Portugal foi o berço da navegação em séculos passados, mas está saga pelo mar e seus desafios gerou uma elite de velejadores que estão se desbravando não mais em caravelas, mas em modernos barcos, mas como a caravela também movido pelo vento. Nasceu no meio de barcos, sua família é voltada para o setor. Pois é, o português Renato Conde, atualmente participa da mãe das regatas Américas Cup, ou Copa América no time da SailGP.
O velejador Renato Conde já participou de quatro edição da The Ocean Race – e não pensa em parar “não dá” diz ele. Pois é, Renato Conde é um maiores velejadores da Europa, concedeu esta entrevista com exclusividade ao Regata News.
Adilson Pacheco – Editor
RN- Como viu mudança de datas da The Ocean Race – de 2021 para 2022?
Renato Conde – Quem sou eu para comentar a “causa” que originou a que o mundo parasse…No entanto, estando por dentro deste novo formato da The Ocean Race, seria fácil de prever que não haveria número de barcos suficientes para iniciar uma regata como a antiga VOR. Na minha opinião, o novo formato da regata em termos de tripulação, não favorece…
RN: Por que não favorece Renato??
RC: Porque colocar um número de jovens a bordo tão grande creio que até fica perigoso. Está regata não é uma brincadeira e podemos ver que a falta de experiência ou de respeito pelo mar, pode ser trágico como por duas vezes vimos na última edição da regata infelizmente
RN – Vai estar na próxima edição da The Ocean Race?
RC – Ainda é muito cedo, quero primeiro terminar minha participação na Américas Cup, irei seguir com o SailGP e logo vemos, haja saúde!
RN: E onde encontras tanta energia para estar em todos estes eventos? Termina um começa outro???
RC: Eu sou apaixonado por desafios e, lutei toda a minha vida para tentar o melhor possível no que faço. Felizmente, as coisas tem corrido bem e tenho tido muita continuidade em projectos que para mim, eram sonhos, agora são realidade
“Itajaí e uma cidade linda e acolhedora, tem tudo para ser uma paragem de referência mundial”
RN: Na The Ocean Race vai ter barcos da categoria Imoca, são barcos mais velozes?
RC: Sem dúvida, os Imoca são barco tecnologicamente muito avançados e velozes
RN: E qual é o teu sonho como velejador?
RC: Eu gostava de participar numa volta ao mundo com uma equipa de bandeira portuguesa, quem sabe um dia quando formos capazes de reunir a qualidade que temos e que está espanholada pelo mundo fora que, ao os “outros” veem….
RN: Já pensou em parar de participar de competições náutica?
RC: Não, não consigo. Irei abrandar em breve pois quero dedicar tempo a família e ver a família crescer. Tenho também um barco novo desenhado e construído por mim e por meu pai, e algo novo e diferente no mundo, fomos pioneiros uma vez mais e quero tentar explorar esse lado que, está a dar muito que falar
RN – O que falta para Portugal crescer mais no esporte náutico?
RC: Falta que os portugueses acreditem que somos bons e temos capacidade. O problema é que o português em geral, principalmente do lado da política, sempre que surge um oportunidade, os fundos são “desviados” ou canalizador para outros fins…..
“Na minha opinião, o novo formato da regata em termos de tripulação, não favorece…
RN: Por exemplo – a não participação de Portugal na The Ocean Race – pode ter sido provocado por isto?
RC: Falta de visão e tudo que seja futebol, “não existe” embora tenhamos vários desportos onde somos dos melhores do mundo mas, não necessitam de estádios, acessos, etc…….
RN – Já pensou em parar de participar de regatas?
RC: Não, não consigo.
RN: Como é este barco! O que ele tem de diferente! Mas estar participando de regatas menores??
RC: Não, e um protótipo, em breve será apresentado
RN: Será usado em regatas menores?
RC: E um barco de laser, diferente
RN: Atualmente participas de que regata…
RC: Actualmente estou na Américas Cup!
RN: Quantas regatas já tens participado, além da The Ocean Race
RC – Desde qualificação para os jogos Olímpicos em 49er, campeão do mundo em Plaru25, campeonato da Europa em Soto40, 13 títulos nacionais e 6 ibéricos, RC44, Volvo, e estou na segunda AC, entre outras….
“principalmente do lado da política, sempre que surge um oportunidade, os fundos são “desviados” ou canalizador para outros fins…
RN: E qual foi a mais desafiadora?
RC: Cada uma. Destes projectos tem o seu próprio desafío e faz cada uma destas competições muito especiais.
RN: Que recordações boas guardas de Itajaí?
RC: Itajaí e uma cidade linda e acolhedora, tem tudo para ser uma paragem de referência mundial