A 68ª edição do tradicional Campeonato Paulista da Classe Snipe será realizado neste final de semana, nas águas da Represa de Guarapiranga, em São Paulo (SP). O evento tem como sede o Yacht Club Paulista e as provas serão realizadas dos dias 30 de outubro a 1º de novembro. O mesmo local recebeu recentemente o Mundial Feminino 2021 da categoria, confirmando o Brasil como uma das maiores potências da classe no mundo.
O clima entre os organizadores esse ano é de retomada. Após as dificuldades enfrentadas por todos durante a pandemia, a sensação é de recomeço com o avanço da vacinação e o retorno das atividades na modalidade.
Já são 70 barcos inscritos para participarem dos três dias de regatas previstos pela organização do campeonato. Os percursos serão os oficiais da classe Snipe: Barla-Sota, Olímpico e Triangular, com chegada em contravento ou em traves.
”Até o momento tudo está correndo bem, os preparativos estão em dia! Da nossa parte da organização, a nossa expectativa é muito mais burocrática do que esportiva. Esperamos que tudo corra bem, que a represa esteja com profundidade ideal para todo mundo sair de suas rampas, que os velejadores venham e a crise econômica não afete a participação deles”, disse Alonso López, coordenador da classe Snipe em São Paulo.
A mescla de gerações e biotipos atléticos, marcante da classe snipe, também será vista nessa edição do Campeonato Paulista.
Nas raias da Represa de Guarapiranga, nomes experientes como dos velejadores Renè Hormazabal, Fredi Hackerott e Manfred “Fips” Kaufmann vão disputar regatas ao lado de atletas menos experientes, como o caso do jovem Enrico Cavallari Cirillo, o mais novo entre os atletas com apenas 8 anos, que veleja na proa do pai, Paulo Iakowski.
”Entender essa diversidade que tem na classe snipe é importante para valorizar e potencializar a modalidade, deixando sempre as disputas ativas, numerosas, divertidas e competitivas”
Para isso, estão previstas diversas premiações durante essa edição do Campeonato Paulista, não apenas para a categoria geral, mas também nas categorias prata, bronze, feminina, júnior, mista e master.
“Então a mesma disputa que tem no pelotão da frente e do meio, tem no pelotão da turma de trás. Eles chegam com a faca nos dentes e isso torna o campeonato muito divertido”, observou Alonso.
Outro ponto a ser comemorado nessa edição do evento é a boa adesão de velejadores de outros estados e regiões. Estarão presentes na capital paulista para a disputa atletas do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Santos (SP), Ilhabela (SP), entre outros lugares espalhados por todo o Brasil.
Alonso López explicou que o grande número de barcos presentes nas raias faz com que os velejadores queiram participar do tradicional campeonato, que se torna mais competitivo.
”Esse grande volume de velejadores que a classe Snipe tem em São Paulo permite que nossos campeonatos se tornem mais atrativos justamente pela boa presença de barcos participando. Nos últimos quatro anos, os nossos campeonatos estão quase com o mesmo tamanho em quantidade do Campeonato Brasileiro de Snipe”, avalia. “Tem sido muito bacana receber velejadores do sul, do norte e outros estados em geral. É possível fazer uma troca e um intercâmbio muito positivo”.
Sobre o barco
Classe: Snipe Class International Racing Association
Nº de tripulantes: 2
Designer: William Crosby
Material do casco: madeira ou fibra de vidro
Ano do primeiro projeto: 1931
Comprimento do casco: 4,7 m
Quantidade de vela: 2 (mestra e buja)
Peso do barco: 173 kg
Foto: Will Carrara