Brasileiros projetam regatas ‘bem pegadas’ na decisão dos Jogos Sul-Americanos

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O segundo dia de regatas dos Jogos Sul-Americanos 2022 foi realizado nesta segunda-feira (3) em Encarnación, no Paraguai. As provas foram marcadas pelo equilíbrio em praticamente todas as classes que integram o evento continental. O campeonato é de tiro curto e será concluído na quinta-feira (6).

A Equipe Brasileira de Vela conta com oito atletas em sete classes e está na zona de medalha em quatro delas. As regatas desta segunda-feira (3) no Rio Paraná começaram com ventos na direção sul de até 14 nós no início da tarde e caiu até 7 no fim. As condições para terça-feira (4) são de ventos mais fracos.

Na Sunfish, a carioca Gabriella Kidd se manteve na segunda colocação do geral somando 8 pontos. A liderança agora é da argentina Sofia D’agostino com 7. A categoria tem apenas um descarte do pior resultado. Na versão masculina, Erick Carpes segue em sexto lugar. O atleta gaúcho teve um problema na ferragem do leme e não conseguiu completar a primeira do dia.

”Ontem foi um dia de vento mais fraco, o que era esperado. Me surpreendi com o segundo lugar, já que a maioria das atletas do Sunfish é bem levinha. Hoje o vento começou acima do normal e foi caindo aos poucos. Tem bastante água pra rolar ainda com várias condições diferentes de vento”, disse Gabriella Kidd.

No Snipe, José Irineu e Giovana Simas subiram da quinta para a segunda colocação no segundo dia de provas. A dupla mista venceu uma regata e terminou a outra em segundo. Os dois estão atrás apenas dos uruguaios Ricardo Fabini e Carolina Valéria Rodrigues.

O catarinense José Irineu disse que a programação está bem apertada, com os velejadores chegando às 10h no local das provas e ficando na água das 12h às 17h.

”As regatas estão bem pegadas e os dias estão sendo bem longos! Vai ter ventos de outras direções nos próximos dias, então vai mudar. Cada vez mais o campeonato vai se afunilando e será assim até o último dia”, explicou José Irineu.

A Equipe Brasileira de Vela teve a estreia dos dois atletas da IQFoil. A paulista Giovanna Prada está em segundo no geral e o gaúcho Guilherme Plentz em terceiro. Foram quatro regatas para as pranchas e já contou o primeiro descarte do pior resultado.

Na ILCA, Isadora Dal Ri está em quinto após três regatas ao todo. Na mesma categoria, Felipe Fraquelli subiu para quarto e está empatado em pontos com o terceiro colocado. A entrada do descarte na terça-feira (4) deve mudar a tabela nesta classe.

”O dia surpreendeu com bastante vento e ótimas condições. Os atletas estão evoluindo e próximos da medalha em algumas classes. Eles estão começando a se soltar um pouquinho. O apoio da CBVela e do COB é fundamental aqui”, falou Walter Böddener, chefe de equipe.

O time recebeu a visita do presidente da CBVela, Marco Aurélio de Sá Ribeiro, e do vice-presidente do COB, Marco Antonio Laporta.

A jovem equipe brasileira tem velejadores de 16 a 25 anos e poderá ajudar o Time Brasil no quadro geral de medalhas com sete pódios. Os Jogos Sul-Americanos levam 467 atletas de 45 modalidades na briga por medalhas.

Parte do grupo nos Jogos Sul-Americanos do Paraguai integrou os treinamentos do Núcleo de Base para a modalidade vela, programa da Confederação Brasileira de Vela – CBVela com a Secretaria Especial do Esporte e a Secretaria de Especial do Alto Rendimento – SNEAR do Ministério da Cidadania.

Sede da Rio 2016 e de outros grandes eventos da vela, a Marina da Glória, na capital fluminense, recebeu adolescentes entre 13 e 17 anos durante o ano para treinos visando eventos nacionais e internacionais da Vela Jovem. Outros campings de treinamento foram realizados no Clube Naval Charitas, em Niterói (RJ).

O projeto, que entrou em vigor em dezembro de 2021, pretende que os jovens atletas se aperfeiçoem na modalidade, com o propósito de levá-los ao alto-rendimento, incluindo participações em classes olímpicas e pan-americanas.

Sobre a CBVela

A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.