Brasil pode conquistar sua primeira medalha com Martine e Kahena na vela

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Sailing Energy / World Sailing

A dupla brasileira da 49erFX, Martine Grael e Kahena Kunze, disputa a medal race da categoria em segundo lugar, na madrugada deste domingo para segunda-feira (2) no Brasil. A regata final será às 2h35 e as atuais campeãs olímpicas só dependem delas para repetir o feito da Rio 2016.

A prova que tem pontuação dobrada e reúne as 10 melhores da classe terá transmissão ao vivo e flashs na programação de Sportv, Globo e BandSports. O canal do Youtube Regras.com também fará os comentários com tracking atualizado.

Martine e Kahena podem dar a primeira medalha da modalidade nesta madrugada, levando o País a um total de 19. Mas a disputa da 49erFX foi acirrada até aqui. As brasileiras começaram de maneira irregular, mas viraram o jogo e ficaram com a vice-liderança empatadas com as holandesas Annemiek e Bekering, que estão na frente pelo desempate.

Na Rio 2016, as duas passaram as adversárias no último trecho e ganharam a regata da medalha inédita de ouro para a vela feminina. Ao todo seis duplas contam com reais chances de pódio. ”A Martine e a Kahena crescem muito quando estão pressionadas e conseguiram velejar muito bem nas últimas regatas. São as campeãs olímpicas e estão todas de olho nelas. Será uma regata emocionante e conto com a torcida dos brasileiros para essa disputa final”, disse o presidente da CBVela, Marco Aurélio de Sá Ribeiro.

A medal race começa com a disputa direta entre Brasil e Holanda. Quem chegar em primeiro, entre essas duas tripulações, ficará com a melhor classificação final. Além das holandesas, temos que torcer para a dupla da Alemanha não chegar 3 posições à frente das brasileiras; as espanholas, 4; as britânicas não podem chegar 6 posições à frente; e as argentinas só ultrapassam o Brasil se venceram a regata e as brasileiras chegarem em último.

“O barco dos EUA foi desclassificado na última regata, com isso, quem chegou atrás dele perdeu um ponto, melhorando sua classificação – casos dos barcos da Holanda e da Espanha, por exemplo. Como Martine/Kahena chegaram na frente dos EUA, não sofreram alteração”, explicou o diretor da CBVela, Hugo Mósca.

A vela feminina teve seu primeiro pódio em Pequim 2008 com a dupla Fernanda Oliveira e Isabel Swan com o bronze na 470.

Maior medalhista da vela brasileira se despede de Tóquio

Maior vencedor do esporte no olímpico brasileiro, o velejador Robert Scheidt terminou na madrugada deste domingo (1º) sua sétima participação olímpica. O atleta de 48 anos completou a disputa de Tóquio 2020 na oitava colocação após a disputa da medal race da classe Laser.

Robert Scheidt entrou para a regata com chances pequenas de pódio e brigou até as últimas boias pelo resultado. O saldo do ídolo do esporte nacional após sete Jogos teve duas de ouro, duas de prata e um de bronze. Está empatado com Torben Grael, atual chefe da Equipe Brasileira de Vela, como maior medalhista do Brasil na história olímpica.

”Quando comecei na vela nunca imaginei que chegaria em sete participações. Foi uma história linda, aproveito para agradecer minha família, COB, CBVela, todos os fisioterapeutas, patrocinadores, meu técnico”.

”Foi um trabalho de muitas pessoas para me colocar aqui com chances e a gente cumpriu. Esporte é assim, importante ter feito o melhor que podia”, comemorou Robert Scheidt.

Ainda em Enoshima, o atleta de 48 anos disse aos jornalistas que é impossível agora pensar em Paris 2024. Na classe Laser dificilmente continuará. ”É um barco que vai morar no meu coração pra sempre. Vou continuar velejando porque é o que eu amo fazer, mas em termos de Olimpíada é difícil dizer”.

A Confederação Brasileira de Vela agradeceu toda a dedicação e profissionalismo de Robert, que servirá de exemplo para todas as gerações.

”A participação de Robert Scheidt nessa olimpíada vai ficar marcada não só para a vela. Todo o esportista que está começando agora deveria saber a história desse grande atleta, uma craque digno de hall da fama. Poucas vezes vi um competidor se dedicar dessa maneira ao olimpismo”, reforçou Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela.

Ainda com chances de medal race

A Equipe Brasileira de Vela tem mais um representante na medal race. A dupla mista de Nacra 17 formada por Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino entrará na regata da medalha na 10ª colocação em Tóquio. A decisão será na terça-feira (3), mas os dois não contam com possibilidades matemáticas de pódio.

Voltarão a competir nesta madrugada as duplas das classes 470 (masculino e feminino) com destaque para Fernanda Oliveira e Ana Barbachan em sétimo lugar. Ainda restam duas regatas para a definição dos melhores para a final. Estão 25 pontos atrás da dupla que estaria hoje com o bronze. No masculino, Henrique Haddad e Bruno Bethlen estão em 15º após o desempenho desta madrugada.

Na Finn, Jorge Zarif encerrou sua terceira participação olímpica na 14ª colocação após tirar um sexto e um 16º no Japão no último dia da categoria .

Resultados oficiais

https://tokyo2020.sailing.org/results-centre/

SOBRE A CBVELA

A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Tem o Bradesco como patrocinador oficial, e o Grupo Energisa como parceiro oficial e patrocinador da Vela Jovem. A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: sete. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 18 medalhas em Jogos Olímpicos.