Jornalista, Rafael Henzel, sobrevivente do voo da Chapecoense, dá lição de superação em palestra oferecida pela empresa associada, Klabin
Rafael Henzel é um dos seis sobreviventes do acidente fatal com o avião que levava a equipe da Chapecoense, em 28 de novembro de 2016, em Medelin, na Colômbia. Na tragédia 71 pessoas morreram, entre jogadores, dirigentes do clube, comissão técnica, jornalistas, tripulantes e convidados. O acidente, que acaba de completar dois anos, é o maior de uma delegação esportiva e o maior do jornalismo brasileiro. Até hoje é difícil crer no aconteceu, ainda mais ao saber que a causa foi a falta de combustível para a aeronave. Aos que sobreviveram cabe o desafio de recomeçar e a superação de Rafael Henzel emociona e motiva, pois é uma lição de vida. Foi justamente sobre como ele tem encarado essa nova chance, que chama de renascimento, que ele falou aos associados, convidados, diretores e comunidade, em Plenária Itinerante da Associação Empresarial de Itajaí (ACII), oferecida pela empresa Klabin, no Hotel Sandri, em 26 de novembro.
Rafael traduziu o seu recomeço no livro “Viva como se estivesse de partida”, lançado no ano passado, e em palestra, cujo objetivo é promover uma reflexão sobre ter uma nova chance, o olhar para o outro, pautada na motivação e no propósito. Contando detalhadamente como aconteceu o acidente, Rafael falou sobre como ele e os demais sobreviventes estão vivendo: “A minha vida pode ser condicionada ao acidente aéreo ou levada para um recomeço. Nós seis sobreviventes fomos abençoados com um milagre, mas não esperamos um segundo milagre. Estamos trabalhando e buscando viver da melhor maneira possível”, resumiu.
O jornalista escolheu o caminho da leveza, brincou com a equipe médica durante a recuperação fisica e ao longo do período tem buscado sorrir e consolar os familiares das vítimas. Suas palavras evidenciam o quanto, por vezes, nos apegamos a situações pequenas, dispensando energia a questões desnecessárias e não sendo solidários com a dor do outro, que muitas vezes é infinitamente maior que a nossa. Ele ressalta que parece óbvio, mas nos esquecemos de agradecer cotidianamente pela vida, pela saúde, pelo lar, pela família, pela profissão, emprego ou pela oportunidade de empreender. Rafael precisou passar por esta tragédia tão terrível para ver a vida com outros olhos. Precisou renascer para transmitir motivação. Ele agora busca nos fazer ver, através da sua experiência, que viver vale a pena todos os dias. E nos estimula a dar o primeiro passo em direção de uma vida mais feliz e grata. Pois se ficarmos parados, talvez não teremos uma segunda chance.
“Klabin – muito além da embalagem”
O gerente industrial da Klabin, Pedro Paulo da Luz, apresentou um panorama do que é a empresa, desde ramo de atuação, representatividade no mercado, preocupação ambiental e social, etc. A Klabin é líder na produção de papéis e cartões para embalagens, embalagens de papelão ondulado e sacos industriais, além de comercializar madeira em toras. É também a única do país a fornecer simultaneamente ao mercado celulose de fibra curta (eucalipto), celulose de fibra longa (pínus) e celulose fluff. Fundada em 1899, possui atualmente 18 unidades industriais (17 no Brasil, em oito estados, e uma na Argentina), além de escritórios comerciais em oito estados brasileiros, uma filial nos Estados Unidos, um novo escritório na Áustria, e representantes e agentes comerciais em vários países. Ao total, conta com 19 mil colaboradores, dos quais 400 atuam na filial de Itajaí. No evento, a empresa ainda expôs uma linha de móveis, lixeiras, copos e outros utensílios feitos de papel, demonstrando novas possibilidades para o uso consciente dos recursos naturais.
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A Klabin oportunizou o sorteio do livro de Rafael Henzel ao público que prestigiou o evento
A empresa expôs no evento a linha de móveis, copos, lixeiras, mesas e demais produtos feitos de papelão. Embora não seja o foco de atuação da Klabin, a iniciativa demonstra as possibilidades de preservação do meio ambiente, uma vez que o papelão se integra com rapidez a natureza
Fonte – Aline Wernke / ACII