- A partir de 8 de agosto, três dias depois da abertura oficial da Olimpíada, a Marina da Glória sediará as primeiras regatas dos Jogos Rio 2016, com um pano de fundo pra lá de especial.
- Marina da Glória, no Rio de Janeiro, recebeu as stopovers brasileiras de 2001-02, 2005-06 e 2008-09.
- 380 atletas olímpicos competem em 10 classes; Paralímpicos são 80
– A partir de 8 de agosto, três dias depois da abertura oficial da Olimpíada, a Marina da Glória sediará as primeiras regatas dos Jogos Rio 2016, com um pano de fundo pra lá de especial. As águas da Baía de Guanabara, Cristo Redentor, Pão de Açúcar e a Ponte Rio-Niterói são cartões-postais do Rio de Janeiro e fazem parte área de regata. Serão 380 atletas na disputa da vela olímpica, divididos em dez classes – cinco masculinas, quatro femininas e uma mista. Outros 80 atletas, de 22 países, competirão na vela paralímpica entre 12 e 17 de setembro. O tradicional local para eventos da modalidade já sediou três paradas brasileiras da Volvo Ocean Race nas edições de 2001-02, 2005-06 e 2008-09.
“As três paradas da Volvo Ocean Race na Marina da Glória marcaram o início de uma nova era na vela oceânica brasileira. O País já possuía uma forte tradição na modalidade, mas em barcos olímpicos e pequenos. Não tinha uma posição sólida na vela oceânica. O local teve de passar por diversas adaptações físicas para receber um evento desta magnitude, como dragagem, compras de guindastes de grande porte, sem contar que serviu de palco para os acabamentos finais no Brasil 1″, disse o medalhista olímpico em Seul 1988 e coordenador da Marina da Glória na Rio 2016, Nelson Falcão.
A história começou em 2002, quando a Marina da Glória, no Rio de Janeiro, recebeu os barcos vindos de Auckland, na Nova Zelândia. O vencedor da perna e também do campeonato foi o barco alemão Illbruck Challenge, comandando pelo medalhista olímpico norte-americano John Paul Kostecki.
Em 2006, o local recebeu seu maior público na regata na Marina da Glória, com 70 mil pessoas. A explicação para o sucesso era o barco da casa, o Brasil 1, comandado por Torben Grael, que terminou a etapa de Wellington (Nova Zelândia) até o Rio de Janeiro em quarto lugar, depois de um percurso de 6.700 milhas náuticas. Foi o primeiro e único veleiro nacional na história do evento de volta ao mundo. ”Esse público que nos acompanhou nos barcos e em terra, é algo que eu nunca tinha visto numa regata aqui no Rio de Janeiro”, contou Torben Grael, em entrevista após a chegada do Brasil 1 na Marina da Glória em 2006. Hoje, ele é coordenador técnico da equipe brasileira de vela. Os dois filhos do bicampeão olímpico também estarão na Rio 2016: Martina Grael (49erFx) e Marco Grael (49er).
Nelson Falcão também recordou a parada de 2006 com o Brasil 1 e principalmente sua partida para o porto seguinte. “Batemos recorde de embarcações na Baía de Guanabara, segundo a Capitania dos Portos. Nunca antes houve uma festa de tamanha beleza”.
Em março de 2009, a Marina da Glória foi parada dos barcos vindos da China, mais precisamente de Qingdao (curiosamente também foi palco das regatas olímpicas de Pequim 2008). O vencedor do percurso de 12.000 milhas náuticas foi o sueco Ericsson 3, seguido pelo compatriota Ericsson 4, que tinha o brasileiro Torben Grael como comandante. ”A Marina recebeu depois da mais longa perna da regata. Tive a honra e o prazer de dar a chegada ao vencedor Ericsson 3, comandado pelo Magnus Olsson, que viria a falecer anos depois e fez um verdadeiro carnaval no Rio depois de 40 dias no mar”, disse Murillo Novaes, especialista em vela e locutor oficial da etapa brasileira na época.
Depois de três edições consecutivas, a sede da América do Sul passou do Rio de Janeiro para Itajaí, em Santa Catarina, que recebeu a parada em 2012 e 2015. Itajaí também estará na Volvo Ocean Race 2017-18, a mais longa da história do evento de volta ao mundo, com aproximadamente 45.000 milhas náuticas, cruzando quatro oceanos, cinco continentes visitados e 11 grandes cidades.