As bicampeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze lideram o ranking mundial de vela da SSL – Star Sailors League. As atletas acabaram de conquistar pela segunda vez o Europeu de 49er FX em Aarhus, na Dinamarca. Foi o terceiro pódio em eventos de ponta no velho continente na temporada, somando o ouro da Semana Olímpica de Hyères, na França, e a prata na 51ª edição do Troféu S.A.R Princesa Sofía, em Palma de Maiorca, na Espanha.
Martine Grael é atualmente considerada a melhor velejadora do mundo, com 9188 pontos, na frente da dinamarquesa Anne-Marie Rindon, com 8982, e da britânica Hannah Mills, com 7650. A atleta estava em segundo lugar na aferição anterior, passando a competidora da Dinamarca.
Somando o ranking global, ou seja, homens e mulheres na mesma lista, Martine Grael está em terceiro lugar, atrás do croata Tonci Stepanovic e do neozelandês Peter Burling. Já Kahena Kunze é a segunda do ranking mundial atrás apenas do neozelandês Blair Tuke.
No ranking feminino das proeiras, Kahena Kunze é a líder, seguida por Anna Bunet, da Grã-Bretanha. O próximo desafio de Martine e Kahena será o Campeonato Mundial de 49erFX em Nova Scotia, no Canadá, no mês de agosto.
”A temporada 2022 de Martine e Kahena é sensacional, elas mantiveram o alto-nível desde Tóquio 2022 investindo em treinamento e competições no exterior. Elas são peças fundamentais na seleção brasileira de vela na busca pelo título mundial em novembro”, disse Bruno Prada, CEO do SSL Team Brazil na Gold Cup.
No masculino, o melhor brasileiro entre os proeiros é Mário Trindade na posição 57. Entre os timoneiros, o destaque fica para Henrique Haddad, na 47ª posição. O velejador com duas participações olímpicas acabou de timonear o barco Mamão na conquista do Mundial da classe ClubSwan36 em Valência, na Espanha.
Além de Henrique Haddad, outros quatro brasileiro estavam a bordo do Mamão, com destaque para Kiko Pelicanno, medalhista olímpico em Atlanta 96 e integrante do Brasil 1 na The Ocean Race 2005-06. Outro nome no ClubSwan 36 foi Guilherme Hamelmann, medalhista pan-americano e treinador em Tóquio 2020. Os outros brasileiros foram Fernando Sesto e Alisson Santiago. O canadense Ross MacDonald e o norueguês Haakon Lorentzen estavam no time.
Henrique Haddad, Mário Trindade, Martine Grael e Kahena Kunze fazem parte do SSL Team Brasil, equipe verde-e-amarela na SSL Gold Cup 2022. Os velejadores serão liderados pelo multicampeão Robert Scheidt, dono de cinco medalhas olímpicas e capitão da equipe. O CEO do SSL Team Brazil é Bruno Prada, que tem duas medalhas olímpicas ao lado de Scheidt na classe Star: uma prata em Pequim 2008 e um bronze em Londres 2012.
Já classificado para as oitavas-de-final, o Brasil voltará a treinar na Suíça em agosto com equipe completa. O barco disputou um dos eventos-teste e ficou em segundo lugar, só perdendo a regata final para a Croácia no ano passado.
Última seletiva
A última seletiva da SSL Gold Finals, a Copa do Mundo da Vela, começa nesta quinta-feira (14) e definirá as últimas quatro vagas para as finais do Bahrein 2022, que começam no fim de outubro. No grupo 7 estão China, Índia, Malásia e África do Sul. Já no Grupo 8 correm Coreia do Sul, Singapura, Tailândia e Ucrânia. Apenas dois países avançam por chave. As regatas serão no Lago Neuchâtel, na Suíça, e vão até o domingo (17).
A SSL Gold Cup 2022 começou no dia 19 de maio com as eliminatórias no mesmo Lago Neuchatel. Todas as nações classificadas do Top 25 ao 56 no Ranking da SSL Nations (com base nos números de janeiro de 2022) se enfrentarão em oito grupos de quatro equipes cada. Serão cinco etapas, ou rodadas, até 17 de julho. A Série Final de 28 de outubro a 20 de novembro de 2022, no Bahrein.
Como a Copa do Mundo da Fifa, a SSL GOLD CUP oferece um desafio singular com oportunidades iguais para todas as 40 equipes, que correm exatamente no mesmo barco, o SSL 47, um veleiro de alto- desempenho de 14 metros, entregue pela organização.
Além do chamado Brazilian Storm, apelido dado à equipe brasileira, a SSL Gold Cup terá os melhores velejadores do mundo como Ian Williams e Sir Ben Ainslie (SSL Team GBR), Tom Slingsby (SSL Team Austrália), Anne-Marie Rindom (Dinamarca), Xavier Rohart (SSL Team França), Taylor Canfield (SSL Team EUA) e outros mais.
Diferentemente do que ocorre nos Jogos Olímpicos, em que a medal race (regata da medalha) premia o barco mais regular levando em conta os resultados das regatas anteriores, vencerá a SSL Gold Cup a equipe que correr mais rápido na hora da decisão. Os países serão eliminados fase a fase até a Grande Final, com apenas quatro seleções. O troféu será organizado a cada quatro anos pela Sailing Athletes Foundation (SAF).
Confira os países em disputa no Qualificatório da SSL Gold Cup em: https://goldcup.starsailors.com/schedule/
Sobre a SSL Gold Cup
A SSL Gold Cup reunirá 56 nações entre os membros da World Sailing para coroar a melhor nação da vela a cada dois anos. Em um esporte mecânico em que a corrida pela tecnologia pode atrapalhar a corrida pela glória, a SSL busca uma competição igualitária, em que o talento dos velejadores está na vanguarda, e os campeões se tornam heróis inspiradores de novas gerações. A SSL é um evento especial da World Sailing desde 2017.
Como na Copa do Mundo de futebol, as primeiras rodadas de qualificação selecionam os times que avançam para as fases eliminatórias. Todas as regatas são disputadas com flotilhas de quatro barcos em cada, até as quartas de final. As equipes serão colocadas em chaves, com os oito primeiros colocados garantidos nas quartas-de-final.
Duas flotilhas de quatro competem nas quartas-de-final para selecionar as quatro equipes que participam da única regata da Grande Final. O vencedor da Grande Final será coroado como a Melhor Nação da Vela. A SSL criou um formato inovador. E os fogos de artifício ao final do evento prometem dar um desfecho dramático para esta incrível competição global.
Mais informações em https://goldcup.starsailors.com/