– Catarinense e mais sete brasileiros se classificaram nesta terça-feira
– Peruana Daniella Rosas vence bateria eliminando a líder do ranking
– Summer e Dominic também passam pela primeira fase em Hossegor
– Round 1 masculino continua às 8h da quarta-feira (3h no Brasil)
Depois de dois dias parado por falta de ondas, o WSL Challenger Series da França retornou nesta terça-feira com boas condições na praia Les Culs Nus, para realizar 22 baterias em Hossegor. Foram nove para fechar a primeira fase feminina e treze das 24 da rodada inicial masculina, com os surfistas da América do Sul se destacando nas duas competições. A peruana Daniella Rosas estreou no Roxy Pro vencendo a bateria que eliminou a líder do ranking, enquanto o catarinense Yago Dora fechou o dia fazendo o recorde de pontos no Quiksilver Pro France.
Dos 21 brasileiros que são maioria entre os 96 participantes, desta terceira etapa do WSL Challenger Series 2021, 12 competiram em nove das 13 baterias disputadas nesta terça-feira, com oito passando para a segunda fase. Os outros nove estão divididos em cinco dos 11 confrontos da rodada inicial do Quiksilver Pro, que ficaram para abrir a quarta-feira, às 8 horas na França, 3 horas da madrugada no Brasil, ao vivo pelo WorldSurfLeague.com.
O único brasileiro que está no grupo dos 12 surfistas que o ranking do Challenger Series vai classificar para completar a elite dos top-34 do World Surf League Championship Tour 2022, é o saquaremense João Chianca. Ele estreará na primeira bateria da quarta-feira, junto com o catarinense Mateus Herdy, o americano Cole Houshmand que também está no G-12 e o japonês Shuji Nishi. A expectativa é de que o dia comece com uma dobradinha verde-amarela, como as duas que aconteceram nesta terça-feira, em Hossegor.
O top do CT já garantido na “seleção brasileira da WSL” em 2022, Yago Dora, ganhou a segunda delas usando os aéreos para fechar o dia com um recorde de 15,57 pontos no Quiksilver Pro France. A primeira onda que pegou, abriu uma parede lisa que formou a rampa para voar alto e fazer a rotação completa no ar. Os juízes deram nota 8,17 nesta única manobra. Na segunda esquerda que surfou, repetiu o aéreo full rotation de frontside, para somar 7,40 e aumentar para 15,57, o recorde de 15,07 pontos do francês Marco Mignot.
“As ondas não estavam muito cavadas, então fiquei procurando as mais rápidas que estavam abrindo legal e, eu sabia que iria receber notas boas, se acertasse os aéreos”, contou Yago Dora, que não participou das duas primeiras etapas do WSL Challenger Series. “Na verdade, eu já entrei preparado para surfar as esquerdas, mas sabendo que ali o Sol ficava bem na cara dos juízes e eles poderiam não ver direito. Mas, as ondas estavam muito boas, então decidi soltar as manobras e foi como se eu estivesse num freesurf, me divertindo.”
Enquanto Yago Dora está tranquilo, já garantido no CT de 2022, o outro brasileiro da bateria está na briga direta por uma vaga no WSL Challenger Series. O carioca Lucas Silveira entrou no G-12 no US Open of Surfing, mas saiu da lista no MEO Vissla Pro Ericeira em Portugal. Ele tenta retomar seu lugar e apostou nas direitas de Les Culs Nus, para buscar sua classificação. Lucas começou bem, com nota 6,67 manobrando forte de frontside e atingiu 12,54 pontos com o 5,87 da última que surfou, superando os 9,87 do espanhol Andy Criere e 8,60 do francês Kauli Vaast.
Dobradinha paulista – A outra única vitória brasileira foi conquistada por Marcos Correa, também numa classificação dupla na dobradinha paulista com Thiago Camarão. Marcos escolheu boas esquerdas para mostrar a potência do seu frontside e liderou toda a bateria, somando notas 6,60 e 7,27 em duas ondas seguidas. Camarão tinha só um 5,67, mas os outros surfistas da bateria também não conseguiam notas altas.
“Consegui pegar duas ondas boas nessa minha primeira bateria em Hossegor e estou muito feliz por ter avançado para a próxima fase”, disse Marcos Correa. “As condições mudaram muito, em relação aos outros dias. O mar subiu e as ondas estão quebrando com pressão em cima da areia, então está até meio perigoso pra finalizar ali. Agora meu foco já é para a próxima bateria. A minha prancha está mágica e quero agradecer todo mundo que está assistindo no Brasil, meus patrocinadores, amigos e família. Valeu e vamos pra próxima.”
Dos dois brasileiros, Thiago era quem estava bem perto do G-12 e precisava se classificar, buscava 4,23 pontos para isso e falhou numa onda que pegou faltando 3 minutos. Mas, no último entrou outra para ele e arriscou tudo num batidão vertical de backside. Os juízes deram 4,43 e Camarão tirou o segundo lugar do francês Gaspard Larsonneur por 10,10 a 9,90 pontos. O norte-americano Patrick Gudauskas ficou em último, com 7,36 nas duas notas.
Avançando em segundo – Ainda teve mais uma bateria com participação dupla do Brasil, mas nessa o marroquino Ramzi Boukhiam foi melhor para vencer e Edgard Groggia ganhou de Ian Gouveia a disputa pela segunda vaga. Além de Edgard, Lucas Silveira e Thiago Camarão, também avançaram em segundo lugar nas suas baterias, Jessé Mendes e dois tops do CT 2021 que tentam garantir suas permanências na “seleção brasileira” pelo WSL Challenger Series, Caio Ibelli e Alex Ribeiro. O peruano Lucca Mesinas também passou em segundo e está na porta de entrada para o CT 2022, em 13º lugar na lista dos que se classificam para a elite.
Outro peruano está bem próximo do G-12, Alonso Correa em 14º lugar, seguido por Thiago Camarão em 15º e Alejo Muniz em 17º, isso sem contar os três já garantidos no CT 2022 que estão a frente deles no ranking, Griffin Colapinto (EUA), Kanoa Igarashi (JPN) e Leonardo Fioravanti (ITA). João Chianca é o penúltimo no G-12 e defenderá sua vaga na 14.a bateria, que vai abrir a quarta-feira na França. Alejo Muniz está na 19ª com mais dois brasileiros, Wiggolly Dantas, Victor Bernardo e o espanhol Aritz Aranburu. E Alonso Correa estreia na 22ª, junto ao brasileiro Samuel Pupo e dois havaianos, Eli Hanneman e Billy Kemper.
Barrando favoritas – Enquanto brasileiros e peruanos estão na briga direta por vagas para o CT 2022, na categoria feminina as sul-americanas estão bem distantes do grupo das seis indicadas pelo Challenger Series, para completar a elite das top-16 da World Surf League. Mas, elas se destacaram na terça-feira, barrando favoritas integrantes do G-6. O dia começou com a equatoriana Dominic Barona despachando a sensação havaiana, Bettylou Sakura Johnson, que estava em sétimo no ranking. A bateria foi vencida por Tia Blanco, de Porto Rico.
A peruana Daniella Rosas, que defendeu seu país na estreia do surfe nas Olimpíadas como Dominic, fez melhor ainda, venceu a bateria que eliminou a líder do ranking e vice-campeã das duas primeiras etapas do WSL Challenger Series. Ela conseguiu completar batidas verticais com seu backside nas esquerdas de Les Culs Nus, para totalizar 11,77 pontos com notas 6,17 e 5,60. A japonesa Sara Wakita passou em segundo com 10,23, contra 9,03 da havaiana Gabriela Bryan, que deve se manter na frente do ranking.
“A bateria foi difícil, porque todas as meninas estão surfando muito bem. Então, acredito que está pesado para todo mundo nesse evento e estou bem feliz por ter avançado”, disse Daniella Rosas, que chegou em cima da hora para competir na sua bateria. “Eu estava surfando no outro lado da praia e, quando cheguei na área do evento, vi que tinha duas baterias na água, então achei que tinha perdido a minha. Mas, a minha era a próxima e deu tudo certo. Agora vou descansar um pouco e me preparar para amanhã (quarta-feira).”
A peruana ganhou a 15ª e penúltima bateria da primeira fase do Roxy Pro France e, na última, quem surpreendeu foi a brasileira Summer Macedo. Ela enfrentou as vencedoras das duas etapas do WSL Challenger Series esse ano, que fazem parte do G-6. A norte-americana Caitlin Simmers, campeã do US Open of Surfing, surfou duas ondas boas para vencer por 13,80 pontos. A havaiana Luana Silva, que vinha de vitória em Portugal, domingo passado, tirou a maior nota, 8,00, porém, na soma das duas computadas, a brasileira levou a melhor por 12,93 a 12,67 pontos, computando 6,93 e 6,00.
A classificação de Summer Macedo salvou a pátria, pois no sábado (16) as duas outras brasileiras tinham perdido em suas estreias no Roxy Pro France. A vice-campeã mundial de 2021, Tatiana Weston-Webb, era a grande atração e terminou em terceiro lugar na primeira bateria, mesma posição de Silvana Lima no terceiro confronto do dia. No sábado, também caiu uma das seis surfistas do G-6, a espanhola Ariane Ochoa, que já perdeu sua vaga para a havaiana Coco Ho. Nesta terça-feira saíram a líder Gabriela Bryan e Luana Silva.
Vagas nas oitavas de final – As três sul-americanas classificadas, já vão disputar vagas para as oitavas de final do Roxy Pro France. A equatoriana Dominic Barona está na terceira bateria, com a norte-americana Alyssa Spencer e duas surfistas da Costa Rica, Leilani McGonagle e a vice-líder do ranking, Brisa Hennessy. A brasileira Summer Macedo entra na sétima e penúltima bateria dessa segunda fase, com a francesa Vahine Fierro, a portuguesa Teresa Bonvalot e a japonesa Sara Wakita. E a peruana Daniella Rosas disputa as duas últimas vagas para as oitavas de final com a americana Caitlin Simmers e duas australianas, Keely Andrew e Sophie McCulloch.
Transmissão ao vivo – O Quiksilver Pro e o ROXY Pro France estão sendo transmitidos ao vivo pelo WorldSurfLeague.com e pelo aplicativo da WSL, lembrando que o fuso horário é de 5 horas a mais do Brasil, então 8 horas na França são 3h00 da madrugada no Brasil. Esta terceira etapa do WSL Challenger Series 2021 é móvel e pode acontecer nas praias de Hossegor, Capbreton, Seignosse, Landes e Nouvelle-Aquitane.
BATERIAS DOS SUL-AMERICANOS NO QUIKSILVER PRO FRANCE:
PRIMEIRA FASE – 3.o=49.o lugar (US$ 775 e 400 pts) e 4.o=73.o lugar ($ 600 e 350 pts):
3.a: 1-Michael Dunphy (EUA), 2-Nolan Rapoza (EUA), 3-Michael Rodrigues (BRA), 4-Oney Anwar (IDN)
4.a: 1-Maxime Huscenot (FRA), 2-Alex Ribeiro (BRA), 3-Tristan Guilbaud (FRA), 4-Justin Becret (FRA)
5.a: 1-Connor O’Leary (AUS), 2-Rio Waida (IDN), 3-Slade Prestwich (AFR), 4-Rafael Teixeira (BRA)
6.a: 1-Callum Robson (AUS), 2-Lucca Mesinas (PER), 3-Sebastian Zietz (HAV), 4-Jordan Maree (AFR)
7.a: 1-Marcos Correa (BRA), 2-Thiago Camarão (BRA), 3-Gaspard Larsonneur (FRA), 4-Patrick Gudauskas (EUA)
8.a: 1-Joshua Burke (BRB), 2-Caio Ibelli (BRA), 3-Kade Matson (EUA), 4-Ian Crane (EUA)
9.a: 1-Joan Duru (FRA), 2-Jessé Mendes (BRA), 3-Shun Murakami (JPN), 4-Luke Gordon (EUA)
10: 1-Dylan Moffat (AUS), 2-Imaikalani Devault (HAV), 3-Charles Martin (FRA), 4-Lucas Vicente (BRA)
11: 1-Ramzi Boukhiam (MAR), 2-Edgard Groggia (BRA), 3-Ian Gouveia (BRA), 4-Ruben Vitória (ESP)
13: 1-Yago Dora (BRA), 2-Lucas Silveira (BRA),3-Andy Criere (ESP), 4-Kauli Vaast (FRA)
———–14.a bateria vai abrir a quarta-feira:
14: João Chianca (BRA), Cole Houshmand (EUA), Shuji Nishi (JPN), Mateus Herdy (BRA)
16: Liam O´Brien (AUS), Weslley Dantas (BRA), Willian Cardoso (BRA), Marc Lacomare (FRA)
17: Michel Bourez (TAH), Keanu Asing (HAV), Carlos Munoz (CRI), Miguel Tudela (PER)
19: Wiggolly Dantas (BRA), Alejo Muniz (BRA), Victor Bernardo (BRA), Aritz Aranburu (ESP)
20: Wade Carmichael (AUS), Mihimana Braye (FRA), Ian Gentil (HAV), Luel Felipe (BRA)
22: Alonso Correa (PER), Samuel Pupo (BRA), Eli Hanneman (HAV), Billy Kemper (HAV)
SEGUNDA FASE – Baterias dos sul-americanos já formadas:
——-3.o=25.o lugar ($ 1.500 e 750 pts) e 4.o=37.o lugar ($ 1.000 d 650 pts):
1.a: Alex Ribeiro (BRA), Nolan Rapoza (EUA), Jacob Willcox (AUS), Marco Mignot (FRA)
3.a: Caio Ibelli (BRA), Thiago Camarão (BRA), Connor O´Leary (AUS), Callum Robson (AUS)
4.a: Lucca Mesinas (PER), Marcos Correa (BRA), Joshua Burke (BRB), Rio Waida (IDN)
5.a: Joan Duru (FRA), Dylan Moffat (AUS), Edgard Groggia (BRA), Kalani Ball (AUS)
6.a: Kanoa Igarashi (JPN), Imaikalani Devault (HAV), Jessé Mendes (BRA), Ramzi Boukhiam (MAR)
7.a: Yago Dora (BRA), 1.o da 14.a bateria da 1. Fase, 2.o da 15.a e 2.o da 16.a
8.a: Lucas Silveira (BRA), 2.o da 14.a bateria, 1.o da 15.a e 1.o da 16.a
9.a: 1.o da 17.a bateria da 1.a Fase, 1.o da 18.a, 2.o da 19.a e 2.o da 20.a
10.a: 2.o da 17.a, 2.o da 18.a, 1.o da 19.a e 1.o da 20.a
11.a: 1.o da 21.a, 1.o da 22.a, 2.o da 23.a e 2.o da 24.a
12.a: 2.o da 21.a, 2.o da 22.a, 1.o da 23.a e 1.o da 24.a
BATERIAS DAS SUL-AMERICANAS NO ROXY PRO FRANCE:
SEGUNDA FASE – 1.a e 2.a=Oitavas de Final / 3.a=17.o lugar (US$ 2.000 e 2.000 pts) e 4.a=25.o lugar ($ 1.500 e 1.800 pts):
3.a: Brisa Hennessy (CRI), Leilani McGonagle (CRI), Alyssa Spencer (EUA), Dominic Barona (EQU)
7.a: Vahine Fierro (FRA), Sara Wakita (JPN), Summer Macedo (BRA),Teresa Bonvalot (PRT)
8.a: Keely Andrew (AUS), Caitlin Simmers (EUA), Sophie McCulloch (AUS), Daniella Rosas (PER)
PRIMEIRA FASE – 3.a=33.o lugar (US$ 1.000 e 700 pts) e 4.a=49.o lugar ($ 775 e 600 pts):
———resultados do sábado:
1.a: 1-Sawyer Lindblad (EUA), 2-Garazi Sanchez Ortun (ESP), 3-Tatiana Weston-Webb (BRA), 4-Janire Gonzalez Etxabarri (ESP)
3.a: 1-Coco Ho (HAV), 2-Minami Nonaka (JPN), 3-Silvana Lima (BRA), 4-Holly Wawn (AUS)
6.a: 1-Alyssa Spencer (EUA), 2-Yolanda Hopkins (PRT), 3-Sol Aguirre (PER), 4-Chelsea Tuach (BRB)
Resultados da terça-feira:
8º: 1-Tia Blanco (PRI), 2-Dominic Barona (EQU), 3-Bettylou Sakura Johnson (HAV), 4-Leticia Canales Bilbao (ESP)
11.a: 1-Pauline Ado (FRA), 2-Shino Matsuda (JPN), 3-Josefina Ané (ARG), 4-Eveline Hooft (HOL)
15.a: 1-Daniella Rosas (PER), 2-Sara Wakita (JPN), 3-Gabriela Bryan (HAV), 4-Camilla Kemp (ALE)
16.a: 1-Caitlin Simmers (EUA), 2-Summer Macedo (BRA), 3-Luana Silva (HAV), 4-Ellie Brooks (AUS)
World Surf League:
Estabelecida em 1976, a World Surf League (WSL) é a casa do melhor surf do mundo. Uma empresa global de esportes, mídia e entretenimento, a WSL supervisiona circuitos e competições internacionais, tem uma divisão de estúdios de mídia que cria mais de 500 horas de conteúdo ao vivo e sob demanda, por meio da afiliada WaveCo, empresa que criou a melhor onda artificial de alto desempenho do mundo. Com sede em Santa Monica, Califórnia, a WSL possui escritórios regionais na América do Norte, América Latina, Ásia-Pacífico e EMEA. A WSL coroa anualmente os campeões mundiais de surf profissional masculino e feminino. A divisão global de Circuitos supervisiona e opera mais de 180 competições globais a cada ano do Championship Tour e dos níveis de desenvolvimento, como o Challenger Series, Qualifying Series e Junior Series, bem como os circuitos de Longboard e Big Wave. Lançado em 2019, o WSL Studios é um produtor independente de projetos de televisão sem roteiros, incluindo documentários e séries, que fornecem acesso sem precedentes a atletas, eventos e locais globalmente. Os eventos e o conteúdo da WSL, são distribuídos na televisão linear para mais de 743 milhões de lares no mundo inteiro e em plataformas de mídia digital e social, incluindo o WorldSurfLeague.com. A afiliada WaveCo inclui as instalações do Surf Ranch Lemoore e a utilização e licenciamento do Kelly Slater Wave System.
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