Célio Furtado
*Economista e professor da Univali
celio.furtado@univali.br
Estamos diante de mais uma Eleição no Brasil, agora diante do segundo turno. Os brasileiros terão a oportunidade de fazer as suas escolhas para Governador e Presidente da República. Momento muito importante na vida de cada um de nós e, acredito que, chegada a hora da votação, a grande maioria das pessoas terão a convicção de suas escolhas, sempre movidos pelos interesses maiores e pelo bem comum. Evidentemente, não é uma escolha inteiramente racional, prevalece a força e eficácia da mídia, das propagandas e das diversas influências, inúmeras formas persuasivas de se atingir a meta do cada vez mais sofisticado Marketing Político. Não sou um cientista político e apenas mais um cidadão comum, um homem de 63 anos que deseja o melhor para a sua pátria.
Gosto dos temas econômicos e administrativos, áreas que trabalhei e ganhei honestamente o sustento para a minha família. Li, pensei, debati e escrevi muito sobre esses temas, interessado sobremaneira para que a nossa economia atinja patamares maiores de desenvolvimento sustentável, que reduza o dramático desemprego e que ofereça um horizonte mais promissor para a nossa juventude e infância. Que as pessoas não pensem em sair do Brasil para buscar oportunidades em outras nações, que criemos condições favoráveis ao empreendedorismo e que o brasileiro tenha interesse em inovar e prosperar aqui na “terrinha” natal, “abençoada por Deus”.
A economia brasileira enfrenta duas crises: uma quase estagnação de longo prazo e uma crise de curto prazo, definida por grave desajuste fiscal e uma recuperação muito lenta da economia, depois da forte recessão de 2014- 2016. Particularmente, sempre defendi o Presidente Temer, pela competência e coragem de tirar o país do “buraco”, conter a inflação, iniciar reformas corajosas e necessárias. A História certamente fará uma reinterpretação desse competente presidente.
Quando as reformas estavam acontecendo, vieram denúncias e diversas sabotagens, todas negadas e, culminando em uma paralisação dos caminhoneiros, algo ainda mal explicado, gerando um déficit desastroso ao já enfraquecido PIB, matando, de vez, as aspirações do atual governo. A paralisação de duas semanas possibilitou a consolidação de discursos golpistas, reacionários, saudosos do regime militar. Fortaleceu nas mentes pouco lidas de nossa recente história, negando coisas óbvias reconhecidas nacional e internacionalmente: os graves atentados contra os direitos humanos que aconteceram durante a Ditadura Militar. Torturas, desaparecimentos, cassações, exílios, censura.
Tudo isso foi apagado, como se vivêssemos o mundo de 1984, de George Orwell. Um cenário parecido com a eleição do Collor, o “ caçador de marajás”, um pilantra, um enganador que iludiu milhares de alucinados seguidores e que deu em nada: confisco das poupanças, retrocessos e crise institucional que só não se consolidou graças a um outro grande homem público brasileiro : Itamar Franco. Nomes como Leonel Brizola, Mario Covas, Aureliano Chaves, Roberto Freire, Ulisses Guimarães foram colocados de “escanteio”, gerando uma falsa bipolarização: “Collor contra Lula”. Hoje, “Bolsonaro X Lula”, a História se repete, “quem viver, verá”. Poderíamos ter opções melhores, sabemos, porém, que a “voz do povo é a voz de Deus”.
Célio Furtado, nascido em 1955/ Professor da Univali/ Formado em Engenharia de Produção na Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Mestre Engenharia de Produção/ Coppe/Ufrj/trabalhou no Sebrae Santa Catarina e Rio de Janeiro. Consultor de Empresa/ Comunicador da Rádio Conceição FM 105.9/ celio.furtado@univali.br