito Ilhabela de Oceano

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Alta | Web Flotilha da C30 no popa (Aline Bassi / Balaio de Ideias)

Ilhabela  – Atual campeão brasileiro da Classe C30 e do Circuito Ilhabela de Vela Oceânica, o Caballo Loco dominou os dois finais de semana da primeira etapa da Copa Mitsubishi que neste ano chega à 21ª edição, com sede no Yacht Club Ilhabela. A tripulação do comandante Mauro Dottori conquistou seis vitórias em sete regatas, com um descarte.

Kaikias Via Itália venceu uma prova, enquanto o estreante Kairós superou as expectativas e competiu em condições de igualdade contra duas das mais experientes tripulações da Classe C30. “O Kairós teve uma estreia formidável. Eu diria que é o melhor estreante que a classe já teve. Andou muito perto da gente e do Kaikias, brigando o tempo todo”, elogiou Dottori.

O vento predominante de leste oscilou entre 8 e 12 nós durante o fim de semana, proporcionando cinco regatas ao norte de Ilhabela. “No sábado, batemos na boia na largada da primeira regata e o Kaikias Via Itália venceu de ponta a ponta. Depois, ganhamos a segunda com muita briga e na terceira demos um jibe (mudar a direção do barco com a proa a favor do vento) e partimos com muita velocidade em direção à ilha”, relatou Dottori.

Líder Caballo Loco
(Aline Bassi / Balaio de Ideias)

O Cabbalo Loco repetiu o desempenho no domingo para vencer mais duas regatas. “Na primeira, montamos todas as boias em primeiro, enquanto Kaikias e Kairós brigavam pau a pau pelo segundo lugar. Na segunda, a melhor largada foi do Kairós, mas conseguimos ultrapassá-lo com muita dificuldade”, contou o comandante Dottori.

“Foi uma disputa muito bonita, assim como todo o fim de semana, com dois dias espetaculares, temperaturas de verão e mar liso como um “chão”. Teve até baleia no canal. Apesar do rigor dos protocolos, o retorno às raias de Ilhabela foi sensacional”, enalteceu Dottori, líder da Classe C30 na Copa Mitsubishi e diretor de Vela do Yacht Club Ilhabela.

Rivalidade valoriza a Classe C30 – O equilíbrio entre barcos é uma característica da competitiva Classe C30. Embora o Caballo Loco tenha sido superior, os adversários valorizam a disputa em elevado nível técnico. Assim como Caballo Loco em 2020, Kaikias Via Itália venceu as principais competições em 2019. Neste ano, o Kairós mostra que veio para acirrar ainda mais as regatas.

“Nossa estreia na C30 foi muito bem-sucedida, em especial neste segundo fim de semana. Teve sol, temperaturas agradáveis, ventos médios e disputas emocionantes. Nossas expectativas foram superadas. A equipe está feliz e super motivada para a Semana de Vela de Ilhabela (24 a 30/7). Somos gratos a Deus, em primeiro lugar, e aos tripulantes do Kaikias e do Caballo pela ajuda e pelo incentivo que recebemos deles”, reconheceu o comandante do Kairós, Alessandro Penido.

A tripulação do Kaikias Via Itália também enalteceu a abertura da Copa Mitsubishi. “Foram dois finais de semana maravilhosos. No primeiro, uma ventania de sul no canal e neste segundo, aquele vento leste clássico de Ilhabela, com regatas muito técnicas. O Caballo segue velejando muito bem em todas as condições, é um barco muito regular”, observou o timoneiro do Kaikias Via Itália, Beto de Jesus.

 

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“O desempenho do Caballo Loco é um estímulo a mais para nós buscarmos os ajustes necessários para superá-lo. As regatas costumam ser muito equilibradas, definidas nos detalhes, é possível alcança-los. Ficamos muito felizes também com a estreia da Kairós. A tripulação mostrou que veio para fortalecer a flotilha da Classe C30 no litoral norte. Agora, é aproveitar o mês de julho para treinar, acertar o barco e partir com tudo na Semana de Vela, que para a C30 também será válida como segunda e última etapa do Campeonato Brasileiro”, afirmou Beto.

Nas demais classes, os vencedores da primeira etapa são: Ginga (HPE 25), Beleza Pura (BRA-RGS), Xamã (ORC Gold), Aventador (ORC Silver) e ZAP (Bico de Proa. A Copa Mitsubishi, Copa Suzuki até 2020, chega à 21ª edição em temporadas consecutivas. A competição conta tradicionalmente com quatro etapas anuais. Nestes dois últimos anos, porém, a organização teve de fazer ajustes para que os velejadores competissem em segurança.