Náutica – São Paulo -Copa de Vela do Yacht Club Paulista aquece inverno na Represa Guarapiranga

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Classe Laser na raia /Douglas Moreira / Fisheye Image
Classe Laser na raia /Douglas Moreira / Fisheye Image

O frio do fim de semana (5 e 6/8) em São Paulo não impediu que mais de 100 velejadores em 75 barcos disputassem as regatas da 8ª Etapa

A 8ª Etapa da Copa Paulista, organizada pelo Yacht Club Paulista (YCP), movimentou a Represa Guarapiranga neste fim e ajudou mais de 100 velejadores em 75 embarcações a enfrentar o frio de São Paulo (SP). Divididas em duas raias, 11 classes correram até quatro regatas impulsionadas pelo vento sueste entre 8 e 12 nós, sob temperatura de 14°C. A nona etapa está prevista para Santos, nos dias 2 e 3 de setembro.

Optimist: futuro da vela /Douglas Moreira / Fisheye Image
Optimist: futuro da vela /Douglas Moreira / Fisheye Image

As classes mais numerosas foram: Optimist, com 25 barcos; Snipe, com 21 e Laser, com 11 participantes. Vencedor na categoria mista da Snipe na sétima etapa ao lado da esposa Gisele, Jonas Chorociejus afirmou que a classe passa por momento especial. “Estamos revivendo os tempos gloriosos da Snipe na Guarapiranga. Além da quantidade de barcos, a competitividade nos motiva a cada regata”, disse o velejador do YCP.

A intensa movimentação da classe no YCP, serviu inclusive como incentivo para as mulheres, que há dois anos criaram o grupo Divas da Snipe, tornando-se assíduas frequentadoras das raias da Guarapiranga. “Devido à sincronia entre velejadores e a direção da classe, cada dia mais presente e ativa, estamos resgatando as décadas de 1970 e 80, quando a Snipe dominava a represa. É um dos barcos mais populares no Brasil e no mundo por oferecer alto rendimento a custo reduzido”, justificou Chorociejus.

A classe Optimist, porta de entrada para a vela, vem recebendo atenção particular na Copa Paulista pela missão de formar esportistas, o que tem motivado pais e filhos. Depois de receber a medalha de ouro da etapa anterior, Pedro Iglesias falou sobre a opção. “Gosto de velejar porque me inspira. Eu quero ser velejador e talvez ir para a Olimpíada. A vela também me ajuda a desestressar na escola”, contou o velejador de 11 anos, representante do Yacht Club Santo Amaro (YCSA).

Meditar e velejar – O palestrante Kalim Zappa apresentou aos velejadores, técnicas de Mindfulness (atenção plena), técnica de meditação que propõe a integração da mente, corpo e ambiente. “Pude sentir uma ressonância de energias positivas no YCP. Foi motivador o pedido dos velejadores para novas atividades de Mindfulness no clube”, avaliou o instrutor formado pela Oneness University, da Índia e pela Santa Fé University of Arts and Design, dos Estados Unidos.

Após a palestra, a velejadora Geórgia Bruder, filha do tricampeão mundial de Finn, Joerg Bruder, interessou-se pelo novo método de autoconhecimento. “Sempre procurei meditar, mas não conhecia o Mindfulness. Nunca havia experimentado a sensação de sair um pouco de mim para sentir o campo ao meu redor. Pode ser aplicado antes das regatas”. Geórgia é integrante das Divas da Snipe e compete na Copa Paulista em dupla com Paola Prada Lorenzi, vice-comodoro do YCP.