Foram várias edições do projeto Limpeza dos Mares, capitaneado pela Associação Náutica Brasileira (ACATMAR) junto a entidades e empresas parceiras, para recolher os resíduos do fundo da Lagoa da Conceição e do canal da Barra da Lagoa, a exemplo de outras praias e costões do estado. Um trabalho efetivo para ao menos amenizar e, principalmente, conscientizar a população e o poder público sobre o ativo ambiental que este cartão postal importantíssimo da Ilha de Santa Catarina fosse finalmente respeitado.
A tragédia que acometeu as águas da região é reflexo de que pouco adiantou. “Ao menos conseguimos limpar – e muito – o que é depositado ilegal e irresponsavelmente. Mas é um trabalho quase de ‘enxugar gelo’”, lamenta Michele Castilho, diretora da entidade.
Recentemente, a ACATMAR bancou estudos de análise da água da Lagoa, enviando os mesmos aos órgãos competentes. Além disso, trabalhou com afinco junto às marinas da região para que seus resíduos fossem destinados corretamente – ação essencial para as licenças ambientais destas empresas – o que ocorreu sem maiores percalços.
Ainda dedicada e atuante à causa, a entidade entende que não é o momento de apontar culpados, principalmente pela constatação de que todos têm sua parcela nesta situação. Continua proativa, com conhecimento de causa, e disposta a ações conjuntas para encontrar um caminho que salve esta ‘ternura de rosas’, como escreveu e cantou Cláudio Alvim Barbosa, o poeta Zininho, em seu irretocável Rancho de Amor à Ilha.