🌊 Emoção e tensão dominam a segunda etapa da The Ocean Race Europe
A segunda etapa da The Ocean Race Europe mal começou e já entrega tudo o que prometeu: tensão, exaustão e uma disputa acirrada entre os veleiros na Baía de Biscaia. A menos de cinco milhas de distância entre os cinco primeiros colocados, nenhuma equipe conseguiu se destacar enquanto se aproximam do Cabo Finisterra.
Após o reinício da regata próximo a Ushant, onde a maré e os ventos fracos comprimiram a frota em poucas milhas, a competição se transformou em um verdadeiro teste de velocidade. Com mar calmo e ventos leves a moderados, os velejadores enfrentam horas de ajustes finos e manobras manuais, sempre com os adversários à vista.
“É praticamente uma linha reta, então o foco está todo na configuração do barco e na velocidade,” comentou Francesca Clapcich, co-skipper da Team Malizia. “Essa parte poderia ter sido muito mais dolorosa, então estamos felizes com o resultado!”
A disputa pela liderança segue acirrada. Team Holcim PRB e Biotherm trocam posições constantemente desde a tarde anterior, enquanto Team Malizia, Canada Ocean Racing – Be Water Positive e Paprec Arkéa seguem logo atrás, prontos para atacar.
“Foi gratificante ver que nossa escolha em Ushant nos manteve na disputa,” disse Sébastien Marsset, da equipe canadense. “Depois disso, conseguimos competir de verdade e manter contato. Está sendo muito divertido!”
Biotherm, que lidera na pontuação geral, enfrenta forte pressão da Holcim PRB. “A frota está muito próxima e ainda há muito jogo pela frente,” afirmou Paul Meilhat, skipper da Biotherm. “Conseguimos uma pequena vantagem à noite, mas os ventos caíram e a Holcim PRB aproveitou.”
Rosalin Kuiper, da Holcim PRB, reforça: “Cada minuto conta aqui – não há espaço para erros. A Biotherm é rápida e difícil de acompanhar. Os barcos são muito semelhantes, então a competição é apertada.”
Alan Roberts, também da Holcim PRB, descreveu a travessia como um teste de precisão: “O vento varia um pouco, mas o mar está plano. Estamos ajustando todos os detalhes possíveis para ganhar velocidade. É divertido quando somos os mais rápidos, mas frustrante quando não somos.”
Na Biotherm, Amélie Grassi viveu um duelo pessoal com Roberts, seu marido e rival na Holcim PRB: “Trabalhei metade do tempo e dormi na outra. Pela manhã ele me ultrapassou, mas no fim do dia eu ultrapassei ele de volta. Foi um ótimo dia!”
Enquanto os líderes seguem colados, a Allagrande Mapei decidiu arriscar. A equipe se separou da frota nesta manhã, realizando uma manobra antecipada para tentar alcançar ventos mais fortes em Finisterra. “Há vento em todo lugar, menos exatamente no Cabo Finisterra,” resumiu o co-skipper Thomas Ruyant.
A estratégia os deixou fora de sincronia com o grupo da frente — uma aposta que só valerá se os ventos fracos prenderem os demais. “Não há muitas opções no final do percurso,” disse Ruyant. “Talvez tenhamos que esperar pela segunda parte da etapa.”
⛵ A previsão é que a frota contorne Finisterra no fim da tarde e siga rumo a Porto-Matosinhos, onde ocorrerá o fly-by da etapa. Lá, os barcos cruzarão um portão de pontuação, recebendo sete pontos para o primeiro lugar, seis para o segundo, e assim por diante — pontuação equivalente à da primeira etapa. Após isso, todos serão retidos por três horas antes de reiniciar a corrida rumo a Cartagena.
“À medida que nos aproximamos de Finisterra, os ventos entre a costa e a TSS devem ser complicados,” alertou Meilhat. “Muita coisa pode mudar nas próximas horas.”
As próximas 24 horas serão decisivas para o restante da etapa rumo ao Mediterrâneo. Com pontuação em jogo, ventos leves e uma frota compacta, ninguém pode se dar ao luxo de relaxar.
“Às vezes, as paradas não ajudam a descansar, porque são curtas demais!” brincou Jack Bouttell, da Biotherm. “Mas isso faz parte do jogo.”
📺 A cobert completa da regata está disponível em www.theoceanrace.com e nas plataformas da Warner Bros. Discovery: Eurosport, TNT Sports, HBO Max e Discovery+.