8ª edição do Encontro Empresarial: Entrevista com o jornalista Luciano Potter, do Pretinho Básico, que vai estar em Balneário Camboriú no dia 1°

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jornalista Luciano Potter, do Pretinho Básico, vai estar em Balneário Camboriú no dia 1°

 

 

jornalista Luciano Potter, do Pretinho Básico, vai estar em Balneário Camboriú no dia 1°/Divulgação

O jornalista Luciano Potter, um dos maiores comunicadores do sul do país, fará a abertura da 8ª edição do Encontro Empresarial – Negócios em Movimento, realizado pela Associação Empresarial de Balneário Camboriú e Camboriú (Acibalc) nos dias 1° e 2 de agosto. Com o tema “Mudança, todo mundo está em uma, você não?”, o comunicador abordará temas sobre inovações e mudanças tecnológicas no setor empresarial. A palestra acontece a partir das 19h, no Hotel Sibara Flat & Convenções.

Ping-pong com o jornalista:

Qual a sua relação com Balneário Camboriú? Conta para a gente!

Eu tenho uma relação que é diferente da maioria das pessoas, eu nunca veraneei em Balneário Camboriú, até porque eu me criei bem longe do mar, na fronteira com a Argentina e com o Uruguai, no Rio Grande do Sul. A minha relação com a cidade é de trabalho e um trabalho bem divertido. Eu e o Arthur Gubert, temos um show de Stand Up e nós fomos mais de dez vezes em dois anos para Balneário Camboriú. Já fui também com o Pretinho Básico para fazer palestras. É sempre uma relação de trabalho, mas eu consigo ter momentos de diversão também. Sempre fui muito bem recebido.

O mundo está mudando muito rápido e vemos que a maior parte dos empresários tem receio na hora de inovar. Como saber separar o que é passageiro do que veio para ficar?

Eu acho que esse é o segredo na verdade. Eu não acredito que todos esses empresários estejam errados. É que entender mudança, é entender primeiro em que meio a gente está. Eu sou empresário do que? Do que eu vivo? Se eu sou empresário do ramo do calçado, tenho que saber como as pessoas estão comprando calçado, que movimentação está acontecendo, qual calçado está na moda, qual o calçado não está vindo mais. Todo meio passa por um tipo de mudança, a tecnologia certamente atrapalhou algumas coisas, mas também ajudou muita gente. Então, entender em que meio está inserido é entender que tipo de mudança você tem que aceitar. Agora quem está completamente fechado, quem acha que nada vai mudar, aí pode ficar para trás. De verdade.

Porque as inovações são tão necessárias?

Geralmente uma inovação linkada ao mercado de trabalho ou está agilizando e dando mais tempo ou está agilizando e fazendo a gente gastar menos. Pensa desde lá atrás, os caras pegavam uma pedra para pregar algo, depois foi inventado o martelo, que é muito mais fácil e depois foi inventado uma outra coisa muito mais tecnológica para agilizar o processo. Óbvio que eu estou pegando de exemplo uma coisa bem simples, pois quem que ainda usa isso? Quem que continua batendo com uma pedra? Não tem nenhum marceneiro batendo com uma pedra. Tem coisas que são óbvias! Agora, as inovações são necessárias porque geralmente dão algum ganho para a gente e saber lidar rápido com elas é primordial. Tem também um lado ruim, porque inovação é máquina. Por isso que é interessante para o ser humano voltar com as perguntas lá de trás e entender que quando está acontecendo uma mudança assim drástica, a gente tem que antever isso, prestar atenção no mundo para criar um plano B e se adaptar às outras coisas.

A internet e as redes sociais fazem parte do cenário de mudanças e estão sendo usadas como forma de propagação com muita rapidez. Como jornalista, qual a sua opinião sobre isso?

A profissão de jornalista é uma das profissões que mais muda no mundo. Uma redação antes tinha duzentas pessoas, hoje tem cinquenta pessoas fazendo ainda mais coisas do que aquelas duzentas faziam, porque entrou a internet. A internet é primordial, – de novo eu pego os jornalistas como uma metáfora para o que está acontecendo – os jornalistas tiveram que se adaptar. Quando eu fiz faculdade entre 1998 e 2002, eu queria escrever. Hoje em dia o jornalista escreve, tira foto, filma, edita, posta tudo isso aí, grava áudio, se não tiver um programa de rádio, grava um podcast, se não tiver um programa de televisão, vai fazer vídeo no youtube ou propaganda no IGTV, no instagram ou vai fazer stories, ou seja, o jornalista tem muito mais ferramentas para espalhar sua voz. Mas, ao mesmo tempo, esse espalhar sua voz está quase que desvinculado a empresas que pagam salários. As pessoas ainda confiam mais – tudo bem que com maior descredito – mas violentamente acreditam mais nas grandes empresas jornalísticas. Quando morre alguma pessoa famosa, a gente sempre entra num site de um grande veículo de comunicação, que geralmente tem anos e anos de vida, para saber se realmente é verdade se fulano ou fulana morreram. Então é isso. É uma junção. O jornalismo é a metáfora perfeita do que está acontecendo, e hoje nosso desafio é buscar monetariedade.

O que o público pode esperar da sua palestra?

Acho que o público pode esperar informação, bom humor, podem esperar também um pouco de medo do que está para acontecer, pode esperar algumas certezas e muitas incertezas. Eu mais ou menos tiro um retrato do que está acontecendo, usando exemplos reais de pessoas e empresas que se deram bem porque enxergaram a mudança, além de pessoas e empresas que não se deram bem.



O 8° Encontro Empresarial é uma realização da Acibalc e da Águas de Camboriú e conta com o patrocínio da Conjel Contabilidade, Credifoz, Hotel Sibara, Univali e Sicoob MaxiCrédito.

A programação completa e os ingressos podem ser encontrados no link: https://app.gestorsindical.com.br/inscricao/2822.