Uma aula de vela de Eduardo Souza Ramos na live da CBVela

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Patrono da vela brasileira é o maior campeão de oceano no País.

A Confederação Brasileira de Vela – CBVela promoveu nesta terça-feira (9) uma live especial com o velejador Eduardo Souza Ramos, um dos principais nomes da modalidade.

O tema do bate-papo online foi História da Vela Oceânica de Alto Rendimento.

O encontro online teve outras lendas do esporte, como os medalhistas olímpicos Torben Grael e Lars Grael, além do presidente da CBVela, Marco Aurélio Sá Ribeiro, e do presidente da ABVO – Associação Brasileira de Veleiros de Oceano, Mario Martinez.

 

 

 

 

O mediador foi Murillo Novaes, responsável pelo Anuário da Vela Brasileira.

Acesse o link completo — https://youtu.be/HSHAjWZExvE

O atleta paulista de 75 anos é apontado como o maior campeão de oceano no País, incluindo a Semana Internacional de Vela de Ilhabela.

Sua última conquista foi na edição 2019 do maior evento náutico da América do Sul com o Pajero na classe ORC.

”A vela de oceano no Brasil depende de uma série de fatores para crescer”.

”Mas acredito que uma delas é incentivar a compra de barcos menores (para os iniciantes) e a outra são grupos de amigos fazendo consórcio para comprar embarcações maiores”.

”Espero que mais barcos de cruzeiro venham correr regatas com o objetivo de diversão e brincadeira”.

”Temos que atrair cruzeiristas para as competições”.

Eduardo Souza Ramos é o responsável também pela criação de novas classes, como HPE25 e Soto 40, e apoio à realização dos principais eventos.

Tem história também na vela olímpica com participações em Moscou 1980 e Los Angeles 1984, sendo o porta-bandeira da delegação brasileira nos EUA.

A herança esportiva de Eduardo Souza Ramos na vela vem do pai, Gil de Souza Ramos, que deixou o legado no com a Carbrasmar e os veleiros VelaMar.

”Meu pai me ensinou a velejar e ajudar o esporte. Me lembro dele como comodoro, vendendo Snipes financiado…Hoje sigo os passos dele, tentando fazer o melhor possível!”.

Eduardo Souza Ramos contou que ficou afastado da vela brasileira dos 18 aos 25 anos para se dedicar ao automobilismo.

”Meu sonho era ser piloto profissional, mas quando descobri que era braço duro fui trazido de volta para o esporte por Dino Pascolatto e Joerg Bruder”, relembrou Eduardo Souza Ramos.

A história do Krishna, nome dado aos barcos de Eduardo Souza Ramos, veio quando ele foi pegar um Soling na Guarapiranga. No caminho para o clube, o velejador foi abordado por mulheres no farol do Movimento Hare Krishna.

”O barco de oceano é como uma empresa! O planejamento começa na embarcação, passa pela montagem da tripulação e o programa de treinamento”.

”É tudo um projeto, com várias nuances”, contou Eduardo Souza Ramos, que sempre define seu calendário de competições em outubro do ano anterior.

Depoimentos sobre Eduardo Souza Ramos

”O Eduardo é uma inspiração como dirigente, pois foi o maior presidente que a Confederação já teve”, disse Marco Aurélio de Sá Ribeiro. ”É um modelo de atleta e de dirigente”.

”É um patrono da vela oceânica. Muitas competições sem o apoio dele não ocorreriam. É um construtor incentivar da vela”, contou Mario Martinez, presidente da ABVO.

”É o nome de vela de oceano mais fortes de todos os tempos! Ganhou o Brasil e o mundo na modalidade”, explicou Lars Grael.

”É uma pessoa incrível, um farol pra gente na vela com sua atuação. Eduardo foi meu patrocinador no Star e barcos de oceano, sendo o primeiro a me colocar numa posição de destaque como tático. Aprendi muito a organização com as equipes dele, sempre muito bem preparadas para competir”, explicou Torben Grael, bicampeão olímpico e campeão da Ocean Race.

Texto: Flávio Perez