Modelo de negócio estará pela primeira vez no São Paulo Boat Show, e o público poderá adquirir barcos e lanchas por meio de cotas
Imagine dividir um carro ou imóvel entre sócios, onde cada um possui uma porcentagem do bem em questão. O compartilhamento de bens tem se tornado uma tendência, sobretudo em propriedades de alto valor agregado, e não tem sido diferente no setor náutico. “Nesse modelo de negócio, o comprador tem a oportunidade de adquirir ¼ da embarcação dos seus sonhos, investindo apenas 25% do valor total”, comenta Andresa Negherbon, sócia e CEO da Prime Share, empresa pioneira no Brasil a realizar vendas e administrar embarcações nesse perfil.
E neste ano, o público que passar pelo São Paulo Boat Show, que acontecerá entre os dias 04 e 09 de novembro, terá a oportunidade de conhecer mais detalhes de como ser cotista em uma embarcação. Será a primeira vez que empresas como Prime Share, BoatLux e Iate Marines, especializadas nesse segmento, participam da maior feira náutica indoor da América Latina.
Na prática, em uma comparação cotidiana, o compartilhamento de embarcações funciona como um condomínio, no qual as pessoas usufruem da mesma estrutura, benefícios e responsabilidades ao serem cotistas de uma parte daquele terreno. Aqui, barcos e lanchas são divididos entre um determinado número de pessoas, todas proprietárias do bem. Assim, tudo o que se refere à propriedade, desde dias e horários de utilização até custos com serviços e manutenções são repartidos entre os donos, por meio de comunicados e até votações, dependendo do modelo de administração.
Na Prime Share, o perfil de compradores é composto por 95% de famílias e pessoas acima de 30 anos. Num movimento crescente, só em 2020, em meio a pandemia, a empresa registrou um incremento de 35% nas vendas de embarcações compartilhadas em comparação a 2019.
Com todos os tramites realizados de forma digital pelas administradoras, a grande maioria dos cotistas não se conhecem e preferem se manter anônimos. A garantia do negócio é validada não só com um contrato, mas também por meio de um documento oficial da embarcação, emitido pela capitania dos portos, em nome dos proprietários.
“A economia compartilhada começa a fazer cada vez mais parte do nosso presente e será o futuro. Desde que iniciamos esse modelo no Brasil, notamos que, ao dividir a propriedade, os clientes começaram até a utilizar e se interessar ainda mais por suas embarcações”, diz Andresa. A aquisição fracionada tem possibilitado histórias de pessoas que iniciaram no universo náutico com barcos de 21 pés e hoje possuem lanchas de 40 pés – uma média de 6 embarcações entre um modelo e outro, uma prática parecida e geralmente realizada por quem troca de carro de tempos em tempos, por exemplo.
Além dessa, diversas outras iniciativas, novidades, lançamentos e inovações do mercado náuticos serão destaque no São Paulo Boat Show 2021.