Leg 8 from Itajai to Newport – Velocidade versus algas na oitava etapa da Volvo Ocean Race

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 Leg 8 from Itajai to Newport, day 10 on board Sun Hung Kai/Scallywag. Seaweed on Scallywag. 01 May, 2018/ Rich Edwards/Volvo Ocean Race
Leg 8 from Itajai to Newport, day 10 on board Sun Hung Kai/Scallywag. Seaweed on Scallywag. 01 May, 2018/ Rich Edwards/Volvo Ocean Race

Barcos sobem o Atlântico rumo a Newport e se deparam com o chamado Mar de Sargaços. Apesar das algas marinhas agarrando na quilha, equipes conseguem boa velocidade na disputa.

As equipes que disputam a oitava etapa da Volvo Ocean Race 2017-18 têm mais um desafio no Oceano Atlântico, além de encontrar as melhores rajadas: desviar das algas marinhas. O chamado Mar de Sargaços por conter espécies Sargassum impõe dificuldades aos barcos, que perdem velocidade. Essa faixa vai do Caribe à costa sul dos Estados Unidos.
Os sargaços têm criado problemas para os marinheiros desde os tempos de Cristóvão Colombo e agora, mais de 500 anos depois, continua atrapalhando os melhores velejadores do mundo na Volvo Ocean Race. A alga pode grudar na quilha ou no leme e reduzir a velocidade da embarcação.

Leg 8 from Itajai to Newport, day 10 on board MAPFRE, lots of seaweed decided to stay in the boat. 01 May, 2018.. 01 May, 2018./Ugo Fonolla/Volvo Ocean Race
Leg 8 from Itajai to Newport, day 10 on board MAPFRE, lots of seaweed decided to stay in the boat. 01 May, 2018.. 01 May, 2018./Ugo Fonolla/Volvo Ocean Race

“É muito chato, porque podemos ver como a velocidade do barco diminui, e às vezes até perde a direção. O leme está cheio de algas e não permite que navegue normalmente”, explicou o espanhol Pablo Arrarte, do MAPFRE.
“Há algas em todo o lugar e elas cheiram”, disse o tripulante Alex Gough, do Sun Hung Kai / Scallywag. ”Embora não tenhamos certeza se é a alga marinha ou o Nipper (Ben Piggott)!!”

Brincadeiras a parte, a perna tem liderança provisória nesta quarta-feira (2) do Team Brunel, seguido por Dongfeng Race Team, mais de 17 milhas náuticas atrás. Apesar das algas, os barcos da frente conseguiram andar bem nas últimas 24 horas.

Líder na semana passada, o Turn The Tide On Plastic vê Brunel e Dongfeng mais a norte. Eles tentam a primeira vitória na regata.
“É uma abundância de erva daninha sargassum”, disse a comandante Dee Caffari. ”O barco parece mais um jardim agora com arbustos verdes em toda parte. A gente tenta controlar o barco, mas tem hora que não dá”.
Traçando uma linha horizontal, a flotilha está na altura de Trinidad e Tobago. Mas bem longe da costa! Os próximos desafios no Atlântico Norte e as ilhas do Caribe.

Faltam 2.200 milhas náuticas para o fim da oitava etapa. Os barcos devem percorrer ao todo 5.70 milhas náuticas da brasileira Itajaí (SC) até Newport (Estados Unidos).
A previsão de chegada está em 8 de maio.

Volvo Ocean Race
A Volvo Ocean Race começou em 1973 com o nome de Whitbread Round the World Race. Durante as 12 edições e mais de 40 anos de história, o evento estabeleceu uma grande reputação como a principal regata oceânica do mundo e uma das provas mais difíceis do planeta.
Sete times com velejadores profissionais participam deste edição, incluindo a campeã olímpica Martine Grael. Outros três velejadores portugueses fazem parte do evento.
Serão 12 cidades-sede, com Brasil e Portugal como paradas estratégicas. Os barcos já estão velejando. Serão 45 mil milhas náuticas pelos mares do mundo. A rota passará três vezes mais pelos mares do sul em relação à edição passada.
Os barcos são os Volvo Ocean 65 one-design. É a segunda vez consecutiva que o veleiro será usado no evento. O monocasco de 65 pés (19,8 metros) é igual para todos e pronto para velejar.



Fonte – Flávio Perez