68ª Regata Santos-Rio: Edição marcada por ciclone extratropical

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Largada limpa da 68ª regata Santos-Rio /Douglas Moreira
Largada limpa da 68ª regata Santos-Rio /Douglas Moreira

 

Foi em condições de mar mexido e ventos na casa dos 4 nós que a tradicional Regata Santos-Rio largou neste ano. Vinte e quatro barcos se inscreveram para o desafio, mas com a desistência dos veleiros Dona Bola, de Ricardo Tramujas e Jacaré, um Mini Transat de Pedro Fukui, a largada oficial contou com 22 barcos, que partiram para o Rio de Janeiro, às 12 horas do último sábado, 27 de outubro.

Depois da largada, as primeiras horas foram inquietantes para quem acompanhava através do SpotWalla (site de monitoramento por satélite em tempo real), devido a previsão de ciclone extratropical no litoral norte de São Paulo, que indicava ondas de 3 a 5 metros de altura e ventos intensos de até 75 km/h. Mas mesmo com o alerta da Marinha do Brasil, os bravos aventureiros seguiram viagem e para tranquilidade dos ânimos, em menos de 24 horas surgiram algumas notícias.

Por volta das 20h do sábado, a CR confirmou a desistência do time Maestralle, do Almirante Adalberto Casaes, o barco sofreu avaria nos calços da enora do mastro e a tripulação seguiu motorando em segurança para o Rio de Janeiro. Mais tarde, após 21 horas, 14 minutos e 53 segundos do início apareceu o Fita Azul. A equipe do Veleiro SORSA III assumiu a liderança logo após a largada e consagrou-se como a mais rápida da edição. Curiosamente, junto ao time havia uma tripulante da República Tcheca, Ida Hrdlickova, que hoje mora em Tenerife na Espanha e estreou na tradicional competição brasileira com o prazer da vitória.

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Já o resultado separado por classes mostra o veleiro Grug de Marcos Pereira como 1º lugar na RGS, Felci Uno, do Iate Clube dos Jangadeiros foi campeão da ORC, o paulista Rudá ficou com o 1º lugar da IRC e o Daddy-O, de Zé Carlos Chrispin, foi campeão na Mini Transat. Neste ano, os resultados da regata contarão pontos para o Circuito Rio (ICRJ) e para o Campeonato Brasileiro de ORC e IRC (ABVO), que terão regatas até domingo, 4 de novembro.

Mesmo sem quebra de recorde, mas bem próximo do tempo atual de 18 horas 9 minutos e 33 segundos que pertence ao veleiro Camiranga desde 2015, a competição organizada pelo Iate Clube de Santos e Iate Clube do Rio de Janeiro foi um sucesso entre os participantes e entusiastas da Vela de oceano que terão pela frente a cerimônia de premiação na próxima sexta-feira, 2 de novembro, às 20h no ICRJ.


Fonte – Isabela Campos – Iate Clube de Santos